Esperar... até quando?
Esperar...
Até quando?
Quando o dia findar,
como se não tivesse iniciado?
Quando o sol expandir teus raios,
e não cobrir o estremecimento de meu corpo?
Ou quando a chuva cair, branda ou com raios ensurdecedores,
molhando minhas vestes e rasgando minha alma?
Pode ser na calmaria da brisa ou no ciclone que devastou minha esperança?
Onde nenhuma estaca ou sentença me crucificaria com opção de ressurreição.
Quem sabe quando a noite chegar, sombras sobreponha minha mente?
Passado e presente se misturem em uma loucura incontida e vivida.
E... eu, possa finalmente, sem depender da sorte, sem sonhar com a morte, ter mais do que sonhos guardados, mofados, perdidos ou conservados.
Para abrigar meu sono, amparar meu corpo e desenhar em minha mente, uma manhã sem fantasia, demagogia ou alucinação.
Ver nascer o horizonte que descortina tão impiedoso quando solitário.
Ver surgindo mais que fantasmas que povoa minha imaginação?
Diga-me...
Esperar?
Até quando?
Antes que a morte ignore meu medo?
Ou sepulte-me na terra de meu segredo?
Fernanda Queiroz
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