ARMADILHA
E assim, despede-se...
Sorriso cínico, malicioso... perturbador!
Possui a exata noção... do frisson que causou:
Trêmula e ofegante... corpo em franca ebulição...
Ardente de desejo insatisfeito... antevendo o gozo
Insinuado por preliminares de volátil sedução!
Dominada! A débil resistência enfim rompida...
Escravizada aos ditames da insensatez despudorada...
Faminta pela descoberta de sensações proibidas!
A razão já não importa... tampouco o orgulho vazio...
Obscenos pensamentos despertam a mulher composta...
Transforma-a em felina gata... verdadeira fêmea no cio!
E à distância ele observa... vangloria-se por breve segundo...
Desconhece as regras do amor e as armadilhas do mundo:
Na teia armada igualmente sucumbirá sem defesas... Saberá
que na paixão todo algoz se defrontará com seu dia de presa!
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