Hoje quando me acenaste
ao passar pela multidão
Incrivelmente, continuaste
Olhando para o chão...
E eu, admirado fiquei
À espera de um abraço
Daqueles que já não sei
Porque já só tenho pedaços
Pedaços do que fomos
Quando eras tão meu amigo!
O barco que já não somos
Já não vens ao fundo comigo
Os bons momentos passados
Por lá irão ficar sempre
Os nosso sorrisos perpetuados
Só existirão antigamente
Vai amigo, que não ficarei
Magoado com o teu passo
Talvez triste relembrarei
Um tempo onde eu fiquei
À espera do teu abraço...
José Correia