Vou andando por aí
meio afobada
a procura de mim...
Corro ruas,avenidas,
dobro esquinas.
Vou de encontro
a contra mão.
Meu relógio parou,
é inverno,
o sol se ofuscou...
Escrevo o passado a giz,
apago as tristezas
e arrisco dizer
que fui feliz...
E o vento da noite
vem me falar:
-A vida é mesmo assim!
Posso e falo por mim
que ontem bramia
com a tempestade no mar...
Hoje sou briza solitária
na noite fria a sussurrar...
E... vou andando por aí
na companhia
do meu grito calado,
escalando o abismo
que há em mim...
Vou em busca de outros braços
para abraçar meu abraço
e eu possa, quem sabe um dia...
encontrar-me
em fim...
Ronita Marinho - BN
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VOTO
OI. PARABÉNS
Neste momento, desejo apenas registrar meu voto.
Ceci/|Ronita
Lindo poema! solidão que entra em nossa
vida e faz morada em nosso coração.
Bjos
(Ceci)