Memória de uma noite
Nem a madrugada se despedira,
quando um raio de sol
espreitou o meu quarto
e descobriu,
tuas coxas encobertas
pelo cetim
que a noite trouxe.
Tinhas um sorriso
guardado no rosto
desenhado pela memória breve
onde descansavas.
Quis-te
com as mãos suspensas
do desejo
de te voltar a ter,
e meus olhos passaram
o leito a pente fino,
procurando as histórias
de uma noite
como nenhuma antes houvera.
Toquei-te,
e o desejo acendeu-se,
teus olhos semi abertos
arderam na procura
e senti teus seios
colados ao meu peito,
teus cabelos
subindo pelos meus braços,
inventando amor
em palavras roucas,
sussurradas em cada som,
em cada arfejo.
Rimos e rolámos
amor a fora.
Chorámos -
o choro dos momentos felizes
que a vida às vezes oferece.
Depois foram
cavalgadas audazes à força de nos
querermos,
e foram palavras obscenas
que cheiravam a poemas
e corpos, os nossos dois,
entroncados num só.
Já tarde,
o sol chamando,
entregámo-nos num último beijo,
até nos querermos mais.
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JoRgE BiChO
Haa poeta,que belo..O que falar diante de tanta beleza?Tenho até medo..posso falar algo,que estrague ..Bem..aos suspirar de uma alma..te peço obrigada..pelaa beleza desse poema..
♥ Beijos na sua bela alma de poeta .♥
♥InSaNnA♥
Bela InsaNna
Que dizer p'ra você. Amar-te de longe, esperar por ti, pelas tuas palavras, simplesmente cheirar de longe as águas que me trazem notícias tuas, e voltar a sentir-te nesta distância com que me enches o coração.
JB
Jorgebicho
Amei seu poema, principalmente quando dizes " palavras obscenas que cheiravam a poemas". Beijos Franci
Franci, que bela surpresa
Oi Franci, que belo comentário, cheio de linhas por baixo que gostaria de ler.
Beijo luso
Jorge
JB