Se outrora, oh! Vida aurora.
Sem ti não sei declamar,
Porque ainda ínsito em escrever,
Fez-me de palhaço,
Laçou-me jogou de lado,
Fez-me de gato e sapato.
Por que ainda ínsito em dizer?
Se digo que não amo,
Se falar, ainda reclamo,
Se amar, me chicoteio,
Oh! Amor da minha vida,
Perdoe-me se não sei chorar.
Se outrora te digo amor,
Perdoe-me por alheias palavras
Que nada de verdade de minha boca soaram.
E se eu ainda não sei rimar,
Amor, amor, amor.
Perdoe-me se não sei amar.
Ah! Se o poeta ainda existisse,
Ele me dizia,
Se, se morre de amor,
Sim, desse amor se morre!