Escolhas
Luar castanho na terra média
Encontro toda a plenitude da noite
E unindo-se ao meu ser nos fundimos.
Entre as nuvens que querem brincar
De ofuscar minha visão
Eu contemplo a Plêiade*,
Símbolo da perfeição
E, para mim, imortalidade
Ouço um sussurro que começa a enegrecer
O mundo diante dos meus olhos
Escuto o seu chamado
Oh! Como quero ser tua!
Ao ouvir minhas palavras
Este ser crava em meu pescoço
Seus afiados dentes.
Sinto-me flutuar
E como uma criança que ganha um novo brinquedo
Trago em meu peito a mesma empolgação
Concederam-me o supremo dom da imortalidade
Quase chego a me comparar com os anjos...
Mas neste momento
Minhas forças, aos poucos,
Vão abandonando meu corpo
E meus olhos querem se fechar para o mundo.
Reúno minhas forças para suplicar
'Te dei minha vida, te dei meu corpo
Te dei minha alma e você me traiu!'
Antes de perecer sinto-o tocar em minha face
Aos poucos ele encosta teus lábios nos meus
Como se estivesse arrependido
Deixa escapar uma única lágrima!
Ainda em seu colo utilizo minhas últimas forças
E lhe digo:
'O q está feito, está feito... Não tem mais volta!'
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