A alma se esqueceu de avivar-se para o Mundo.
O Sol não se levantou em tempo para aquecer e colorir tão pálida e incorpórea, tão frio é por aqui, chama o amigo para ajudar, se assim de boa vontade o querer, dou a mão puxe-me, é frio, os sonhos já estão tão distantes e tudo é sempre tão dificultoso, não estou a pedir lamentos e emendas, só estou me explicando, pois ta frio, a alma já não brilha tanto assim, é triste, penso que queria sorrir, não sei, só penso, os passos dos dias estão se tornando longo e a caminha tão inclinada tem mais pedras, e o sol onde estás, preciso de luz, não tenho vergonha de pedir, preciso de luz, estou perdida, em nevoa que se confundi com minhas cores sem vida, é cinza é frio, é incorpóreo é transparente e frágil, mas chame o amigo, se assim o quiser, se ele resolver vir quem sabe empresta-me um pouco de cor, preciso, preciso.
Manda falar pra todos que já viram minhas cores vivas, que hoje não estou para apresentações, queria sorrir, mas não consigo, e sigo.
Há não é pena, nem tristeza em demasia é só um momento de frio, só frio, e o Sol que não saiu pra me afagar e minhas cores avivar, desculpe as flores se hoje não sou digna, perdão aos amigos, pois estou ausente, no frio, só frio.
A amargura sai de dentro e cresce como um câncer e não tem remédios, estado lamentável, não, não estou pedindo ajuda, só estou em explicando, dizendo que estou com frio, e que mesmo querendo não consigo sorrir, a música já não é tão bela, eis me aqui apagada, é tranqüilo, é suportável, mas é muito frio.
Ao amigo o perdão, não estou para felicidade, estou ausente.
Aos progenitores compreensão, não estou pra paciência, estou ausente.
Aos irmãos o silêncio, não estou pra companhia.
Ao meu amor, um tempo, pois estou ausente de mim mesmo.
Alma sem cor.
Data de publicação:
Sexta-feira, 1 Junho, 2007 - 00:31
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