Prosas

Foto de Wilson Numa

Afinal de contas...?

Afinal de contas
quem sou?
Nunca pude descobrir
e ninguém me diz
Afinal de contas
qual o meu propósito?
Ainda não encontrei,
mas continuarei a procura
Afinal de contas
qual o meu destino?
Ainda não o tenho traçado,
mas sou eu quem o controla
Afinal de contas
será que alguém me ama?
Não sei, ninguém se manifesta,
mas acredito que sim
Afinal de contas
amo ou não?
Talvez, porque quando estou ela
meu coração bate mais forte, ou
talvez seja só paixão
Afinal de contas
sou feliz?
Sim, embora não totalmente
mas consigo viver, isto é que importa
Afinal de contas
quando partirei?
Isso não é importante, o importante mesmo é
Viver, ser Feliz, ter Paz e sobretudo
Amar, Amar e Amar

Foto de annytha

PAIXÃO METEÓRICA!!!

Não posso dizer que te perdi, pois não se perde o que não se tem
Não vou pedir-te pra cantares pra mim uma linda canção de amor,por que nada és meu...
Não quero mais ouvir a melodia que sai do teu violão, por que nada mais tem a ver comigo!
Não te amo mais, acho que, na verdade nunca te amei, apenas na minha solidão e diante da minha vulnerabilidade, só por ouvir algumas palavras tuas que me preencheram o ego, achei que havia por ti me apaixonado. Mas hoje, vi que estava enganada!
Pena! Tenho tanto amor guardado dentro de mim e o queria reparti-lo contigo, mas bem a tempo, vi que não o guardo para ti, pois não o mereces! E agora, vejo, o que imaginava ser paixão, era apenas ilusão.. Senti isto, quando estendeste tua mão para mim, num gesto de cumprimento, ao apertá-la, senti, que nada representas para mim e que em nada somos iguais, nem a tua amizade eu a quero, e disso não me arrependo, pois sei que jamais irei sentir saudade, pois também não vale a pena!
Ante tudo isso, senti que foi apenas uma paixão meteórica, nada mais que isso.
E como tudo passa na vida, essa paixão também passou!

Foto de matheus.caem

Fogueira

Digo que sou fogo e que posso te aquecer,
mas percebo que sua presença é fogueira
e poderia incendiar minha brasa.

Foto de Graciele Gessner

7º Concurso Literário - A Face de Deus.

A Face de Deus.

Quando a curiosidade desperta no âmago do ser humano, não há respostas suficientes para aquietar a dúvida.

Numa quinta-feira de manhã, na disciplina de educação religiosa, um aluno muito sabido espicha o braço esquerdo mais alto que pode. Pergunta a professora, ao vê-lo:

- Sim, Arthur, qual é a sua dúvida?

- Professora, desconheço a face de Deus, como posso descrevê-lo?

A professora que fica sem ação por tal questionamento sugere que cada aluno faça uma dissertação a respeito do assunto, e que apresente na próxima aula.

Na aula seguinte, a professora entra na sala de aula já ansiosa, visualiza todos os alunos e pede que o Arthur se apresente frente à turma, que leia a sua dissertação.

Arthur todo envergonhado e não podendo negar a solicitação da professora, se levanta. Vai até a frente da classe e começa a ler. Todos os alunos ficam quietos e admirados com o texto apresentado. Ao chegar ao final da leitura, Arthur conclui:

- Entre tantas faces humanas, é preciso acreditar no amor e na sabedoria de Deus. Deus nos compreende, perdoa, está sempre ao nosso lado nos momentos alegres e tristes. No entanto, Deus só deseja que amemos uns aos outros. A face de Deus é o Amor, e a face do amor é Deus. Ambos andam juntos, “porque Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha vida eterna” (BÍBLIA Sagrada. João, 3:16).

Graciele Gessner.
(Janeiro, 2011)

* 1º conto participando *

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Adeus, Amor!"

Teria sido a carência afetiva, a solidão que sentia(mesmo rodeada de pessoas, que não a entendiam)que a arrastaram a viver aquele amor proibido?No começo ela recusava incessantemente...Mas foi, aos poucos, perdendo sua força e se entregando.Passou a viver momentos maravilhosos, intensos, inusitados.Não se conheciam pessoalmente, mas a alma os revelava.Palavras inesquecíveis pelo celular e internet.Tudo se transformara num conto de fadas.O mundo lhe sorria.Começou a se cuidar mais, a sorrir mais, a se amar mais.Era mais velha que ele e disso ele sabia.Dizia que não mais conseguiria viver sem ela.Nem ela sem ele.E esse romance arrebatador durou dois anos.Certo dia, a realidade caiu-lhe como o mundo em sua cabeça.Lembrou-se que era casada e que não lhe havia contado ainda.Sentia-se emocionalmente divorciada, já que o divórcio propriamente dito, por motivos alheios a sua vontade, não poderia acontecer agora. E ser casada, naquelas condições, não lhe significava nada.Era apenas um peso em sua vida.Mas como ele encararia o fato?Saberia entender?Claro que sim, pois conhecia, palmo a palmo a sua alma.Sabia do imenso amor que ela lhe dedicava.Sim...ele a compreenderia porque a amava muito também.Temendo perdê-lo, preferiu marcar um encontro, para que, olhos nos olhos, lhe revelasse a verdade.Estava certa de que nada mudaria, porque conhecia a fundo o seu íntimo, sua alma.Era seu aniversário.Dia do encontro. A emoção tomava conta de seu ser.Colocou uma roupa que lhe caía muito bem, ajeitou os cabelos e sorriu para o espelho. Admitiu a si mesma que estava bela.Talvez pelo brilho intenso em seu olhar.Chegou ao lugar combinado.Lá estava ele, dentro de seu carro. Ao vê-la, pelo retrovisor interno, abriu a porta e se aproximou. Ambos tremiam.Chegara o momento.Se ele a compreendesse, ela seria capaz de deixar tudo e partir com ele.Entrou em seu carro.Olharam-se por longos minutos.Então ela falou:-Sou casada!Porém...Ia lhe explicar tudo, mas ao perceber sua transfiguração, seu olhar gelado condenando-a, preferiu se calar. Assim como ele estava:sombrio e calado.De que serviriam palavras naquele momento?Um olhar fala mais alto. Um olhar de condenação é como um punhal fincado no peito, que fere e mata.E ela quis desaparecer, sair correndo daquele lugar, fugir...Ao despedirem-se, ele balbuciou algumas palavras, algo como:-Virei aqui mais vezes, para conhecê-la melhor.Como conhecê-la melhor se ela lhe havia aberto a alma?Ela lhe respondeu:-Não, aqui termina a nossa história.Uma linda história de amor, que me fez crescer, me fez reviver, mas que agora termina...Muito aprendi com você, que devolveu-me a capacidade de amar...e foi uma poesia em minha vida. Beijaram-se...Um beijo triste, com sabor de despedida.E nunca mais se viram.

Foto de nanda gois

O HOMEM QUE GUARDAVA O TEMPO

O HOMEM QUE GUARDAVA O TEMPO
Hoje o tempo não quis parar, o dia nasceu, os ponteiros não rodaram pra traz, o que atrasa não adianta, era assim que ele falava, hoje eu perdi a sua presença, o tempo te levou pra longe de mim. Ainda ontem eu estava a seu lado sorrindo, brincando, correndo, rodopiando e segurando a sua mão. Ah! Se eu tivesse tido a sabedoria de fechar na palma da minha mão, os grãos de areia que escorriam por entre os meus dedos. Na minha inocência, o tempo não passava, os ponteiros apenas bailavam um após o outro. De tanto olhar você cuidar do tempo, parecia que o tempo são faria o que você mandasse. Doce ilusão, me enganei, o tempo é ingrato, cruel e desumano, te traiu e te fez parar, te consumiu e te veio buscar. O tempo não imortaliza, ele quer me fazer esquecer de te, não vai, o tempo já te levou de mim, mas não vai apagar você de mim. O homem que guardava o tempo, não se importava com o tempo, não pensava em parar o tempo, mexia, mexia e não sossegava enquanto o tempo não andasse pra frente. Essa era a sua recompensa. Não devia ter deixado; pra que mexer no tempo. Você não me ensinou que o tempo que tanto cuidou era tão cruel, estou sentindo falta do tempo, que você tinha tempo pra comigo ficar. O tempo me trouxe no seu tempo, me guardou no seu ragaço, o tempo da sua existência, era o tempo que você cuidava. 
Mas você era pra mim o homem que guardava o tempo. Ainda estou guardando na lembrança todos os bons momentos que vivi com você. Cada palavra, cada sorriso, cada bronca, cada lagrima que o seu sorriso ajudava a enxugar, com aquele jeito que só você, de homem que guardava o tempo, tinha de me dizer, que eu era forte, que tinha sangue valente. O homem que guardava o tempo, permitiu que o tempo se acabasse, na ampulheta, virada de ponta cabeça, o ultimo grão de areia caiu. O homem que guardava o tempo, não perdeu o bonde, subiu nele e se foi o tempo. Eu vi o tempo chegar, que marcava colado ao lado dele, vi os minutos passarem e vi você, homem que fez o meu tempo, abri as asas do tempo e voar pra longe de mim. Contava-me varias vezes que eu tinha nascido pra vencer. Hoje estou a procurar no tempo perdido o que é esse vencer, será que é a saudade de você. Não sei responder, na sua ausência não me sinto vencedora. 
Cadê você agora tempo impiedoso, malvado que tudo leva, tudo apaga, cadê você tempo que não deixou que o homem que era teu companheiro virasse o tempo e passasse mais um pouco de tempo comigo. Você tempo da existência não sabe como dói a saudade do homem que guardava o tempo, que você levou. O tempo fez uma troca injusta levou o homem que guardava o tempo e no seu lugar deixou a saudade que não me larga e fica comigo e não me ajudar a contar o tempo. O homem que guardava o tempo, de tanto guardar foi guardado pelo tempo. Os passos daquele homem que há bem pouco tempo corriam no tempo, andavam pelo vento, foram parando a cada momento e um dia aqueles passos rápidos não caminharam mais. Não mexiam como pêndulos, os ponteiros já não bailavam mais, também pararam, naquele momento o tempo lhe fez uma homenagem. Eu vi tudo parar o tempo parou os pássaros, os cucos não cantavam mais, os números não rodavam mais. O silencio que se fez , foi porque no teu peito não batia mais um coração. O tempo te levou pra longe de mim. Eu vi em milésimo de tempo, o tempo parar e vi você voltar como antes a brilhar . Olhei em volta e não tinha mais você, o tempo foi embora e ti levou. 
O Homem que guardava o tempo pra sempre se foi com o tempo, de ti quase nada me ficou, o tempo consumiu quase tudo de concreto que você deixou. Mas guardo num canto só meu um pedacinho do tempo que tanto você cuidou, foi o tempo que trabalhou todos esses retalhos dessa colcha enorme que foi construída durante anos ao seu lado. Lembro quando sentada contigo meu amigo, você me ensinava a guardar e cuidar do tempo. Precisava deixar alguém guardiã desse tempo, desculpe não fui eu, não aprendi há guardar o tempo, nem aprendi a aprisioná-lo, pois hoje eu vejo que onde você o guardava não era uma prisão e sim um paraíso onde o Tempo continuou a vagar pelo mundo e levar os que ele, queria. Hoje eu precisei acertar o tempo e percebi que os ensinamentos que você me deixou o tempo também levou, e agora não tenho o homem que guardava o tempo pra me ajudar a mexer no tempo, o tempo ta aqui parado, imóvel, como vou mexer no tempo se o tempo não me deixou lembrar como você fazia, o tempo apagou, troquei por coisas que nada me trouxeram, que na saudade me ficaram, não soube manter, não pude guardar, não soube cuidar e não passarei pra outros o tempo que você me deixou. Espalhei o tempo não soube juntar. 
A saudade que estou sentindo agora o tempo que você me deu não consegue apagar. Amigo queria que o tempo voltasse e de novo pudesse te ver. Sentado naquela varanda, balançando na cadeira e olhando o horizonte, me ouvindo falar, sonhar, voar, vendo muitas vezes me afastar. Muitas foram as vezes que te fiz chorar, não era por querer, era por não saber ficar ao seu lado, por não controlar o meu jeito de ser. Saudade, muita saudade de você. Hoje sou muito do que você me deixou. Sou forte, não sinto, consinto que o tempo faça você morrer.

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário: "Amor de Mãe"

( As faces do Amor)

De repente faltou-lhe o chão. Acabara de ler o resultado de exame de sangue de seu filho.Há dias não dormia, não comia, não falava, não sorria. A ansiedade a consumia. Mas nesse fatídico dia se encheu de coragem, pediu à Maria, Mãe das Dores, que intercedesse por ela e que a mantivesse em pé, fosse qual fosse o resultado...mesmo aquele que ela mais temia. E era.HIV(reajente).Seu filho adorado, lindo, inteligente, culto, sua razão de viver...tinha Aids. Jamais poderia supor que isso pudesse acontecer...E agora estava ela, frente a frente com a dura realidade.
Uma assistente social veio dar-lhe o resultado, numa salinha tão funesta quanto ele e se preciso, ampará-la. Ampará-la?Depois de sentir sua alma sido arrancada?Assistente social sabe da dor de se ter um filho aidético?Só mesmo quem o tem.Mas são preparadas para isso.Consolar.
A mãe,ou o invólucro da mãe,voltou para casa, incumbida de dar a pior, terrível e mais trágica notícia.
Onde uma mãe encontra tanta coragem?Só mesmo Santa Maria pode explicar.
Encontrou o filho deitado num sofá. Podia-se ver seu coração aos pulos, aguardando a sentença fatal.
Ela respirou profundamente, procurou não chorar e num sôfrego,sem mesmo ouvir a própria voz,falou:
-Meu filho,você tem Aids!Hoje em dia há medicamentos modernos, os coquetéis,que o manterão vivo,se você se cuidar.Estarei sempre ao seu lado,o amarei cada dia mais. Abraçou-o fortemente para que o filho pudesse sentir todo o seu amor e seu amparo.
Em seguida, trancou-se no quarto, ajoelhou-se e agradeceu a Deus, a Jesus e à Maria, pela grande intercessão, por não deixá-la fraquejar e para que o filho suportasse a notícia sem novas tragédias.
Quando uma mãe se põe de joelhos,o filho se mantém em pé.

_Carmen Lúcia _

Foto de maria rodrigues

E assim vai correndo a vida

É verdade, assim vai correndo a vida.
Ontem, um dia atribulado, vivendo de velhas mas boas recordações, numa tentativa de dar uma luz nova a um coração que vive em plena escuridão.
Recordar momentos felizes, vividos com intensidade, com amor, com muita partilha.
Mas a vida é assim, prega-nos partidas e o que neste momento é a maior felicidade, no momento seguinte pode tornar-se na maior das desilusões.
No entanto, e porque é preciso lutar, é preciso acreditar, vão-se buscar ao baú das recordações que ficou guardado, bem lá no fundo do coração, as recordações vividas e que fizeram sentido na altura devida.
Hoje, voltei a rebuscar essas recordações, mas sem conseguir encontrar o que procuro.
Há sempre a esperança de que elas nos ajudem a encontrar um novo rumo para continuar a nossa caminhada pela vida. Só que nem sempre resulta! Por vezes o efeito é contrário.
É nessa luta que tenho vivido estes últimos dias, tentando em vão encontrar o equilíbrio perdido, tentando encontrar a luz que se apagou.....
Está a ser dificil.
E assim vai correndo a vida....

Foto de JORMAR

Nuvens

Se um dia haviam motivos para andar com a cabeça nas nuvens, era pensando em você
Hoje quem está nas nuvens é o coração que se sente feliz ao seu lado que bate descompassado
Pelos momentos de amor, felicidade e lugares tao lindos que ambos temos passado
Como ao teu lado as coisas se tornam tao significativas, tao emocionantes e profundas
Me fazem percerber a importância do compartilhar, o prazer de tocar e a intensidade de amar
Que seu dia seja cheio de esperança e confiança no futuro, pois se o destino nos fez conhecer, não há de ser para sofrer.
(Marisa Cruz)

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Tango"

(As faces do Amor)

Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente. Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional. Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara. As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar. O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango. Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual. Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente e com ela vestir a máscara que a camuflava.

Carmen Lúcia

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