Aurora

Línguas severas que me criticam,
Olhares frios que me julgam.
Instinto de feras que me querem,
Medo das vozes que me perseguem!
Nada me atinge, nada me toca!
Nem a Morte que está à coca,
Me pára quando, correndo, chamo
Por quem neste mundo mais amo!
Ela passa, ela olha,
A chuva seca, o sol molha.
Pára, sorri, e sem saber,
Ela comanda o meu viver.
Tentou passar as chamas dentro de mim.
Tentou e, sem se queimar, chegou ao fim!
Sou chama azul, quente e estável,
Porque só ela me faz ver o mundo amável.
Que posso eu fazer agora??
Somente um total nada!
Não faz mal. É hora
De sorver a madrugada.

-> Para a CARINA MASSENA e InSaNnA:

Muito obrigado pela recepção calorosa. Adorei. Queria só pedir um favor, não digam que sou poeta porque realmente não sou. Apenas gosto de escrever. Obrigado. Espero voltar a ouvir falar de vós ou, quiça, falar convosco. Até breve. Bj nas vossas almas de poetizas.