Mulher... Parte minha
Mulher... Parte minha
Espalhada por todo o universo;
Buscada, sonhada, respirada
Por todos os poros, noites e dias,
Em todas as estrelas...
Possuir o intangível.
O estreito portal vertente,
Escuro caminho de volta
À própria origem... Penitente.
Porque parti de mim mesmo,
Só possuo o dar-me à esmo.
E dar-me à esmo, e por completo,
É como esmolar por parcos segundos,
Pelos levitados caminhos dos mundos,
O ser de novo repleto
Da eternidade do gozo, plenitude...
Como sou grato à sua alma...
Mulher... Parte minha
Enraizada nas entranhas;
Dos caminhos das minhas veias,
Repousa nas teias dos meus neurônios
E se dessedenta com meus hormônios,
Sem pedir licença... Intensa,
Sutil, frágil e tão imensa
Que, suspensa, se pensa lembrança...
É um rio profundo e silente
Onde repouso a alma e a mente,
E me regenero, sob a fiança
Dos seus carinhos doados.
Meu corpo, em que habita
O frêmito dos seus olhares,
Ama-te todos os lugares,
Tecidos, e o trato de amar-me...
Como sou grato à sua carne...
Mulher... Parte nossa,
Relegada a um célebre dia.
Tardia efeméride assim celebrada,
Eu te celebro como a um templo!
Ao teu sacrário o meu tempo...
O corsário de mim à tua hóstia!
O anjo, sob as tuas asas,
Verte como oblação versos meus:
Ao meu túmido berço, tão bonito,
Úmido e terno, eterno abraço...
À tua glória nossos himeneus
E esses meus cantos ao teu infinito.
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Oi Lou Poulit
Uma mulher especial, um poema especial.
Obrigada por tua participação
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Lou Poulit
Bela obra minha cara! Descreveste com muita veemência as características tão encantadoras das mulheres.
parabéns
Tudo que é humanamente possível eu posso conseguir!
Tudo que é humanamente possível eu posso conseguir!