Hoje haviam dores
Ontem haviam flores
Se não eis de me contentar
Com tais rosas murchas
Contento-me, então
Em me contentar com merecimentos poucos
Sofrimento muito e a dor que me resta e me nauseia
Flores do ontem
Dores do amanhã
Risos que se foram, lágrimas que se vão
Fantasmas do passado que sem cansar me atormentam
Dessa vida o que me resta
Não me canso de procurar
Além da morte, no momento ausente
E um tanto esquecida
Que se esqueceu de me achar
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