Sei do teu olhar
que me despe inteira,
sem poder disfarçar.
Sei das intenções,
de pupilas dilatadas
em meu corpo grudadas,
para aprisionar-me
na retina.
Sei do desejo
que te fulmina a alma,
no meu corpo pede calma,
mas, ao contrário,
acende–se feito chama ardente,
num indecente crepitar
de labaredas
que lambem sedentas,
com teu desejo.
Sei do teu beijo
que chama minha boca
e sem mesuras polidas
arranca ardor num apertar colado
de lábio e lábio
e língua e hálito.
Sei da distância
que impede a cena, afasta o cheiro,
pesa o desejo que já é ferida
em dor, num desatino
de amor e sofrer.
Numa entrega premeditada
de algum encontro,
noutra dimensão que seja,
para o desejo saciado.
Sei de mim e de ti
e de uma janela que espreita a rua
pela qual tu não virás,
E de uma lua vestida a rigor
que eu não verei e nem tu a verás,
porque nossas dimensões
ainda percebem barreiras,
e o caminho íngreme
ainda não tem clareiras.
(Carol)
Comentários
Oi Carol
Você delineou e traçou com arte mais que um encontro, tddo o amor e desejo a dois.
Parabéns, esta lindo.
Fernanda Queiroz
*** Poema pré-selecionado para Coletânea de 2007
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Grata, Fernanda!
Com esse seu incentivo é um prazer vir aqui participar!
beijo
Desnuda
Nossa parabéns, muito bonito seu poema. Bom de ler...
Bay
Bjs
Ramgad
Desnuda
Está realmente muito bom o teu poema parabéns, sou novo aqui e ando a ver tudo e mais alguma coisa mas o teu não pode deixar de comentar... boa continuação e excelentes poemas expremidos dessa tua mente que em nada é desnuda.
Atevag
Obrigada ...
Suas palavras chegaram poema aqui. Obrigada e q outros poemas te toquem tbm!
beijãoo