Se ao acaso o irônico destino,
Ou a mera fatalidade do viver
Trouxer hoje o janeiro do meu ser
De uma maneira inesperada
Não quero choro, nem risos, nem nada
Não quero vela, nem o pranto mudo
De uma gazela desesperada.
Flores... Para que se não há mais nada?
No meu esquife, não há mais necessidade
Pois que a matéria ali repousada
Não carece de ser decorada.
Sei que gostas de flores perfumadas
E eu, do simples, das flores e das floradas.
Em vida, somente em vida e mais nada!
Pois que em morte minha, já não gosto de coisa alguma,
Porque tudo tem um sabor de nada.
Tenho medo dos vermes,
Da escuridão da lápide,
Do gelo quente da madrugada
E esse medo faz com que te suplique
Que faças minha matéria ser cremada
E das cinzas: fazei um carnaval, uma levada
A travessia de São Paulo, o Morro
Da rampa do mercado, sairás na madrugada.
E em noite de Lua cheia
Por estrelas guarnecida
A poucas milhas da chegada
Espalha ao vento sobre o mar
Minhas cinzas flamejantes
Que outrora foi bela morada
Desta alma diminuta
Louca e eternamente apaixonada.
direitos autorais reservados. Poema in "Anjinho de Carvão".
Comentários
P/Bira Melo, de JoaninhaVoa
Olá
Bira Melo!
Razão pr`a esta "Mortis"...
Por mais razões, razão não há!...
Busco num constante "domicillis"
O néctar que jamais esmorecerá
E o brio com que esvoaças
Pel`o ar?!...
Quando abres tuas asas lá no alto
E viras brando teu vôo... a voar
Aconhegas teu doce crepitar
Num pico de bico-bico por amar!...
Teu sangue corre nas veias
Rios, Céus é obra é Ser!
Na terra -, teias darão voltas
e mais voltas! Confusão de parecer
Querer "Súplicas, pós mortis"
Não! Não há razão pr`a querer!
Feliz Páscoa!
Abraço,
de JoaninhaVoa
Joaninhavoa
Bira*//*Joaninha Voa!!!
Nas cinzas flamejantes
Espalhadas pelo mar
Como um fênix eu ressurgio
Numa nau a navegar
Aportarei no Porto de Gália
Em Portugal , no lindo mar,
Pegarei carona na libélula de aço
Pra na cidade dos besouros
Joaninha eu encontrar
E caso ela voe com medo do mel
Uma téia vou traçar
Para que ela me espere
E nunca mais nos separar...
Viu Joaninaha?!, esse poema é uma metáfora na verdade eu ñ possuo tamanha vaidade, basta contudo quando eu desencarnar seguir os padrões naturais q ocorrem aqui no Brasil, mas se possível nada de flores pois acho uma injustiça enfeitar uma CAraDAtaVERmibus ( cadáver )!!! Bjão e feliz páscoa pra vc tbm.
S. CaraMelo ( Bira ).
Seu CaraMelo (Bira).