O soalho
Sobre o soalho suado arrastam-se as multidões.
Se empurrando a cada segundo, fazendo da noite um ritmo mudo.
Sobre os corpos suados escorre o prazer delirado.
Os minutos balançam também eles abraçados.
A tristeza confunde-se, destoa, ecoa.
O soalho dá-se!
Sobre o vazio os corpos se amontoam extasiados.
Consomem-se olhares.
Devoram-se os corpos de costas para o mundo.
Uns enlouquecem, outros permanecem apalpando o escuro!!
Sob o soalho suado se atropelam asfixiados,surdos.
Escavando a cada segundo o seu próprio buraco.
Sob os corpos suados, escorre o cansaço sangrado.
Os minutos escaceiam, a um ritmo alucinado.
O desespero surge, aflige, corrige.
A luz bate!
Sob o vazio os corpos se escapam aliviados.
Desviam-se olhares.
Erguem-se os corpos de peito para o mundo.
Uns desaparecem, outros dançando permanecem!!!
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Oi Trabis
Dançar faz parte... mesmo que seja em ritmo de valsa, onde a levesa e graciosidade é um embalo constante.
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz