Todas as cores ( de Rosa )
E ali estava a cena
ele a olhava vermelho de raiva
e ela encolhida digna de pena,
branca de medo, pelo tapa que criva.
Numa história cinza e pequena.
E assim foi, mais outra vez
que as marcas roxas escondia.
Mas ela se enganava de um viés
e sorria amarelo a quem via
outra nova mancha a cravar sua tez.
Porém entre estes, houve um dia
mais preto que podia supor...
E teve muitos gritos e correria
até que: Silêncio... e ela perdeu a cor .
Prata do aço... e não mais se mexia.
Se Rosa cresse antes de tal hora
que o “tudo azul ” era só em lembrança,
saberia que o verde, visto outrora,
não fora o verde da esperança.
Mas, um sinal para ir-se embora.