O Cupido Chamado Travesso
Esta é uma história
De um cupido
Que adorava o sem sentido.
Porém, não tinha memória.
Flechaços solitários
Eram seus preferidos.
Achava-os hilários,
Amores não correspondidos.
Uma vez
Flechou três.
O primeiro coração
Apaixonou-se pelo segundo
Que por sua vez gostou do terceiro
E este pelo primeiro perdeu a razão.
Não havia reciprocidade.
Não havia felicidade.
Num parque,
Espalhou suas setas.
E os que não estavam alertas,
Sentiram um baque.
Da confusão, rolava de rir.
As pessoas ali ficaram , embora não queriam ir.
As vezes atirava para o céu.
Já tinha anoitecido,
E nesta noite, mirou o negro véu.
E o cupido como era esquecido.
Esqueceu-se de que tudo que sobe, desce.
A flecha voltou com toda a força, acontece.
E a primeira coisa que viu
Foi a lua lindamente prateada.
E ao encontro dela partiu.
E disse: - Já estou indo minha amada.
Mas era uma viagem de um dia.
Não importava, era ela que ele queria.
Quando estava no meio do caminho,
O sol nasceu.
E ficou sozinho.
A lua desapareceu.
E todas as noites ele recomeça.
- Nunca desistirei. É uma promessa.
By Arcanjo Gabriel
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Stacarca - arcanjogabriel
Oi arcanjogabriel, que meigo seu poema, me lembrou até as fábulas que eu gostava de ler quando pequenino, você foi totalmente primoroso no tema que se propôs a fazer, diria até que daria pra fazer um conto, meus parabéns!