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Foto de Paulo Zamora

Medir (Paulo Zamora www.pensamentodeamor.zip.net)

Medir
O mundo começou a medir pessoas de uma maneira errada, como se mede um ser humano? Um todo pode se criar, avaliar conceitos e forma de vida; somos os únicos responsáveis por tudo no mundo; talvez fomos concordando involuntariamente com atitudes egocêntricas dos nossos governantes ou mesmo pelas pessoas que nos rodeiam. Medir alguém... contar de suas virtudes, os erros do passado, saber das mudanças que aconteceram, como está agora olhando a vida; como medir? Mas se trata da personalidade, comum? Incomum? As diferenças são levadas em conta? Nós somos o mundo, fazemos a diferença quando nem percebemos, devido ao corrido tempo nem nos olhamos no espelho. Somos responsáveis em medir as pessoas? Por sua riqueza ou pobreza? Por sua profissão e salário? Você sabe o que realmente forma a personalidade? Nossas capacidades sempre vão além do que podemos imaginar, tanto para o bem como para reações contrárias. O bom humano existe porque ainda existem pessoas corretas e sensatas. Defina-se como autor da sua história de vida, dono dos seus passos e do seu sorriso...
A responsabilidade abre caminhos surpreendentes. Se você não sonha um amanhã melhor nem mesmo o hoje poderá ser confortante. Meça a você, pense em como ajudar, em como indicar a saída no momento certo, quando você surge como socorro no uso das palavras que se inspiram do comportamento dos que acreditam no seu potencial.
Nada acontece sem escolha. Visar o futuro não compromete somente a renda, o primeiro lugar está dentro da sua auto-estima, ou seja, sua vida emocional direciona todos os outros ângulos. Essa é uma verdade comprovada.
Nunca pense viver sem retornos, recebemos o damos, damos o que recebemos, enfim, temos o que merecemos. Mudar os méritos depende de reconhecimento dos erros, dos acertos e das condições. Esqueça o “medir”, porque ao dar-se a alguém automaticamente a mente vai gerando conceitos e direcionando os sensatos a saberem quem são as pessoas, e qual o limite que poderá servir como breque. Nada é como antigamente, amanhã seremos eternos enquanto durem os que se lembrem da gente.
Medir pode ser sinônimo de competitividade, saiba que amizade não depende sempre dos meios de vida da pessoa, afeto nunca foi e nunca será conquistado por uma tabela de preços. Faça a sua parte, assuma seus compromissos, não leve tarefas do trabalho para casa, viva colocando cada coisa no seu devido lugar, inclusive sua fé.
Vale a pena medir? Medir o quê?
Somos muito complexos, completos, confusos, amigos, destináveis ao que não pretendemos, somos seres humanos, correspondentes do viver. Meça seu amor, aumente em calor fraternal, seja HUMANO em tudo, e o resultado? Sua própria felicidade...
(Escrito por Paulo Zamora em 17 de março de 2010)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Danyy Amor Paixao

Posso ser o que vc quizer!!

Sou como você me vê...posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar...suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdôo logo.
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me le
mbre...Tenho felicidade o bastante para ser doce,dificuldades para ser forte,tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz. Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. N
ão sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre...Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser...a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.

Foto de Danilo Henrique Pereira

Depois de Tudo

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Danilo Henrique Pereira

DEPOIS DE TUDO

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Marsoalex

LOUCURA SAUDÁVEL

Quando quero estar contigo
Uso a ponte de afeto
Que instalaste entre mim e ti
Que, mesmo movediça,
Sempre cobre a distância
Que nos separa.

Quando estamos a sós
É quando somos nós.
Vivemos a loucura
De um amor inusitado,
Injustificado...
Mistura de identidades...

Brincamos de viver
E rimos por dentro
Deste amor inacabado
Mas inteiro e completo
Em si mesmo...

Um encontro, um desejo,
Um beijo e o mistério
Mescla dos nossos sentimentos
Inadequados espalhados
Por todos os lados
Dos caminhos que se erram
Que se encontram
E se fazem atalhos
Para esse amor tão imenso
Mas tão criança que
Ainda precisa de nós...

Temos um amor único,
Sem igualdade.
Misticamente criado
Reciprocamente vivido
Com a ternura mansa
Da esperança infantil
Com a simplicidade da alma
Isenta de leis e contratos
Exercendo apenas a função de ser.

E vivemos um amor
Mais breve e mais profundo
Um sonho maior que a realidade
A loucura mais saudável
Que alguém já pôde viver.

Marsoalex

Foto de Marsoalex

NÃO SOU POETA

Não sou poeta,
Sou arquiteta de sonhos
Construo castelos no ar.
Não sou poeta,
Sou projetista de ilusões
Projeto fantasias.
Não sou poeta,
Sou matemática
E sei que, o amor,
Mesmo quando se fraciona,
Navega na exatidão
Das emoções...
Não sou poeta,
Sou física por que
Compreendo que o amor
É uma partícula não medida
Infinita, ocupa um único lugar
E realiza-se universalmente.

Uso a argamassa
Do Pensamento líquido
Fabrico tijolos de letras
Que se solidificam
Feito cimento de puro
Sentimento.
Com eles, construo
Edifícios de palavras,
E, com elas,
Falo de sonhos,
Faço poemas.
Falo de vida,
Faço poesias.
Invento frases
Engendro rimas
Conjugo verbos...

Não sou poeta,
Sou meio louca! Sou inquieta!
Tenho a alma alada.
Nos meus devaneios
Pelo mundo subjetivo,
Sou livre! Vôo... Vôo...
Na amálgama do sentir, do agir,
Do pensar, do ser completa
Por isto, dizem que sou poeta.

Foto de HELDER-DUARTE

CONTENTAMENTOS

Contentamentos! Sim! Sem maus ventos!
Sem tempos, nem tormentos!...
Neste meu pintar, de quadro.
Neste meu escrever, no quarto.
Assim pinto e escrevo, a minha alma!
Sem, que mal me faça perder, a calma.
Pinto dor!... Amor!... Verdade!...
Lealdade!... Caridade, sem idade!

Pinto... Com palavras e não com pincéis
Nem tão pouco, nos dedos uso anéis!...
E pinto uma pintura de escrita, à tarde!...
Que vai ficar, para sempre pintado...
No tempo e no não tempo. Não será, pois apagado.
Este meu quadro, lindo, sem idade!...

Ele fica fora, também do tempo...
Para meu, vosso, contentamento!
Sim! Povo do tempo e do amar...
Povo dos séculos e não séculos;
Povo dos milénios e fora d'eles.
Povo! E Deus dos tempos e sem ventos...
Assim pinto, meus e vossos contentamentos!...

Foto de Marsoalex

ESTORINHA BESTA

ESTORINHA BESTA

Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

Marsoalex

Foto de Ivanifs

Inverno e verão

Nos dias quentes, uso malha
Nos dias frios, fico a vontade...
Já esqueci os maus pensamentos, há tempos
Bom é saber o quanto se é feliz...
Fazer da vida uma canção eterna
Traduzir em palavras a satisfação
Me deparo com a caneta, mas não tenho mais motivos para usá-la, tanto quanto antes
Os absurdos , os devaneios se concretizaram finalmente
É forte esse sentimento de vitória, embora ainda esteja engatinhando para o objetivo a alcançar...
É pleno, primoroso e delicado, porém delicioso
Qualquer mulher no meu lugar, sentiria-se descomunal, completa, mesmo que por breves momentos
A luz azul me separa do comum,me enche de glória, me espalha
Sou a estrêla das noites, nas noites poucas que me invadem de paixão, de triunfo,
Noites de inverno e verão...

29/07/1998

Foto de pctrindade

O SIRI E O GUAIAMUM

Caminhavam certa noite, na areia da praia, um siri e um guaiamum.
Ambos estavam resfriados, por isso, o siri usava um chapéu para
não ter problemas com o sereno, enquanto que o guaiamum usava galochas para não ter problemas com a umidade.
Outros frequentadores do lugar, que caminhavam recolhidos em seus
pensamentos, nem reparavam em singulares figuras que vêz por outra
desviavam de seus pés.
Enquanto caminhavam, os amigos crustáceos conversavam sobre tudo,política, futebol, crustáceas, cetáceas etc...
Na política, ambos não se conformavam em serem governados por um
molusco franzino tendencioso às coisas vermelhas. Não podiam com-
pactuar com um governante que profetizava energias alternativas,bio
combustiveis, preservação do meio ambiente, mas ao mesmo tempo permitia a contrução de dutos que despejavam excrementos em seus quintais. "Dutos de Merda"..esse era o apelido dos emissários que em- porcalhavam o habitat dos amigos, que por muitas vêzes tentaram uma
audiência com tal autoridade, para exporem suas idéias quanto ao u-
so alternativo de tanta merda, mas nunca conseguiram sequer respos-
ta a tantos emails enviados.
O siri era partidário da corrente que defendia a construção de um
grande reservatório em cada cidade, para armazenar os dejetos de
cada residência. Tôda merda armazenada, devidamente tratada seria
transformada em GLB (Gás Liquefeito de Bosta). A coisa funcionaria
mais ou menos assim: cada residência teria seus excrementos devida-
mente pesado, e que depois de enviado ao "grande reservatório", re-
ceberia de volta por um preço mínimo, o GLB. Essa alternativa, ge -
ria impostos, empregos e consumo de alimentos, pois todos comeriam
mais, afinal mais bosta...gás mais barato.
O guaiamum era adepto do grupo que defendia o uso da bosta resi-
dencial como matéria prima para a indústria de papel. Tem sentido,
pois nada melhor que um papel higiênico feito de bosta, para limpar
bosta. Jornais feitos de bosta...afinal lemos tanta merda nesses periódicos. Cadernos universitários feitos de bosta...para quem es-
creve tanta merda. O papel é usado em quase todos setores da econo-
mia, portanto é produzido em grande escala, inclusive exportado.Es-
taríamos exportando nossa merda. Teríamos um papel moeda de merda.
Enfim...lucros com bosta.
Os dois crustáceos divergiam entre si, mas eram radicalmente
contra um terceiro grupo que pregava a idéia da merda na indústria
alimentícia. Este grupo usava um slogan nada original: " Da bosta
viestes...à merda retornarás ". Não eram bem vistos e contavam com
pouquíssimos adeptos, em geral camarões, pois estes tem merda na
cabeça.
E assim seguiam on dois amigos num literal papo de merda.
Divergências políticas à parte, ambos torciam para o mesmo time.
Talvêz não pelo time em si, mas pela mascote, que era uma sensual
baleia. Achavam a sensualidade feminina da baleia, melhor que a a-
gressividade máscula do mascote gavião, pois todos sabem que gavi-
ão quando desce no terreiro, é para pegar pinto e o porco só é ro -
busto porque come merda também. O urubu dispensava comentários.
Já ia alta a noite, quando cansados resolveram recolherem-se e a-
pós um aperto de patas, combinaram um encontro para a próxima noi-
te para mais uma caminhada com a promessa de nada conversarem sô bre bosta. Precisavam debater filosofia sem falar merda.

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