Vista

Foto de Gideon

No Mar de Unamar

A vista se perde pela largura do mar.
Ao longe vislumbro uma cidade apagada
As ondas de Unamar cobrem meus olhos nublados
E faz-me lembrar os abraços bambos e apertados
Dos braços sobrados e dos sorrisos disfarçados, esforçados.

Uma vida sem brilho, um olhar sem interesse
As ondas quebrarem-se na areia, sem importância.
Talvez seja assim, o final da vida...
Como uma onda qualquer, que desmancha na praia
Sem valor algum, que outrora pensava possuir.

A vista fixa em um ponto no mar de Unamar
Agora é um surfista isolado olhando as inquietas vegas
Que formam-se ao acaso para trazê-lo de volta
Para a praia que rodeia os meu pés enterrados na areia.

A solidão parece descansar ao som do mar
Dá tempo para pensar e lamentar os desfechos infortúnios.
Os pés enfiam-se na areia querendo como raízes firmarem-se
Talvez o inconsciente ainda tente revigorar-me
Enterrando os meus pés como raizes profundas na areia do mar.

Quisera eu estar ali plantado como um coqueiro
E balançar meus cachos para vez outra lançar ao mar
Um punhado de frutos que pudesse, talvez a alguém alimentar.
Seria mais útil, quem sabe, que um desolado qualquer
Plantado no mar de Unamar.

O barulho da onda acorda-me do triste pensar
Percebo o jovem surfista que de novo ao mar quer se lançar
Após o breve sabor de em sua prancha equilibar-se.
Será a vida assim, penso, tanto esforço
Para gerar somente um breve momento de gozo?

No Mar de Unamar ao olhar o infinito nesta tarde triste
Uma lição parece querer me ensinar
Que a vida, enfim, é assim, triste, esquisita e breve
Como são breves os meus momentos no mar.

Foto de Paulo Gondim

Balanço

BALANÇO
Paulo Gondim
01/05/2010 (1h07)

Não que eu me dê por vencido
Embora o cansaço já se faça à vista
O tempo já não corre tanto, parece mais lento
A pressa de viver, agora, nem reclama
Até posso acordar mais tarde!

Um ganho. Acordar mais tarde.
Uma conquista que desperta o sono de muita gente
Tão simples, tão insignificante, mas perseguida.

Aos poucos, inicio uma prestação de contas
Uso meus conhecimentos de contabilidade
E entre lucros e perdas, o balanço não bate
Há apenas um lucro presumido
Pouco guardado e muito a ser esquecido

Um por cento, talvez, seja meu ganho.
Na conversão de valores, pouco me sobrou
Uns sorrisos amarelos, algumas desculpas
E, lá longe, um pedido de perdão...

Mas guardo comigo, da parte que soneguei,
Um momento de paixão, intenso, embora breve
Que me vale como aposentadoria
Foram os beijos com sabor de cigarro
Apesar de minha aversão pelo fumo
Mas esse gosto não sai de minha boca

Foto de GEOVANEpe

O ULTIMO SUSPIRO DE UM GUERREIRO

Sonhos violentos me acordaram toda essa noite
O vento frio entrava pela fresta da porta e espalhava a terra do meu piso
Tento apreciar aquela que pode ser minha ultima noite
Abraço o calor da minha companhia que dorme e se desváia em lagrimas
Beijo aqueles que futuramente honrarão o meu nome
Nunca temi tanto o nascer do sol, mas ele é inevitável por hoje
Mas temo ainda mais a presença de estrangeiros sobre Minha terra que eis de defender
Sinto que o corpo esta pesado, assim como a minha cabeça
Pelas brechas das palhas um fio do sol me abençoa e me chama
Ergo-me com a obrigação de deitalos
Olho para aquele elmo que prende o livre arbítrio de muitas mentes
Visto aquela malha que cobre o coração de muitos reis
Sei que posso confiar no fio de minha espada e na resistência de meu escudo
A morte é certa assim queremos fazer da vida
A despedida e despeça
Fria...
Me junto aos milhões de compatriotas em uma grande marcha silenciosa
Um caminho cheio de rosas, mas que passam despercebidas
Esbarro meu escudo em uma lança tremula do meu companheiro de posição
Olhos lubrificados pelo medo
Os experientes se remediam
Os iniciantes vibram sem saber o que os aguardam
Chega à vista a ultima montanha
Sei que após ela terá outra, mas que no centro terá o pivô dos nossos medos
Chego ao cume e paro atrapalhando os irmãos que vem de trás
Eis que vejo o maior exercito de toda minha vida
Uma infantaria que poderia ela só nos devorar
Acompanhada de escudos impenetráveis, e infantaria leve e pesada
Ótima nação militar, péssima negociante
Paramos diante da aberração gananciosa dos homens que deseja o que não os pertences
Vejo que nenhum acordo foi tomado a não ser a rendição. Mas não a conhecemos
O silencio antes do gritos e de estourar os tímpanos
Ergo a cabeça e olho para a bandeira do meu país que tanto amo
O sol se esconde e da lugar para um chuva de flechas que dizima metade da nossa frente
O avanço é constante...
O sangue se mistura com lagrimas e gritos, o pedido de misericórdia não se ouve
Cavalos e homens disputam espaços violentamente, enquanto em um vestígio de luz observo as baixas da campanha e o avanço do inimigo
vi gigantes cair sobre mim e diante de mim
Sangue toma o lugar da água
Lanças tomam os das aves
Empadas o do abraço
Sinto-me leve e noto que já não tenho elmo e nem a malha intacta
Deito e sou pisoteado pelo cansaço e pela extinção da vida
Olho para o sol e observo que ele sorrir e me aplaude
Olho para meus irmãos avançando, e com a visão pela metade
Sigo olhando ate que paro diante da segunda montanha
Vejo a bandeira de meu país rasgada, mas erguida
Vitoria...
Vejo que a batalha valeu à pena
Livre
Posso da o ultimo sorriso e o ultimo suspiro...

Foto de Soélis

MEU MUNDO É VOCÊ !

MEU MUNDO É VOCÊ !

Autor: Soélis Sanches

Minha vida se tornou muito especial a partir do momento em que te conheci ...
Não sei se foi amor a primeira vista, só sei que foi amor.
Tenho vontade de viver, sonhar, amar, ser para sempre feliz,
Eu e você.
Afinal, é você quem completa minha vida.
Sem você minha vida fica com um vazio grande, vazio esse que só se preenche quando você está comigo, quando está em meus braços ...
Nossas bocas desfrutando de um único momento ...
Nossos pensamentos unidos em um único sentido ...
Nossos corpos em um único ritmo ...
Nesse momento, nada mais existe ...
Só eu e você ...
Dois seres em um único ser ...
Duas almas, dois corpos, dois pensamentos ...
Unidos em uma única pessoa:
O “AMOR”
Passe o tempo que passar, viva o mundo que viver, digam as pessoas o que quiserem dizer, nada irá mudar o que está escrito :
EU TE AMO ...
E vou te amar por toda nossa vida ...
Mesmo que algum dia nossas vidas estejam em outro lugar ...
Meu amor por você será eterno ...
Meu único sofrer é não ter você comigo ...
Mas já que você está comigo ...
Digo bem alto para todo o universo ouvir ...
Eu sou feliz porque tenho você comigo.
Porque meu mundo é você ...

Foto de Arnault L. D.

O maior amor do mundo

Quando é amor de verdade,
não haverá duvida alguma,
você vai saber sem perguntar
ele será sua realidade
e as palavras, sequer uma
nos lábios irão faltar.

Quando é amor de verdade,
um sorriso tolo vai brotar
cada vez que ele chegar perto,
mesmo que contra vontade.
O coração dispara o pulsar,
porque assim é o certo.

Quando é amor de verdade,
os beijos são eternos,
mesmo que o tempo insista.
A vontade a tudo invade,
íntimos sonhos ficam externos,
por seus olhos saltam à vista.

Quando é amor de verdade,
ele se cala, se fala é por suspiros,
ilumina e enche o mar profundo.
Quando é amor de verdade,
este amor a que me refiro
é sempre o maior amor do mundo.

Foto de Carmen Lúcia

Momento certo...

Só me pronunciarei no momento exato,
aquele que me trouxer a certeza
de que as incertezas se esvaíram pelas frestas
e as asperezas, num pacto com a fumaça,
perderam toda a força, esvoaçaram sem arestas
e o que prevaleceu não há o que desfaça.

Só me farei presente ante a resposta convincente
de que o passado realmente passa,
concedendo mudança de estação,
ainda que a resposta de hoje
mude a pergunta do amanhã.

Só me mostrarei quando o sonho se tornar real...
Quando puder tocá-lo e não me fizer mal
como tantos outros que não pude viver,
onde a duras penas precisei retroceder...
E perder...

Só retornarei quando se abrir a pista
sentindo cores costuradas em minh’ alma
permeada por essências de flores e amores...
onde dores execradas em jazigos, sepultadas,
não mais permitam que eu perca de vista
...a primavera...

Carmen Lúcia

Foto de Angelgoiabinha2

Amor Verdadeiro

Amor Verdadeiro

Procurei o amor,
Mas não encontrava,
E quando procurava,
só achava a dor.

Quando desisti,
ele me surgiu do nada,
do lugar que menos esperava.

Foi amor a primeira vista,
a primeiro olhar,
a primeiro toque,

O aroma mais gostoso,
a pele mais macia,
a boca mais gostosa.

O amor verdadeiro
aquele que completa,
sem cativeiro,
aquele que te faz voar,
e deixa respirar.

E quando lembro que o tenho,
logo vem na barriga o gelo,
e o suspiro no ar!

Amor verdadeiro,
que quando envolve,
dois forma um,
é o calor de nossos corpos nus,

Se misturando,
se amando e desejando um ao outro,
Amor que se chama Cláudio,
homem maravilhoso e cheiroso,

Sua mulher quero ser,
deixe-me mostrar que sou capaz
que tudo que acontece entre nós,
com outra não será jamais.

Já faz parte da minha história,
se está longe,
não foge da minha memória.

Amor,
não me deixes,
pois essa noite quero te amar,
mais uma vez em teus braços quero estar,

Então que venha a noite,
para poder te encontrar,
e que num simples olhar,
o encanto comece a rolar.

Te amo!

Angelgoiabinha

Foto de Angelgoiabinha2

Amor Verdadeiro

Procurei o amor,
Mas não encontrava,
E quando procurava,
só achava a dor.

Quando desisti,
ele me surgiu do nada,
do lugar que menos esperava.

Foi amor a primeira vista,
a primeiro olhar,
a primeiro toque,

O aroma mais gostoso,
a pele mais macia,
a boca mais gostosa.

O amor verdadeiro
aquele que completa,
sem cativeiro,
aquele que te faz voar,
e deixa respirar.

E quando lembro que o tenho,
logo vem na barriga o gelo,
e o suspiro no ar!

Amor verdadeiro,
que quando envolve,
dois forma um,
é o calor de nossos corpos nus,

Se misturando,
se amando e desejando um ao outro,
Amor que se chama Cláudio,
homem maravilhoso e cheiroso,

Sua mulher quero ser,
deixe-me mostrar que sou capaz
que tudo que acontece entre nós,
com outra não será jamais.

Já faz parte da minha história,
se está longe,
não foge da minha memória.

Amor,
não me deixes,
pois essa noite quero te amar,
mais uma vez em teus braços quero estar,

Então que venha a noite,
para poder te encontrar,
e que num simples olhar,
o encanto comece a rolar.

Te amo!

Angelgoiabinha

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de onil

SINTRA

NO ALTO FLUTUA A BANDEIRA
SIMBOLO E ORGULHO DA NAÇÃO
EXÉRCITOS DE EL-REI SUBIRAM A LADEIRA
PARA ACABAR DOS MOUROS A OCUPAÇÃO

SANGUE SE VERTEU NESTAS ENCOSTAS
DE MIL GUERREIROS ORGULHOSOS
QUE NUNCA VOLTARAM Á LUTA AS COSTAS
E FICARAM NA HISTÓRIA VALOROSOS

TUAS AMEIAS NO ALTO OPONENTES
FORAM POR EL-REI CONQUISTADAS
E AO LONGO DA HISTÓRIA RESISTENTES
SIMBOLO DE LUTAS TRAVADAS

FOI DAS MAIS DIFICEIS CONQUISTAS
DE RUDE BATALHA TRAVADA
SINTRA PAIXÃO DE ARTISTAS
EM POEMAS E PINTURAS GRAVADA

SEUS CAMINHOS ESTREITOS SINUOSOS
POR ENTRE MATAS DE ARVORES CENTENÁRIAS
ONDE VIVERAM HISTÓRIAS LENDÁRIAS
GUERREIROS DE PORTUGAL DESDITOSOS

TENS PALACIOS NAS MATAS ESCONDIDOS
OUTROS Á VISTA QUE MOSTRAVAM PODER
DE REIS QUE NUNCA FORAM VENCIDOS
E FIZERAM PORTUGAL LIVRE E CRESCER

VEJO NO ALTO ORGULHOSA A FLUTUAR
A BANDEIRA DA NAÇÃO QUE ME É AMADA
COMO POETA NÃO PODERIA DEIXAR
DE LEMBRAR SINTRA VILA AFAMADA

ILUSTRES REIS EM TI SE ACOITARAM
EM NOME DA PÁTRIA GOVERNARAM AFINAL
HOMENS POR TI O SANGUE DERRAMARAM
PORQUE ÉS SINTRA UM SIMBOLO DE PORTUGAL.

29/8/02
ONIL

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