Destino
Caminhamos pró futuro,
E deixamos o passado,
E o presente mal amado,
É abandonado.
O fruto maduro,
Que cresce na arvore,
Por razões desconhecidas do homem,
Qualquer dia terá de cair,
Alimentando os animais,
Ou apodrecendo sozinho.
E a lua e o sol,
Que nos abraça ao acordar,
Cada um tem o seu lugar,
No céu deposto e azul,
Que nos vigia desde sempre.
Porque o céu é eterno,
Mas o homem não o é e mente,
Tudo aquilo que é e sente.
Mas o sol nasce e depressa cai,
Toma a lua o seu lugar,
E a noite e o dia,
Trocam de lugar,
Dia a dia,
Sem aparente razão,
Nem verdadeira alegria.
E a mulher,
Que é fecundada e dá a vida,
Tem no seu ventre o poder de Deus,
Muitas vezes sem se aperceber.
Dentro de si cria um novo ser,
Que depende de si,
Que vive dentro de si,
Que faz parte de si.
E por razoes desconhecidas,
Mais tarde ou mais cedo,
Ele terá de nascer,
E de enfrentar o mundo,
Desprotegido e frágil,
Depende de quem o ama e quer.
E a morte como tudo mais,
É inadiável, inevitável e inalterável,
Ela é tudo o que nos espera,
E mais tarde ou mais cedo,
As sombras nos cobriram.
E no lado de lá, Caronte,
O barqueiro infernal,
Nos ira transportar,
Pelo rio de além,
Onde nos espera alguém.
- Login ou registre-se para postar comentários