Espero-te num breve abraço,
Num gesto mesmo escasso,
Numa lembrança que guardo,
Assim como quadro.
E é assim que pinto,
Que desenho o que sinto,
Com caneta de amor,
Escrevo palavras no céu,
Que apago logo a seguir,
Com medo de novo sentir.
Com pincel mostro o que és,
Descrevo-te em tintas,
Revelo-te sem que sintas.
Esperando por ti e morro,
Fico mais tempo,
Espero e percorro
Este caminho com um pranto.
Vejo em mim sombras de ti,
Sinto aqui o que fiz com espanto,
Espero desejando de novo,
Ver em ti o teu belo encanto.