Vida

Foto de Carmen Vervloet

Quando As Flores Ensinam

Eu preciso aprender
a não deixar calar no peito minhas carências,
deixar vir à tona minha mais pura essência,
me mostrar com todas minhas qualidades e defeitos,
não levar para o leito
as feridas sangrando, as amarguras que a vida
às vezes tão dura crava no peito sem dó.
As flores se mostram sem constrangimento,
oferecem-se aos beija-flores em alimento
e nunca estão só!
Entregam-se plenas às abelhas e também ao vento,
enquanto eu me escondo atrás dos meus lamentos,
guardando todo o amor que tenho pra dar.

Foto de Carmen Vervloet

Feliz

Feliz por recostar a cabeça no travesseiro
com a consciência tranquila...
Feliz por enxergar a beleza da paisagem
nesta curta viagem que é viver...
Feliz por ter conseguido arrancar
tantas pedras do caminho e
com elas ter pavimentado outros caminhos
por onde passo mais leve, sem tantos tropeços,
vendo as flores desabrochar numa superfície calma
fazendo-me sentir o aroma da alma
exalado pela dádiva de ver a vida
com olhos de amor!

Foto de Paulo Gondim

Por te amar

POR TE AMAR
Paulo Gondim
06/06/2013

Por onde andará o meu amor
Que me deixa confuso em sua volta
Se é que volta, se é que quer voltar
Se é que pensará em meu amor
Se é que ainda pensará

A cada instante que passa
A saudade aumenta
Como nuvem que anuncia a tormenta
Como velas que derivam no mar
Expostas ao vento na procela
Como eu em cada vela
Vivo por te amar

Por onde andarás, amada minha
Que não vens sufocar meu pranto
Trazer teu canto, como acalanto
De minh’álma triste, em desencanto
Esquecida, jogada num canto
A penar por ti, que se faz longe

Vem, minha amada, não se furte
Sinta o prazer de meu colo quente
A energia que minh’álma sente
Em ter-te de forma permanente
Na ilusão da vida incosequente
Por te amar tanto, tanto assim

Foto de Anderson Maciel

MINHAS DECEPÇÕES

Eu já não tenho vida
Estou morto por dentro
Caído em depressão
Sozinho, na solidão.

Espero pela minha partida
Talvez seja melhor assim
Não aguento viver de intriga
Isso corrói e faz mal pra mim...

Quero poder ir em paz
Sem preocupações
Livre das minhas dores
Das minhas decepções. Anderson Poeta

Foto de carlosmustang

FILHA THE MOTHER

Eu tinha um amigo
Tinha um amigo, uma esposa
Uma esposa, um amigo, um amante
Tinha uma amante, um amigo, uma esposa

Eu tinha paciência, tinha vida decência
Tinha sal,esperança,abismal, eu tinha amor
Portava paixão, a escorrer aos pés desejo
Eu carregava esperança, a distribuir herança

Eu pisava firme, e tudo era realizável
Ansiava seu amor, concretizava van utopia
Nesta estradinha, sonhos transformam

Vulnerável seguia em forçar a viver
Anticorpos era essa droga enfezada
Tesuda, maldita, dessa estada

Foto de Carmen Lúcia

Tributo à Vida

Vida, grata por manter-me viva.
Ver o sol nascer devagarinho,
aquecer o mundo e num toque de carinho
derreter geleiras de corações truncados,
olhares vazios, janelas emperradas.
De almas aflitas que anseiam ser tocadas.

Vida, grata por manter-me viva.
E poder ver o vaivém do mar...
O festival de barcos e velas içadas
Indo e vindo em ondulações e emoções
no verde-azul das águas...
Caminho de sonhos, partidas e chegadas.

Vida, grata por manter-me viva.
Andar pela relva ainda molhada
de orvalho suave da madrugada
a refrescar meus pés durante a caminhada
numa estrada salpicada de dor e muita flor,
onde o espinho não penetra tanto quanto o amor.

Vida, grata por manter-me viva.
E me ter guardado boas lembranças do passado.
Hoje tenho o presente em minhas mãos.
É nele que me situo e meu viver é compactuado.
O amanhã é penumbra que o tempo engole,
é rédea fora de meu controle.

Vida, grata por manter-me viva.
E ter o privilégio de confabular com o universo
tentando entender toda a dimensão de seu mistério,
pedindo estrelas para enfeitar meu verso
e à lua, nova fase para que eu sempre recomece
crescente, cheia de vida, da alegria que permanece.

_Carmen Lúcia_

Foto de Asioleh

Valsa Dançante

Cai chuva lá fora,
Cai lágrimas aqui dentro
Saudade de outrora
Lembranças jogadas ao vento

Vidas passadas
Tristes momentos
Um dia te tive aqui
Tão perto do meu peito

Roda moinho
gira a roda da vida
me traga uma fortuna
me traga uma saída

Solução para o desengano
alívio para o meu pranto
repare os danos
de todos esses anos

que continue a dança da vida
que rodopie na valsa dançante
a alegria de dias felizes
do coração que batia forte, à todo instante.

Foto de Carmen Lúcia

Reticências...

A indecisão impede-me de prosseguir...
Dúvida atroz segura meus passos.
Eu, que me julgava rica em experiências,
ter conhecido o céu e o inferno,
incapaz de retroceder ou estacionar,
seguindo sempre adiante sem temer obstáculos
que me foram apresentados durante minha vivência,
rendo-me às fragilidades, ao cansaço , aos fatos...
Dou-me a uma pausa...ou às reticências...

Percebo o quanto sou humana e incapaz.
O cristal de minha alma se trincou...
é preciso cuidar pra não se quebrar,
restaurar o que ainda restou...
Agora me entrego às mãos do tempo...
Que elas me coloquem no trilho certo.
É preciso parar no próximo atalho,
repensar a vida, meu estado precário,
buscar clareza, viver o real, sair do imaginário...

Confundem-me os erros e acertos
e os sonhos se encontram em desacerto...
Já nem sei se mais errei ou acertei...
Paradoxos se interpõem em meu caminho
e testam, à toda hora, meus desatinos...
Preciso coordenar o sentido das coisas,
penetrar em seus significados...
Buscar o certo, corrigir o errado.
E o que é certo ou errado?

O primeiro passo já foi dado...
Confessei-me frágil, vulnerável,
revelei minhas debilitações
diante da imprevisão de um temporal.
Reiniciarei minha história...
Parei nas reticências, não no ponto final.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo janela

Pra que fresta? Pra que tramela?
Decidi escancarar minha janela...
Deixar de me esconder por detrás dela,
fotografando o mundo pela metade
presa ao ostracismo que me invade
queimando detalhes, belezas escondidas...
o elã vital, motivo maior, sentido da vida.

Nada de cortinas, chega de vidraças.
Quero ver o sol transpassar inteiro,
aberto, liberto, total,
a queimar meu corpo, aquecer a alma,
irradiar as flores de meu quintal.

Descobrir os cantos, mistificar encantos,
torná-los metáforas da vida,
reativar a esperança frágil e encolhida,
vê-la renascida sob nova luz.

Basta de raiozinhos, trancas nas janelas...
Quero o sol ardente derreter correntes.
Abrir janela e pular por ela,
juntar-me aos sentimentos que joguei lá fora,
catá-los com a mão, resgatar a emoção.

Obstruir os caminhos da dor...
E sorrir, cantar, correr, viver.
Deixar ao acaso a restauração de meu ser.

_Carmen Lúcia_

Foto de Delusa

Cidade segura

Um dia caíu em mim,
Todo o peso da tortura,
Os escombros de pedra dura,
Sombras negras e espessas,
Vultos desconformes e pesadelos.
Caíu, dobrou-se p'los joelhos,
E sobre mim ruíu,
A linda cidade de promessas.

Coberta de escombros,
De uma cidade que amei,
E a chorar fiquei,
Sepultada na tortura,
Sob toneladas de pedra dura,
De uma cidade arrasada,
Que eu própria edifiquei.

Tudo o que era luz e côr,
Sacrifício da minha canseira,
Uma cidade inteira,
Construída de amor,
Ruíu pedra sobre pedra,
Toda se esmoronou...
E tão depressa se esfumou,
A vida de uma cidade inteira.

Mas tive por aliado o tempo,
Que de mim se condoeu,
Porque inocentemente, eu
Sucumbia ao sofrimento.
Nos escombros da tortura,
Arrancou-me da sepultura,
Querendo que eu existisse,
Trouxe-me à superfície,
Dos escombros de pedra dura,
Para que de novo construísse,
Uma cidade segura.

Delusa

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