Não faço nada bonito, estou no dilúvio..
*
A chuva nem caiu...
Mas os pingos como metralhadoras me atingiram em cheio.. Sou um poeta, sem cor, sem métrica, aguardo o fuzilamento..Não lamento.
Pois se entro na poça é pra me molhar..
Não...eu não tenho gosto de açucar...
Não...eu abracei a rosa e ela feriu minhas mãos.. Não pensem que fui abandonado, nunca fui..
Eu falo da vida em si..e esta é brasa.. Alucino em cima da brasa.
Queimo no calor da noite.
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Para Gaivota
Que caiam pingos de chuvas ou rajadas de metralhadoras,poeta como vc nunca será atingido.Se uma rosa o feriu,deixe-se calejar,que da próxima vez será diferente.É entrando na poça que podemos sentir depois o prazer de receber o calor...Vc é azul e límpido como o mar em dias de sol e lua...Se a brasa o alucina,aproveite-a para serrar o peito e liberar seres alucinógenos,monstros que mutilam a alma.
Gosto de suas poesias irreverentes,poeta azul.Abraços.
Carmen Lúcia