Voos

Foto de Carmen Lúcia

Rompendo correntes

É inevitável que preciso mudar...
Livrar-me das normas que engoli
com a garganta seca de ansiedade...
De tabus apregoados, em mim tatuados
bradando aos meus ouvidos, atrocidades.

Liberar desejos engavetados, lacrados,
que eu repudiei de maneira hipócrita,
com a vontade louca de ceder,
me envolver, te devolver...
ainda que presa a preconceitos
que me impediam de viver,querer, sentir prazer...

Quero afastar a hipocrisia de meus atos
e renascer como renasce uma flor
cultivada por anseios
e fazer parte de teus devaneios
agora tão meus,
mantidos em segredo
pra revelar quando chegar a hora.
Agora.
Talvez não seja tarde demais...
Não vais embora!Verás do que sou capaz!

Desfaz tuas malas, crê que eu mudei...
O medo já não há...de me entregar, me libertar...
E meus pudores, herança de ancestrais,
crendices abissais... não os carrego mais...
Recriarei meus sonhos e alçaremos voos
até alcançarmos a plenitude desse nosso amor
vitimado por um passado que abominei!
Fica!O tempo te dirá como mudei!

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
15/10/2007

Foto de Carmen Lúcia

Poeta

Te revestiste dos sonhos
que deixei de sonhar,
alçaste majestosos voos
que não pude voar,
cruzaste o horizonte
fazendo-me imaginar
que o inimaginável é possível,
passível de se alcançar.

Te embrenhaste nas brumas
de teu oceano,
deixaste-me vazia
a repensar nossos planos
juntar nossos sonhos
e bem alto voar
num único sonhar...

Subiste mais alto que eu
sem ouvir meu apelo,
meu olhar de desespero,
minha mão a te buscar
que no ar se perderam
quando de ti me perdi...

Ao ganhares altura,
condor a conquistar os céus
com galhardia e postura
pisaste o mais alto pódio,
olhaste-me de cima pra baixo
olhar de ironia e bravura.

Hoje sou simples gaivota
solitária a rodear o mar,
olho-te voando ao alto
no ápice de minha coreografia
tentando clamar por tua atenção
e nem sequer me vês
e nem sequer me notas...
Julgas ter atingido a perfeição
nesse teu mundo de ostentação...
Não foges à regra
nem és exceção...

Carmen Lúcia

Foto de Joaninhavoa

Meus Voos

*
Meus Voos

*

«Por onde voou observo paisagens
que dilatam espíritos
Chegam a medir-se pela grandeza
e a perder-se em cruzamentos de linhas
na imensidão de horizontes
Por onde voou observo paisagens
Geografia física e humana a fazer amor».

Joaninhavoa
(helenafarias)
10/04/2009

Foto de onil

MAR DE LIBERDADE

EM MEUS PASSEIOS MATINAIS
A BEIRA DO MAR PROCURO MAIS
A MARESIA VEM-ME ACALMAR
DAS ONDAS EU GOSTO DE VER
CONTRA A PRAIA DESFALECER
ESSA FORÇA DA NATUREZA SEM PAR

OUVI AO LONGE O BARULHO
COMO SE FOSSE UM MERGULHO
DE ALGO QUE CAIU AO MAR
APROXIMEI-ME ENTÃO REPAREI
QUE O BARULHO QUE ESCUTEI
ERA A ONDULAÇÃO A REBENTAR

ANDAM AS GAIVOTAS VOANDO
NO HORIZONTE PROCURANDO
ALGUM PEIXE DESCUIDADO
FAZEM VOOS BEM RAZANTES
MAS TAMBÉM SÃO PACIENTES
POR ESSE MANJAR ESPERADO

QUANDO PASSA UMA TRAINEIRA
HÁ GAIVOTAS SEMPRE Á BEIRA
PARA ROUBAR O PESCADOR
É VÊ-LAS A ESVOAÇAR
E DE VEZ EM QUANDO PICAR
NUM VOO COMO UM CONDOR

GOSTO DO MAR APRECIAR
NAS SUAS ONDAS MANDAR
MINHAS MÁGOAS PARA LONGE
SENTIR BEM A LIBERDADE
NESTE MAR MATAR SAUDADE
E FICAR LIVRE COMO HOJE

PORQUE O MAR ME LIBERTA
E MINHA ALMA DE POETA
NA NATUREZA VÊ POESIA
HOJE LIBERTEI MEU CORAÇÃO
DEIXEI DE VIVER DE ILUSÃO
E A MINHA VIDA É SADIA

20/03/010
ONIL

Foto de Carmen Lúcia

Castelos e Ruínas

Ao construir meu castelo de sonhos
depositei em cada canto de sua dimensão
toda a ilusão da plena certeza que o povoaria
das mais belas e ricas realizações.
(certezas são meras divagações...)

Ceguei-me ante o desejo apressado de concretização;
sob a luz incandescente de uma louca ambição...
Deixei rolarem os sonhos que se perderam
perambulando à esmo pelos caminhos,
pobres peregrinos, vítimas dos próprios destinos.
(sem perseverança morre a esperança)

Da indubitável certeza à frágil incerteza
(com a qual ficamos tal e qual...)
desestabiliza-se o alicerce, desmoronam-se castelos,
despencam os sonhos,
rompem-se pactos com as idealizações.
Vão-se as asas, ficam os pés no chão.
(sem voos, sonhos não se realizarão...)

Das verdades previstas e eternas
(nada é eterno, verdades se contradizem...)
muitas tiveram fim...
Quanto às outras...faltaram-me as pernas.
Somente uma restou, por fim.
Busco essa verdade dentro de mim,
entre os escombros, enfraquecida,
temerosa de enfrentar de novo a vida.
(chama que ainda permanece ativa...)

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

A menina e o tempo

Ah, menina sonhadora...
Canta o amor que transcende a vida,
vibra sentimentos em comunhão com a paz,
compõe versos espelhados na beleza
precursora da arte,
invasora de sonhos,
que se faz perceber...
mesmo sem querer.

Ah, menina sonhadora...
Dança rimando seus passos,
gira, contagiando o mundo
que no fundo também quer sonhar.
E dançar...
Faz da vida um grande show
expondo sua arte
que o palco da emoção invade
e a ilusão fomenta.

Ah, menina sonhadora...
Segue sonhando e driblando o tempo
que veloz caminha e deixa a menina.
Talvez não queira surpreender a artista,
descompassar a frágil bailarina...
Desvia seu destino
eternizando o dom da compositora,
aplaudindo a menina sonhadora.

Ah, menina sonhadora...
O branco dos cabelos não a faz desistir,
as rugas em seu rosto, motivo pra seguir
reverenciando a vida
a lhe cobrir de fantasia
concedendo espaço para alçar seus voos,
espalhando sonhos
onde a inspiração atua
e o tempo complacente perpetua...

E a arte predomina
imorredoura
no coração da menina
sonhadora...

_Carmen Lúcia_

Foto de rumos4

Prosa ao amanhecer

Prosa ao amanhecer no desfolhar da alvorada do meu despertar
em que as pétalas dos meus suspiros caem leves no teu colo
e as nossas mãos enlaçam-se em voos de pássaros brancos
que poisam levemente no brilho dos primeiros raios de sol.

Do teu rosto emana a simplicidade do sono simples e justo
e dos teus pequenos gestos irradiam como em bolas de sabão
pequenos arco-íris que coloram o ar que respiramos
e poisam levemente no brilho do teu sorriso.

Ufano meu corpo estremece no calor da manhã
teus braços estendem-se como ramos da arvore
que em sua imobilidade me alcança e me dá o descanso do seu tronco
e eu poiso levemente no brilho da tua sombra.

Num amplexo estridente de mil pássaros de luz
criando vagas do tamanho dos nossos corpos,
volteando espirais sobre um mar incandescente
poisamos levemente na prata da lua.

Já o Sol vai alto colhemos as maçãs dourados dos seus raios
E no esplendor da luz branca manto diáfano dos nossos corpos
num sorriso imenso como fosse o ultimo da existência
Poisamos levemente os nossos olhares.

Foto de Arilton Bronze

ACORDO ORTAGRÁFICO

A quem faz bem?

Ao superaquecimento.

Ao jumento.

Alento.

Amém!!!!

Ao homem humano, subumano, mano, você...

Ao homem bilíngue

Eloquente

Quente

Elegante

Frequente

Potente...

Ao homem tranquilo:

Müller o mülleriano,

O mulherengo shakesperiano....

Ao homem que apoia a epopeia, que estreia Camões.

Ao homem heroico

Playboy da odisseia.

A paranóia, a jiboia, que engoliu a joia de alguém...

Ao homem da feiura, da loucura que mata no playground.

Ao homem do acento, avarento...

Que comeu tuiuiús no Piauí.

Cuidado playboy, olha o IBAMA aí.

Ao homem em seu assento e os acentos

Querendo te confundir, arguir...

O que fazer?

Ó deuses dos acentos!

Deem alentos ao homem infringidor.

Deem voos,

Enjoos,

Perdão...

Ó deuses dos polos! Rogo-te!

Bênçãos ao urso de pelos brancos.

O branco de alguém.

Ao homem forte...

Do norte, será que ele para o trem? Talvez!

Talvez ele coma a pera de alguém.

Esses homens do norte têm coragem.

Por isso, alguns mantêm e detêm o poder...

Ao homem.

Ao super-homem, sobre-humano, subumano, ultra-humano...

O romano de ninguém.

Ao homem que onteontem, amou não se sabe quem.

Ao homem estudado, letrado, talvez opaco. Semiopaco, semianalfabeto

Vai pôr o acento correto por mim.

Ao homem, ao herói que recebeu o troféu... Parabéns!

A quem faz bem?

Ao homem heroico,

Ao semideus concebido da traição.

Ao homem ultramoderno...

Vice-rei, rei, imperador quer ser!

O homem real, surreal, neorreal,

Ultrarresistente...

Sorridente, porreta.

Ao homem mudando, mudou o cosseno plurianual.

Ao homem moderno, pseudoprofessor, antissocial, fatal

Ele quer contra-atacar.

Ao homem

Ultramoderno

Anti-imperialista

Anti-inflacionário

Simplesmente hiper-requintado

Soldado do bem.

Ao homem

Romântico

Super-romântico

Autêntico

Nojento

Além...

O homem ultramoderno

Supereconômico

Anajá-mirim

Termino

Assim

O meu pasquim

Super-requintado

Moderno.

Foto de Joaninhavoa

EU SEI!...

Sei lá...
É nada e é tudo
É um tudo de nada
Não! Não digas, sei lá...

Eu sonhei que eras tu! Só tu
Neste sonho! O meu príncipe encantado
Eu sei!...

Algures em terras onde as águas
brotam em cascatas alvas...
Sereia, eu deslizo volupta
e sumptuosa...
Ao nosso encontro marcado n`alma
Eu sei!...

Há anos que te espero! Não sei quantos...
Tantos que já nem lhes sei o conto…
Leva-me e transforma-me! Como só tu
Sabes! Metamorfoseando! Evidencias
outros voos...
Os dois num só! nós dois...
Eu sei!...

JoaninhaVoa, In "Vidas"
(06/04/200)
Inspiração/Resposta, Poema "Sei lá...", de Bira Melo

Foto de renatoype

Fênix Apaixonada

Nasci para ser simbolo
Por chamas meu corpo é formado
Posso voar sou livre pra isso
E em meus voos descobri meus dons
Descobri que sou eterno
Meus inimigos podem me ferir e até matar
Mas das cinzas eu renasço mais forte e poderozo
E juvenesso com todas as minhas lembranças
Só que nesses voos descobri algo novo
Não sei se é bom ou ruim mas me faz bem
O nome disto é amor
Com ele voei mas alto do que podia
E descobri assim minha maior fraqueza
E quero morrer e renascer novamente
Mas dessa vez como humano
Pois ainda que morra sem poder renascer
Estarei feliz pois terei você...

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