ALMA LIMPA
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Castelos de sonhos eu construí.
Pisei nas nuvens e me perdi.
Galguei montanhas e não parei.
Segui a diante à procurar.
Amores vieram e foram embora.
Minhas lágrimas ao meu redor juntei.
Sou frágil pluma no meio deste oceano.
Que aos solavancos vai deslizando.
Sou um cristal sem beleza.
Abandonado e esquecido.
Mas meu coração luta e reluta.
Me levanta, me sacode, e me mostra.
Que tenho um reflexo definido.
Nele vejo minha alma refletido.
Alma sensível, a debulhar-se em lágrimas.
Que apagam as marcas.
Que lavam as feridas.
Vai limpando tudo, como um níveo véu
Deixando-me leve, solta como
nuvens no céu.
E de alma limpa, volto a sorrir.
Esquecendo as ilusões que já vivi.
Direitos reservados*
Ceci-SP/12/2008*