Triste Destino
Dono do destino
Aquele que vagueia pelos dias,
Preso no seu fado,
Dia após dia,
A sentir cada minuto na sua pele
Queimada pelo Sol.
Pobre alma vagabunda,
Sem sonhos nem objectivos,
Condenado a ser um corpo sem alma,
A viver sem ser,
A olhar o horizonte sem o poder tocar.
Pobre espírito desolado,
Vítima da vida.
Caminho percorrido a cada segundo,
Dias infinitamente longos,
Noites curtas.
Coração omisso num corpo sem força.
É aquele que não se mentaliza que vive,
Aquele que ninguém nota,
Aquele que passa os dias refugiados num cantar.
O cantar do que ouviu quando vivia.
É aquele que não é.
Ignorado pelos corações,
Desaparecido dos olhares.
Até ao dia em que
Um sorriso angelical se esboçara no seu rosto
E naquela mesma hora abençoada
A sua tortura acabara.
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