5º concurso

Foto de pctrindade

VELHOS TEMPOS

Houve um tempo, em que os anjos brincavam neste quintal, ao olhar des-preocupado de Deus, pois não havia maldade. Eram anjos de todas as cores, sem raça definida, mesmo porque não existia um conceito que definisse a palavra raça. Eram anjos de aparência diferente, porém iguais.
Era possível encontra-los em qualquer lugar, pois viviam entre nós também que já pertencíamos a uma hierarquia mais antiga e nossa missão era fazê-los sentirem bem.
Houve um tempo em que o sol sabia controlar a medida certa de seu calor e dividir fraternalmente seu domínio com a chuva e o vent
Houve um tempo em que as estrelas não escondiam mistérios, e o papel da lua era apenas embelezar, sem a responsabilidade do domínio de rios e mares.
Houve um tempo em que não era preciso compor canções, pois todas elas pairavam de maneira etérea, ao alcance de qualquer ouvido e a poesia, estava configurada na alma e expressa no olhar.
Houve um tempo em que não existia saudade, e a maior distância conhecida era o tempo de fechar os olhos sonhar e acordar longe.
Era o tempo da felicidade que palavras seriam impossíveis de descrever mesmo ao mais arguto sábio.
Mas um dia, Deus sentado em sua varanda celestial, ao olhar seus anjos brincando, entediou-se, mas não por seus poderes supremos, e sim por estar cansado de ser mantenedor da harmonia e então resolveu repartir sua supremacia delegando
poderes e individualidades. Criou o livre arbítrio num estalar de dedos.
Os animais que antes enfeitavam seu quintal, notaram as diferenças entre si, o mesmo acontecendo com os anjos que passaram a olharem-se estranhando fisionomias, cores e vozes. O Criador instituiu raça e sexos.
Agora, novamente na varanda, Deus chora baixinho ,olhando seu quintal vazio, sombrio e silencioso .
Fecha seus olhos e vê seus anjos desentendidos, dispersos e morrendo em batalhas, ansiosos por tomarem seu lugar.
Adeus hierarquia
Abre os olhos novamente, olha para o alto e vê a lua que, já não cheia como criou, preocupada também em estender seus domínios.
Num gesto de desespero, usa seu infinito poder, conclamando o vento para transportá-lo às estrelas longínquas, onde restabelecerá suas forças, e de lá governará esse universo obscuro longe de nossos olhos.
Mas engana-se quem pensa estar Ele sentado em algum trono. Não,Ele adora simplicidade, e continua sentado numa varanda, só que agora cósmica, e tem à sua frente um vasto quintal também cósmico, onde brincam poucos anjos, todos resgatados de nosso quintal terreno.

*

Foto de pctrindade

AÇÕES

AÇÕES

Se for tristeza...esqueça,
Se for saudade...reviva,
Se for perfume...absorva,
Se for solidão...grite,
Se for fome...esconda,
Se for vontade...desista,
Se for ódio...mastigue,
Se for amor...respire,
Se for engano...agradeça,
Se for desejo...aconteça,
Pensamentos...sentimentos...atitudes!!!

Foto de MarioC

A tua vida num livro...

Se contasses num livro teu
Tudo aquilo que já viveste
Tocaria, algures no céu,
O volume do que escreveste.

Personagens lindas, ou nem tanto.
Enredo por vezes surpreendente.
Houve ocasiões de encanto
Que ficaram na tua mente.

Escritas pela caneta da esperança
Que sabe bem daquilo que trata.
Por isso, pede sua vingança
De uma existência tão ingrata.
Letra inclinada, vida tremida
Que nunca te mostrou a paz,
Mas se ela pensa que tem saída
Engana-se, pois aqui estás!

Capítulos longos, já terminados
São tempos perdidos na imensidão.
Momentos felizes, um dia roubados
A alguém que viveu na escuridão:
Foi tua pessoa de outrora,
Quem de muito já se arrependeu!
Mas levanta-te e pensa: “Agora,
Quem escreve meu futuro serei eu”.

Foto de Athayde

Mar de Paz

Ah!Navegar é preciso!
Nesse sol de intenso brilho
ouço o vento assobiar...

Minha face é feito trilha
O sal do mar é o testamento
Desenho espumas com a quilha
Mais que respeito,é juramento...

Longe de tudo eu faço a lei,
A punição é meu anzol
E ainda não achei
Um caminho para o sol...

Essa paixão é incessante!
o azul é infinito
A lua por vezes deslumbrante
E meu peito nunca aflito.

Não sei línguas,letra ou música,
Nem sei como lhe explicar
Mas pra ter paz dentro do peito
É preciso navegar!

Foto de Icaro Maceio

Queria te dizer tanto

Queria te dizer tanto..Mas o que dizer?
Quando te olho, as palavras fogem de mim.
Meu sorriso somente ele fica, não para te encarar
Mas para aproveitar cada momento contigo...

Queria te dizer tanto, mas qual a palavra certa a ser usada?
Queria te dizer tanto, tanto que me repito
como se repetir, fosse afirmar...
de Tanto querer dizer-te,
nada te digo...

Foto de Elizabete Carolino

O que são palavras?

Expressão verbal do que os olhos querem dizer. O som dos nossos sentimentos e metade dos nossos pensamentos. Palavras são mensagens que trazemos na alma, que na calma mel mais doce não há mas na fúria fel se tornará. Palavras, ai de ti que para o bem e para o amor sejam simplesmente palavras. Doces ou amargas, quem sois vós que matam e vivificam? Em segundos obténs todo o teu poder, o coração se enche e resulta em vós, ó palavras!

Foto de Elizabete Carolino

Sol e Lua

Somos como o Sol e a Lua que nunca se encontram. Nessa paixão envolvida de amor os lábios não se tocam e os olhos não se encaram, barreiras se levantam e a mão de Deus estabelece caminhos opostos. Pena que não posso te ter como desejo e se te tenho é apenas por um momento. Quizera eu que cada segundo que estou ao teu lado se tornasse uma eternidade, mas infelizmente, o Sol nao pode tocar a Lua. Um pedido, que Deus seja generoso e faça acontecer um eclipse eterno para assim passarmos a ser felizes juntos. Agora só me resta saber se sou assim especial como você é pra mim
Pois sei que sou capaz de te fazer feliz.

Foto de Athayde

Última tinta

Abro agora os olhos,
Liberto a noite...guardo a aurora...
Oh lua que beijas minha dor,
Oh peito que é brasa e ardor...

Peço ao mar...
Não me priva de vento e esperança,
Da sensibilidade de criança,
Deixes-me voar!

Que o verde de teus olhos...
Que me traga e me envolve,
Me libertes pra voar...
Pois minhas asas são tinta,
Minhas palavras brisa...
Meu sentimento turbilhão.

Escuta com a alma!
É que palavra chorada por poeta,
Lava o espírito...aquece...acalma...
Talvez seja meu último suspiro,
O pote de tinta...tão vazio!
E a caneta teima em não dançar...

Não cravejo,pois,jóias em minha arte...
Só banho de sangue...
A sinceridade que pra ti guardas-te

Salva-me virgem...com teus olhos de verde oceano
Tua boca ...de sol no fim da tarde..
E teu colo que é leito da vaidade,
Suplico-te..me aguarde..

Vejam! O último suspiro de um poeta!
A tua alma vegeta?
Que espetáculo para a incrédula minerva..
A minha poesia está certa?
Deixes apenas eu voar...

Dou a ti o vazio...
Que em meu peito se acostumou,
Seu sorriso acalenta minha dor...
Sou pó,viro tinta...bato as asas com furor!

Despertas-te,virgem,a detestável esperança...
Rainha dos povos desesperados,
Conforto dos mal-amados,
E inspiração de um poeta apaixonado...

Abra seu peito e escute..
Não és tua dádiva...é só um bater de asas
O vôo da verdade..o acalento da vaidade,
O salto do torpor...

Sinto as memórias cortando meu rosto,
No vento gélido do sofrimento..
Mas aproveito o vôo..
E te dou meu último amor.

Foto de gilsanjes

RECENTIMENTOS

A saudade é dor sem fim
O silencio mensageiro
A solidão é ruim
O amor é passageiro

Corpo e alma naufragados
Em rios de salso cristal
Sentimentos consternados
Onde o querer é vital

Quero a saudade sem fim
Quero a solidão ruim
Quero o amor passageiro

Quero o corpo naufragado
Sentimento naufragado
E o silêncio mensageiro

Foto de MarioC

O percurso para o teu coração

Tentei códigos, procurei chaves
Para encontrar maneira de subir
Dei pontapés, retirei entraves
E, ainda assim, não consegui ir
A essa escada que esconde um portão
São as portas do teu coração!

Esforcei-me mais e lutei arduamente
Enfrentei o seu guardião
Corri para a escada, finalmente,
Mas escorreguei p’ro meio do chão…
Foi o guardião que me puxou!
Disse “Só alguém especial entra aqui
Mas este coração pode pertencer-te a ti”
“Como?”, pensei eu dorido
E cansado de tentar.

Com um salto, percebi:
Que só precisava de outro caminho.
“Mas e o guardião?”, temi,
“Embriago-o com algum vinho!”

E assim, avancei destemido
Procurando o coração,
Ignorei o forte gemido
Do embriagado guardião!
Subi as escadas, lentamente
E descobri que era verdade
Aqueles eram, realmente,
Os degraus da amizade!

Cheguei ao topo; porta fechada
Pensei: “Terão as chaves sido roubadas?”
Mas vi que não havia fechadura…
Teu coração era uma armadura!
Imaginei, e descobri sozinho
Que nas portas do teu coração
Só com amor e carinho
Vou ganhar tua paixão.

Porque entre o guardião e o interior
Cria-se uma tal amizade
Que, se algum dia surgir amor,
Nos trará a felicidade!

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