A LUA VEIO NÃO
Hoje a lua está tão bela, singela...
Posso ver dentre as cortinas
Amarela, da janela, a lua tão bela.
Hoje a lua está tão tímida, desinibida...
Posso vê-la escondida, sem vida!
Da guarita, a lua tão tímida.
Hoje a lua está tão fria, perdeu a magia...
Posso vê-la banhada de orgia
Sentado no banco da praça, a lua tão fria.
Hoje a lua está de tarde, na metade...
Posso vê-la sem vaidade, sem claridade!
Tenho saudade, da lua, esta tarde.
Hoje a lua está tão cheia, vagueia...
Posso vê-la da fogueira, até tonteia!
Embriagada no céu, a lua que vagueia.
Hoje a lua está de luto, absoluto...
Poso vê-la em tom escuro, astuto!
Caminhando como um vulto, a lua de luto.
Hoje a lua está minguante, delirante...
Posso vê-la tão errante, num instante!
Contemplando os amantes, alua fascinante.
Hoje a lua veio não, solidão...
Não posso vê-la do sótão, sem razão!
Não me deu explicação, talvez esteja...
Escondida no Japão, a lua veio não.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
19/setembro/2001 Itaquaquecetuba (sp)
Comentários
Olá, Marcelo!
Tenho um poema titulado "malícias" que utilizei uma técnica parecida como o seu exímio escrito... Sei perfeitamente como é complicado escrever com brilhantismo como apresentasse na sua obra. Parabéns!
Beijos graciosos,
Graciele Gessner.
http://www.flogvip.net/gracielegessner
Graciele Gessner.