Vestígios:
A vida agora não tem,
O ouro fino do bem,
Sem voçê, me fale quem,
Tem forças pra me guiar.
Voçêteve a paciência,
De sentir minha inucência,
A luz da benevolência
Nas artes vivas de amar.
Posso não falar, mas sou,
Um escravo deste amor,
Que por não lhe dar valor,
Está bem longe de mim.
Veja, vestígios de fato,
De quanto o tempo foi grato,
E em momentos exato,
Me pos em meio a um jardim.
Vasculhe os velhos destrossos,
Que lá, tem vetígios nossos,
Pois envelheceram os ossos,
Da alma desta paixão.
Ficando pra nós somente,
A dor da saudade ardente,
Que foi bela e de repente,
Virou cinzas de ilusão.
Há vetígios nos meus dedos,
No baú dos meus segredos,
E no coração os medos,
De que já tenha outro alguem.
Veja, há vestígios puros,
Nestes meus olhos escuros,
Que eu te amei com juros,
Como nunca amei ninguem.
- Login ou registre-se para postar comentários