Vida

Foto de Anderson Maciel

LEMBRANÇAS

Lembro-me de sua fraqueza, da sua morte, da partida e de tudo que você deixou, pois a sua vida era tão linda, uma pena ter acabado assim. Você era a escuridão de uns inclusive pra mim, como também a luz de outros, afinal seu modo de viver era tão espontâneo que me cativava em todo momento, principalmente pelo seu modo de sentir a dor, de cultivar a agonia, de limitar a alegria e não amar qualquer amor. Anderson Poeta

Foto de Anderson Maciel

TRISTE REALIDADE

A minha vida começa aqui
triste, vazia, isso é tudo
não tem a doce alegria
mas um caos profundo

A dor reina dentro de mim
tragado eu sozinho lamento
por saber que já estou no fim
desta vida cheia de sofrimento

Quem dera poder dormir
sonhar com a felicidade
sair dessa triste realidade
que permeia dentro de mim. Anderson Poeta

Foto de Carmen Vervloet

A Melhor Opção

Melhorar a vida,
Modificar o caminho
Frear a corrida
Voar livre feito passarinho.

O estresse mata sem perdão
É hora de repensar
Seguir as ordens do coração
Não deixar a tristeza se instalar.

Sábio é quem opta pela renovação
A mudança é a senha do segredo
Coragem é a melhor opção
Não se deixe envolver pelo medo.

Renovar é dar um passo a frente
É alterar o rumo da direção
É trazer novo hausto a mente
É intuir e abraçar a melhor correção.

Foto de poetisando

Vida VII

Tantos caminhos já percorri
Estrada fora sempre a saltitar
Atravessei montes e serras
Sem nunca o amor encontrar
Quando a noite estava chegando
Abrigo eu procurava para ficar
O passado foi-se embora
Levo a vida a rir e a brincar
Dores já não existem
Somente vivo com alegria
Caminhando sem parar
Assim sou feliz dia a dia
Lágrimas que tanto correram
Não preciso mais de as esconder
Caminho procurando a felicidade
Saltitando com alegria de viver
Tantos caminhos já percorri
Tantas serras e montes atravessei
Sempre a caminhar e saltitar
Um amor distante eu encontrei
Mesmo não podendo ser meu
Vivo este amor com paixão
Está tão longe este meu amor
Mas dentro do meu coração
De: António C.

Foto de poetisando

Vida VI

A vida é um lindo roseiral
Se nós a quisermos fazer
Encontramos muitos espinhos
Temos que os espinhos vencer
Iremos encontrar muitas alegrias
E com algumas tristezas também
A vida é um lindo roseiral
Com espinhos que a rosa tem
Desde o dia que nascemos
Até ao dia do nosso final
Á que aproveitar bem a vida
Fazer dela o nosso roseiral
As tristezas não nos adianta
Só nos trazem ainda mais dor
Temos que viver a vida com alegria
Vamos todos viver a vida com amor
Se vivermos com muita alegria
E aos outros podermos contagiar
A vida ficará um lindo roseiral
Da tristeza nos estamos a libertar

De António C.

Foto de poetisando

Vou tentar esquecer

Vou tentar esquecer
Deixar que o tempo resolva
Este vazio que sinto
Que o passado se remova
Fecho bem os olhos
Sinto que vivo bem na solidão
Não vou mais mentir a mim
A dor que tenho no coração
Vou tentar esquecer
O que é o meu sofrer
Vou dormir e sonhar
Esperar pelo amanhecer
Já deixei de ter o sorriso
E já parei de tanto chorar
A tristeza já a sei esconder
E até aprendi a dor a enganar
Vou ter que viver a vida
E o passado esquecer
Sonhar que vivo a vida
Até ao dia de eu morrer
Vou tentar esquecer
Deixar que o tempo resolva
Este vazio que sinto
Que o passado se remova
Fecho bem os olhos
Sinto que vivo bem na solidão
Não vou mais mentir a mim
A dor que tenho no coração
Vou tentar esquecer
O que é o meu sofrer
Vou dormir e sonhar
Esperar pelo amanhecer
Já deixei de ter o sorriso
E já parei de tanto chorar
A tristeza já a sei esconder
E até aprendi a dor a enganar
Vou ter que viver a vida
E o passado esquecer
Sonhar que vivo a vida
Até ao dia de eu morrer

De: António C.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nome da Amizade

Amizade é uma coisa espontânea e esparsa. Acontece algumas vezes na vida de uma pessoa, e por parcas vezes também, só por uns momentos. Amizade se cria de pouco, por bobagens, por detelhes ignorados nas explicações babacas que os vigaristas dão do destino. A amizade, impertinente ao egoísmo, quebra espelhos trágicos, fragiliza mentiras que de tão ridículas parecem mesmo ridículas, dificulta a existência da distância, da saudade, da morte, de toda e qualquer situação que te irritou e você declarou. A amizade é o cobertor dos dias frios da vergonha alheia, própria, terceirizada, da rua que nos soca migalhas que sequer pedimos. Amizade vem de mansinho, quando a gente menos percebe, quando menos persegue, quando menos dá valor. A amizade, que é cantada por toda a jovem américa, que segue nos bailes da vida juntando trocados que os bêbados jogaram-nos de tão loucos, não cabe num poema ou só num dinheiro emprestado, que eu sei que você nunca vai devolver, e nem eu. A amizade é uma atitude que de tão suicida se torna vivaz, que de tão impensada se torna fundamental, que traz adrenalina pura em um mundo já muito cruel, que de tão boa é mais perigosa que saltar do precipício com a corda no pescoço.

Eu sou seu amigo, e não precisa admitir. Eu sou seu amigo, e não precisa retribuir. Eu te amo loucamente mesmo que não diga o meu nome.

Foto de Carmen Lúcia

Saudade

Não mais a inocência estampada,
tatuada no rosto, no gosto, nos traços,
nos passos da ingenuidade, tenra idade,
quando a verdade feito um baluarte
sustentava a vida chamada Felicidade.

Não mais a magia do encanto,
do surpreendente rondando os cantos,
do inesperado sendo realizado,
da alegria num sorriso franco...

Não se escrevia...Via-se poesia!
Pintada num cenário surreal,
interpretada pela euforia de cada coração
onde a emoção brincava além das fronteiras
ultrapassando o ápice da abstração.

Não, agora não mais assim...
Nada acabou, tudo se transformou.
A ingenuidade vira maturidade,
a inocência chega ao fim.
Felicidade se reduz a momentos
poucos, parcos, finitos enfim...

A vida mostra uma outra face,
cara lavada, sem disfarces...
O mundo fica pesado, profundo,
o sorriso não sai espontâneo,
o encanto gera desencanto...

Ainda resta a poesia;
nada ou ninguém irá roubar.
Ela traz a primavera todo dia,
na janela...Bailando no ar!
Vibra a emoção adormecida
permeando sonhos que persistem
refletidos nas flores, nas cores,
nos amores que ainda existem,
vivos em lembranças que hoje
se chamam Saudade.

_Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

Vida I

A vida pode ser muito linda
Basta nós a querermos fazer
Não sendo um mar de rosas
Temos que saber com ela viver
A vida tem coisas ruins também boas
Para nos alegrar ou entristecer
Mas saibamos juntar tudo
Com alegria iremos viver
A vida não é um mar de rosas
Temos que contudo viver
Seja com o mau ou o bom
Com ela vivemos até morrer
Para que andarmos em guerras
Quando a vida são dois dias
Devemos alegrar nos todos
Espalhar pelo mundo só alegrias
Se conseguirmos estar sempre alegres
E a todos os outros levar alegria
O mundo ficará muito melhor
Mais saudável e em harmonia
A vida pode ser muito linda
Assim cada um faça a sua parte
Vivendo sempre com alegria
Levando-a para toda a parte
De: António C.

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

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