A LÁGRIMA DO ADEUS
A LÁGRIMA DO ADEUS
De: Agamenon Troyan
Eles querem me matar!
Não posso vê-los, mas posso ouvi-los.
Passos e mais passos invadem o meu quarto
Ouço minha esposa,
Ouço os meus filhos;
Recordo-me dos meus pais...
Argumentam que não há cura
Fingem não saber a causa
Simulam a busca de uma solução.
Meu corpo se encontra inerte
A boca está vazia,
A mente está muda
Mas onde me encontro agora?
Nunca rezei; sempre fui cético.
Chegou o momento de refletir... De me arrepender?
Ah se eu pudesse me mover,
Se eu pudesse ao menos murmurar...
Finalmente deparo-me com o meu destino:
“Desliguem essa máquina!”, foi o que ouvi.
A cada clique que soava
Era um pedaço de mim que agonizava.
Ouvi passos se aproximando do meu leito
Senti os doces lábios de minha amada
Beijar-me pela última vez.
Tudo estava consumado...
Meus filhos chamaram pelo o meu nome
Deus, se você existe, ajude a me despedir
O derradeiro clique se fez ouvir...
Nas profundezas do meu silêncio
Ouvi meu coração silenciar-se.
Minhas lembranças se desfizeram em lágrimas
Mas apenas uma: a do Adeus,
Conseguiu rolar pelo meu rosto.
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Ceci/Agamenon
Boa tarde poeta! me emocionei ao ler seu poema,
é muito triste,de expressao muito forte.
Enquanto lia,passou pela minha cabeça,fatos
recentes que me marcaram muito.
Parabéns,está um poema excelente.
Um gde abraço
(Ceci)