Na trilha do tempo
Caminho por atalhos que invento
Não entendo a lógica cartesiana
Prefiro aproveitar o momento
Sou multidão e solidão
Meu deserto é cheio de mistério
Império dos sentidos , desejo latente
Que me cega e me prende...
Não há nada além da vontade
Que molha, queima e arde...
Madrugadas cheias de intenções
Luas enchendo as marés da carne...
Sempre viajo nesse bonde
Onde o desejo me consome
Cenário de caminhos perfeitos
O precipício e o pulo
Meu leito...
Em seus vagões me deleito
Sem pressa de chegar
Não há margens
Não há muros
Apenas sussurros
E o cheiro de amor no ar...
Sem destino, sigo
Desvendando os segredos
Do viajar...
(Raiblue)