Uma cortina de flores amarelas
Colore, em preto e branco, rubras memórias;
Descora suaves cores de encontro ao Tempo;
Mata os momentos, põe venenos no Eterno.
Os astros bem certeiros, amos pontuais,
Armaram a forca e silêncios funerais
Para nosso amor, à noite condenado,
Justo e marcado na hora do sol posto.
Tal nosso destino: os fados maldisseram
Do que belo surgia - e tão belo figurava
Nosso futuro possível, vidas e almas.
Tão solerte entrega Vênua a cabeça !
Em risos monalisa e trapaceia a Morte:
Se morta está Vênus, Vênus não mais morre...