Sou seu servo: serei sua singela servidão!
Sente-se. Se sinto sua sentinela sensação,
será se serei seu, sem ser suporte serviçal?
Sentirei seu sentimento, sem sorte social?
Sim, seu senso será sempre sem solidão.
Se servir, serei sermão, sem sofisticação.
Será sempre simples seu sentimento...
Seu sumiço será somente sofrimento...
Sirva-se, serei semente. Sinto, saberei,
se seu semblante sereno sente se serei
sendo só simplório sem ser subserviente.
Sem ser, sendo seu, sempre seu, serei,
sem ser sabotado. Sumirei subitamente:
seu sentimento, sem sentido, sentirei,
sem ser subestimado. Sairei sutilmente
se sentir sofrimento. Sorrindo, semearei
seu sonho sublimado: sonharei somente,
sem sumir, sendo sempre só seu, servirei...
Sim, sou seu servo. Semeando sua semente,
sem sucumbir sofrendo, sempre semearei
seus sonhos, suas sensações, serenamente...
Paulo Marcelo Braga
Belém, 10/08/2006
(05 horas).
*Do meu livro (ainda engavetado) "ABECEDÁRIO POÉTICO".