Poemas

Foto de Laís Rangel27

Jardim das Sombras

Pareço perdida, perdida em meus proprios medo. Sonhando com o dia em que me encontrarei com meu interior, sonhando com o dia em que palavras não magoaram.
A noite cai e com ela seu manto sombrio, adormece o meu corpo, e os dias ja não tem cor, me vejo em frente a um abismo profundo e sombrio, tento me encontrar no silêncio desse jardim de sombras.
Preciso de um caminho, um lugar onde eu possa me encontrar com meus maiores anseios e encotrar o meu olhar que vaga perdido em meio a tanta solidão.
Não quero mais voltar, não quero mais pensar nem ouvir o que me faz mal, me seinto perdida sem amor, vazia como um jardim sem flores, meu mundo agora é cinza e o que fazer?
Não há solução, e o caminho está deserto e frio, a solidão grita e ecoa em meu caminho.

Foto de Belinha Sweet Girl

Dois Lados

Ela diz um tímido “bom dia”,
Ele oferece café,
Ela aceita e senta-se à sua frente,
Ele a olha fixamente.

Ele tenta conversar,
Ela se nega.
Ele a faz rir,
E ela se entrega.

Ela gosta de rock,
Ele também.
E tudo que ela diz,
Ele responde “amém”.

Ela não quer se apaixonar,
Ele não quer que ela se apaixone.
Ela gosta dele de longe,
Ele gosta dela desde o nome.

Ela gosta de como ele a respeita,
Ele gosta de como ela o beija.
Ela se sente amada com ele,
Ele se sente satisfeito com ela.

Ela quer desistir, pois é perigoso.
Ele não quer que ela desista.
Ela no fundo acha “gostoso”,
Mas ele não quer ser realista.

Ela chora, não consegue resistir,
Ele se sente culpado.
Ela conta pra ele como se sente,
Ele a procura em seu quarto.

É físico, é carnal, é pecaminoso.
O que eles têm é algo que parece errado.
Eles vivem uma paixão enrustida,
Um caso de amor proibido.

Algo sem compromissos com sentimentos,
Sem a certeza do amanhã dormindo juntos.
Ele sem coragem pra acordar desse sonho,
Ela com medo de que se torne um pesadelo.

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de Maria silvania dos santos

Mãe companheira, sempre companheira...

Mãe companheira, sempre companheira...

_ Mãe palavra doce, palavra tão doce que adocica nossa alma, mãe palavra que nos acalma, mãe palavra de gratidão, é para guarda no coração!..
É pra falar com emoção, encher o pulmão...
Mãe, a corda do nosso coração, é corrente sanguínea é para eternidade, é de geração pra geração, e devemos ter consideração...
Mãe, quem sofrerá a dor do amor eterno, mãe quem conhece o infinito amor...
E por isto, quero agradecer a você mamãe, Obrigada por me deixar nascer, obrigada por teu amor, por ser carinhosa, uma mãe dengosa!..
Por não medir o limite do teu amor que nos aquece com tanto calor.
Por deixar vim ao mundo os teus fruto que eternamente será seus dependentes, por nos dar a tua proteção, nos guarda em teu coração com a imensidão do teu amor...
Por ser mãe amiga, mesmo nas horas mais difícil...
Por ser a mãe única, mãe de muitos enquanto muitos não é pra te que é apenas uma...
Mãe lutadoura, mãe guerreira, mãe companheira, sempre companheira...
Mãe dos fracos, mãe dos fortes, mas sempre mãe, mãe até mesmo depois da morte...
Sem palavras para lhe dizer, quero apenas lhe dizer, quero agradecer, Obrigada mamãe, sempre obrigada!...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de carlosmustang

ME SEE MY OWN IMAGE

Me conter por ti aproximar
Sentir seu cheiro,e me oprimir
Delirar por ti, existir
Admirar por estas aqui!

Em ondas do manejo
Nem viver com seus beijos
O frio me abastece, eterno!
Alimenta meu olhar! Com Poder

Revirando todo tempo
Mascarei-ti em outras faces
Ficou bom com o tempo, Ti Amar!

Se outro ti protege, amado será
Que a augura do seu sorrir
Me descame de Amar-ti, até o fim.

Foto de Bel Souza

Conta e Risco

Aí, a gente percebe que o sorriso mudou, que a respiração curta chegou e o coração já manda avisar..."agora é por minha conta e risco, cala a boquinha, Grilo Falante!"

Foto de estefane oliveira

Você sabe...

Você sabe que tudo nessa vida é passageiro, mas o amor que sentir foi verdadeiro e
sempre vou te levar em meu coração
Você sabe que a saudade sempre existirá, mas não há e nunca haverá outro em seu lugar
Você sabe que o fim da nossa caminhada é culpa de nois dois mas não vamos chora pelo que se foi,
seguir em frente é o melhor que se pode fazer mas não vou te esquecer
Você sabe que dói aqui no meu peito lembra desse teu sorriso meigo e não poder mas te
ter tão perto de mim
Você sabe, mas que qual quer um, só você sabe e só você pode sentir e entender esse AMOR
que se foi mais não vai morre.

Foto de Nailde Barreto

Colecionador De Amores.

O amor é algo que chega sereno em dias de rebelião,
Suas brasas quentes me fazem tocar o céu com as mãos
E o sereno domina nessa história louca de emoção...

Conter a magia dos nossos momentos,
É como sufocar o coração...
Que bate louco e acelerado, quando sente o toque da sua mão...

Esquecer-te não faz parte de mim,
Cruel é viver sem ti, aqui, na minha pirâmide, vazia!
Oh, Afrodite do meu império sem fim...

Me pega, me chama, me faz teu escravo...
Quero tanto suspirar em seus braços...
E, enquanto a brisa da noite, nua, se vai...
Aqui, mais uma vez, estou acorrentado em seus laços.

(escrito em 24/09/12)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Suprema Anarquia

Você sabe o que é um estado?

Segundo o Houaiss
É o conjunto das instituições

Segundo Weber
É o que contém o monopólio da violência legítima

Segundo a classe média
É o que os obriga a compra de
Colégio particular
Plano de saúde
Previdência privada
Vigilância especializada
Automóvel
Contas no interior de paraísos fiscais

Segundo os maconheiros
E sua religião fundamentalista
O estado é o que proíbe e oprime
O que eles livremente fazem e todo mundo sabe

E segundo os pobre-diabos e humildes indigentes
Ou seja, eu
O estado é uma cerca invisível
De poeira e vento
Que não serve pra nada

Foto de Bel Souza

Menino

Eu sei que vou te encontrar, e o medo é tão grande quanto a certeza desse encontro. Eu já te amo, meu amor. Se nessa vida, ou na outra...só te peço por favor, me reconheça! Não sou muito boa com sinais, então...por favor não me deixe avulsa, não me deixe nude, lute por mim se preciso for, mostre-me os caminhos de volta ao meu coração, e me acorde, porque é tão certo que esse amor já existe pra nós dois...ele tem cor, cheiro e sabor. Então é só sentir.

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