Decifra-me
Decifra-me
Ane Franco
Decifrar-me aos poucos vai
De uma vez não entenderás
Pois se percebes meu rosto
Minhas formas, meus sinais
Jamais saberás meu gosto
Meus segredos matinais
Não irei filosofar
Porque não há nada a dizer
Eu sou pura intuição
Sigo a vida sem razão
Satisfazendo meu ser .
Sou mistério, natureza
Na inconstância de amar
Quando digo que não quero
Sou caça
Quando quero vou caçar
Inconstante lucidez
Um dia certeza
No outro talvez
Mudo de acordo com a lua
Com o clima, as estações
Me agito ou sou candura
Mulher bandida ou ternura
Hoje...
Sou tua.
Amanhã mão sei
Me sinto livre no espaço
Sou natureza, sou laço
Sou flores que o vento arranca
Sou espinho que arranha
Eu exalo aroma misto
De amor e proteção
Quem me vê assim
Sou mulher flor.
Pequena, delicada
Aos olhos é ilusão
Sou faca que fere e mata
Espinho no coração
Sou borboleta que vaga
Nas flores da ilusão
Teimosa, muito mimada
Posso ser tua
Mas não estarei nas tuas mãos
Sou dona de mim
Dona sua...
Dona do seu coração
Ane Franco
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Para Ane Franco
A mulher é um mistério, não é? Mas é agradável ser tão questionada! ;D
Parabéns pelo poema.
Porque mais lindo que o amor, é só mesmo escrever sobre o amor:
^Ö^ Cheila Pacheco ^Ö^
Ane Franco
Esse jardineiro merece um premio,
Por teu cuidado tão bem de uma bela rosa,
Que viceja alegria e fúria para amar..
Quem sabe ele não voltará para te aguar.
Beijos bom dia.