sem clarão.
Já fui Julieta,
já tive coração.
Vagueio agora pelas entranhas,
das trevas…
vejo outras silhuetas estranhas,
que me contam as suas entregas.
Continuo a vaguear,
sem medo de cair,
como se tivesse os olhos vendados…
Dou por mim, a tropeçar,
num exibir,
de retratos rasgados.
Curiosa, procurando-me por entre eles.
Pensando, por momentos que era uma parvoíce.
Mas, não é que no meio deles,
me encontrei nuns retratos de velhices?
Sou eu, um retrato amachucado,
tingido e de cores corroídas.
Sou eu, um vulto captado,
ao amaldiçoar aquelas ruínas.