Duas árvores
Eram duas árvores
Que viviam
Na mesma rua
Lados opostos
Cada uma com suas raízes
Suas folhas
Suas flores
E frutos
Em certo amanhecer
Depois de uma noite de encantada lua cheia
O dia foi nascendo com uma brisa leve
E gotas do sereno da lua
Fizeram os seus perfumes
Se encontrarem
E as duas inebriadas
Por um instante de tão tortas
Se tocarem
E o encanto se fez
Duas árvores
Calçadas diferentes
Mas unidas
Pelo laço eterno
Que raiz nenhuma
Pode separar
Glórinha Anchieta - GG
19/04/2008
poesias de outono