Vestígios assombros
Passado de uma "glória" jamais vivida
Presente e futuro de um triste fim
Colcheia a voz bela nunca ouvida
Da semínima entoamos "gritos" que inflama
Ó coração que queima, ó alma que vives, sim...
Eu brado o pejo de minh'alma em bonança
Seus cabelos esvoaçam no infinito véu
De um mundo decadente da vil esperança
Odeie senhora, o próximo que a ti perecer fel
Chore criança, lágrimas decadentes que ainda emana
Sorri Deus, num mundo pobre sentimentos que estraga
Ame Dama, esse por quem ti gosta, eu, da face pálida;
Ah mundo! Fugente de amor que esvaiu
Retrato dum amanhã inevitável entristecer
Alvora ó sonho que do futuro a mim traiu
Ódio por um próximo a quem tecer?
Eu riu das minhas desgraças que virão
Mas choro por seu amor que jamais irei ter
Carniça que fede em um concreto ali no chão
Ah a senhora odiou, aplaudo-a por teu feito
Sangue divinal à amostra do inocente
São lágrimas da criança à espera em seu leito
Ó Deus, pare de sorrir... Ó mundo demente!
Dama, deixo-te esses versos imundos que escrevi
O poeta mesmo que triste, ama-te até o fim...
Texto não concorrendo ao III Concurso Literário
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