Vento

Foto de laurinda malta

crianças, inocência nata

Irrequietos, dóceis brincam com objectivos inocentes, e firmes do que querem;
São crianças de várias idades, ingénuas, alegres, reguilas, atentos e aprendizes;
Inocência vivida num infantário, ou como companhia, as pedras duras das ruas,
Alegria convencida, comungada nas brincadeiras de uns sorrisos malandros petizes.

Crianças trabalhadoras em peças didácticas, ou em castelos de areia gelatinosos;
Traquinices em olhares lindos, vestidos de encanto, magia e imaginações subtis;
Sonhos e desejos por vezes adquiridos e manipulados em choros soluçados,
São realidades infantis, meiguices espontâneas, em abraços e muitos corações em xis...

Rebentos novos, florescem ao som do vento e da raiz protectora e amorosa,
Folhas crianças, trepando os anos da meninice abandonando a inocência mas com alegrias,
Meninos e meninas, azuis e cor-de-rosa, pedidos humildes numa mãozita carinhosa,
Olhares vivos, atentos às oportunidades repetidas da agitação de todos os dias.

Foto de Rodrigo obelar

Nação sem Esperança

Sangra vinho
No centro do mundo,
Sangra nos olhos da pátria,
A bandeira que um dia
A bravura pintou com cores,
Um Brasil varonil.

O verde que semeava a esperança,
Perde-se para a cor da morte,
O amarelo da fortuna,
Escorre como o coração do povo,
Em eterno sofrimento,
A formosa ordem, cria tumulto __
Perde-se no tempo o progresso.

“transparecem sentidos,
no mundo que não se vê”.

Invisíveis lâminas de arrogância,
Cruzam horizontes,
Acaba os batimentos, inconsciência.
O ventilador do mundo
Espana sabedoria sobre
Pedras sem raciocínio,
Como pessoas que não falam,
Somente existem__
Divido continentes,
Laço rios com margens,
Ironizo o mundo perdido.

“A ilusão do mundo,
Mantém a esperança viva,
E adormece a dor do povo”

O solavanco da terra,
Agita as misturas de raças__
Flutuo no vácuo da ignorância.
O racismo, preconceito,
São opiniões sentidas
Na profundeza da carne,
Na decisão da lágrima...
A sabedoria da alma,
Cicatriza a agonia,
Amarguras de indiferenças.

“Um mundo que não é feliz,
Se perde para a carne crua,
Da solidão”

Banho-me no pacífico,
Pacifismo paleado,
Contraio vagas idéias,
Procrio sentimentos de cor,
Quebro barreiras flamantes
Da humildade__
Queima a brasa da incompreensão.

“Um mundo que chora”,
Apodrece o coração da nação

Peço em lágrimas integridade
aos filhos do mundo,
Coagulam em minhas veias
O choro da humanidade.
Crava flechas no peito
Da pátria mãe gentil,
Ó insolente julgamento.
Sem notas
Canto o hino nacional,
Dor em meu corpo,
Sangue injusto derramo.

“Medalhas de um mundo sem paz,
Apedreja a ordem, feridas em um progresso”

Mancho com gotas de dor
A bandeira que o vento balança,
Sacode a infelicidade que
Arde nos olhos do povo,
Morro eu a esperança,
A essência da vida,
Que grita do útero do mundo:
Morte sem independência.

Foto de choicePT

Poeta II ( Dedicado a Fernanda Queiroz)

Poeta, o que o move?
Porque o faz?
Apenas escreve o que o comove!
Na esperança de econtrar a paz!

Solta as palavras, num vem e vai
Num desabafo da sua dor
Sonha que a tristeza cai
Mas ela volta, num vento inspirador...

E deixa-se levar ao sabor
Sem saber se volta ou não
A sua bússola, coraçao sofredor
Que outra hora se entregou a paixão!

Poeta, puro desconhecedor da razão
Espécie de opinião subjectiva
Deixa-se levar pela emoção
Numa acção dolorosa e repetida!

ChoicePT@gmail.com

Foto de choicePT

Poeta II ( Dedicado a Fernanda Queiroz)

Poeta, o que o move?
Porque o faz?
Apenas escreve o que o comove!
Na esperança de econtrar a paz!

Solta as palavras, num vem e vai
Num desabafo da sua dor
Sonha que a tristeza cai
Mas ela volta, num vento inspirador...

E deixa-se levar ao sabor
Sem saber se volta ou não
A sua bússola, coraçao sofredor
Que outra hora se entregou a paixão!

Foto de Fernanda Queiroz

O POETA

A natureza do poeta
Não tem como julgar
Às vezes pensa depressa
Outras fica a vagar.....

Em teus versos irreverentes
Muito se pode encontrar
Seja igual ou diferente
Não há como julgar.....

Falar de amor ou paixão
Ou de lôbos uivando ao luar
Para espantar a solidão
Ou somente desabafar...

São frases soltas ao vento
Que tua caneta põe a ditar
Que deixa marcas no tempo
Em quem quer acreditar....

Fernanda Queiroz
Direitos Reservados

Foto de Rodrigo obelar

Espantalho

As águas me obedecem,
Saem de meus olhos fumaças,
Quando a chama de meu crânio,
Queima o vazio de idéias,
Na cabeça do espantalho.

Bombas de chocolate,
Filtram o sangue,
Ao me deparar com o chão,
Saio da sola do sapato,
Comando a plantação de almas__
Resgato corações de prata.

Conto pulgas no felino,
Vejo Band
eiras que o vento balança, sem esperança,
Ouço vozes,
Gritos no silêncio,
Forças querem liderança__
Traga-me o ralo do mundo.

Apago luzes em meu caderno,
As linhas confundem-me
Ao dar nós em minhas palavras,
A borracha apaga de minha mente,
Lençóis d’água__
Me perco no mar de pessoas,
Moinhos de lobos uivam pra mim.

Carrego dentro de mim
invasões de gafanhotos,
tiro a paz da multidão.
Cato folhas em meu sonho,
Perco-me na frase torta da alma...
Ando com sombras,
Um chorar tristonho,
Lidero no mundo,
A eternidade do sonho.

Foto de souza vinicius

Palhaço universo

Vamos batam palmas
eu, o palhaço cheguei,
com a minha arte conforto o teu espirito
mas a tua alegria independe disso!
Deem boas risadas
eu, o palhaço cheguei,
e quando a piada não for engraçada
a culpa é de vocês!

O homen é o culpado desse baixo brio,
o coração esta ligado a boca
do que ri e do que não ri!

Veja que espetáculo, o circo é um baluarte,
uma casa para as pessoas, tão quão para os ursos,
os macacos, as focas e as leoas;
Tão quanto para mim, o palhaço,
que no desdem do teu contentamento
faço em meu peito um estilhaço,
mas da minha arte um sentimento!

...um movimento que os punhos não sustentam
porém o vento se alimenta e arrasta consigo,
onde velozmente personifica nas crianças
um semblante de amor!

Certo no entanto que o nariz vermelho
é o brasão do embaixador da felicidade,
peguem as pipocas,que eu, o palhaço,cheguei!
vamos batam palmas,
eu cheguei!
E neste momento o universo aumentou!

Foto de Vahn

Meu Amor

Quando eu me sinto só
Lembro-me do teu olhar,
Que vem como um sonho bom
Pra me consolar.
Quando a chuva caiu,
E eu não há vi aqui
Eu quis abrir meus olhos.
Prometi a mim mesmo
Que vou te encontrar seja onde for.
Eu vou te encontrar meu amor.
Enquanto as estrelas me guiam
Por entre as noites escuras,
Enquanto sua voz me leva
Diretamente a lua,
Enquanto o vento leva as nuvens
Para onde eu possa te ver.
Ainda vai chegar o dia
Em que eu vou poder dizer
Que te quero,
Que eu te amo
E que você é tudo,
Meu amor.

Foto de souza vinicius

Chocolate quente

O inverno, o vento, o chocolate quente
brando de frio, agasalho grosso, neve grossa;
No peito da gente uma afeição latente
porém poderosa!
enfim saborosa!

A cor da arte gélida me faz provar uma bebida forte,
uma saudade doída;
te quero sempre, te quero sempre,
te quero sempre minha querida,
pois és o melhor elixir das vastas beldades panteistas!

Há varias formas de saborear um chocolate:
pode ser aos poucos, sentindo o malicioso gosto do cacal,
lambuzando-se todo, com lambidas tímidas;
pode ser saciando sua gula mortal
com mordidas rápidas e pervertidas!

Pode ser com cuidado para não sujar a impressão,
pode ser...para degustar...ou para enjoar...
ou para prender ou para salvar!
...há muitas formas,mas todos...gostam de chocolate!

Há varias formas de saborear um chocolate,
e somente uma de saborear o amor:
fazendo-o chocolate!

Foto de Tom cruise

Devaneios do mar...

Cada vez que te encontro
eu me perco em devaneios
na embarcação que me leva sem destino
ao oceano destes dias
em que avistei tantos portos
que meu diário de bordo
é incapaz de saber dizer
quanto tempo faz que eu nem sei se eu...
Eu nem sei se vou saber mais voltar.

Meu encanto se foi com o vento
e partiu-se em pétalas
que dançam ao redor de teu farol
a implorar pelo apreço de teu olhar
quando o orvalho em que minha nau navega
não pode mais esconder
ser das lágrimas dos anos que perdemos
mudando nossos rumos
e rasgando nossas velas
pra prosseguir a esmo.

E é fato que não sabemos
se voltaríamos a encontrar
o que deixamos o tempo ruir
fechando os olhos
mas mesmo assim eu...
mesmo assim eu... queria tentar.

Náufrago com o corpo cansado
no breu aguardo a tempestade
decidir se me atira outra vez as tuas praias
ou se enfim me leva às rochas
pra descansar.

E é tudo tão covarde...
deixar morrer as chances
por medo que barcos de papel não suportem
as cargas clandestinas
que fingimos não acumular com o tempo...

E é tudo tão impossível
que ateamos fogo nos remos.

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