Lá está um animal
Da raça canina,
De magreza anormal,
Parado na esquina.
É um cachorro-sem-dono
Que mora na rua,
Num eterno abandono,
Sob o sol e a lua.
Passa o dia buscando
Por restos de comida.
Enquanto vai se coçando
Sonha com outra vida.
A desgraça não o vence!
Esperançoso, ele persiste!
Porque é paranaense,
E ele, nunca desiste!
Eis que enfim acontece:
Uma pessoa de bom coração
Ao vê-lo se compadece,
E resolve lhe dar atenção.
O cãozinho nem acredita!
A alegria, latindo, extravasa.
Porque, trocará a rua maldita,
Pelo conforto duma bela casa.
Já que ele é feliz agora,
Pretendo acabar esta rima.
Onde é a casa que ele mora?
Na rua José Alcides de lima.
(À minha amiga, Célia)