Três

Foto de Lou Poulit

O Caminho é o Mestre.

Precisei viver muito, cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido algumas coisas. Há tantos anos que nem me lembro mais quando foi, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma.

Os anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de logros e malogros, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e insofismável, na minha alma obstinada e penitente: as melhores coisas que havia conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não eram a montanha, mas sim as que em algum momento me pareceram uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exatamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial.

Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objetivo, uma nova referência para que possamos canalizar nossa energia. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está nos atropelando lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como fazemos mais freqüentemente, e assim exercer nossa auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não poderemos interromper a sucessividade das coisas, ou a transitoriedade de tudo.

Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!

Às vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução: desconcentrar o foco. No entanto, preciso esclarecer uma coisa da maior importância: Quando digo desconcentrar o foco não estou defendo nenhuma abstenção, negligência ou leviandade generalizada, como pode perecer. Mas sim, muito ao contrário, redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto da gente; e nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente.

Isso não é nada fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profícua. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosamente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Porém, aqui cabe um alerta: Não se deixe iludir pelo seu conceito vulgar e tão divulgado: O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência do Grande Legislador, depois de superestimar a nossa. Não é minimamente razoável.

Vejo isso da seguinte maneira: suponhamos que você tenha dito ao seu filhinho amado que parasse a brincadeira para fazer o dever de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Ora, se você lhe desse dois ou três cascudos mais alguns gritos, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além dos cascudos e gritos, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que você se sentiria um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer o dever e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos e perenes. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Até onde a criatura e o criador eram uma coisa só, não poderia haver esse mérito. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objetivos e expectativas, e engendrar os meios para isso, passamos a precisar dessa instituição. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que eu ou você, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.

Então, juntando tudo, creio ter uma boa proposta. É simples e não tem o rigor hermético imposto pelas instituições dogmáticas, que também tendem a priorizar suas próprias necessidades: focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direção; depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos sintonizando a energia cósmica, que quer satisfazer a toda criatura, humana ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma. Além de satisfazer, segundo a Sua preferência, a todas as demais que não podem escolher por si.

A polarização sexual dessa questão é muito bem representada por um mito antigo: Os deuses do Olimpo estavam prestes a se unhar, por não haver consenso sobre quem teria mais prazer no amor, se o homem ou a mulher (uma questão que, hoje, a ciência responderia facilmente). Então Zeus, tido como grande sedutor mas que, provavelmente, era um péssimo amante, mandou chamar um semi-deus, por sua vez tido como apaziguador. Não podendo recusar a missão que lhe fora confiada, este meditou um pouco e depois afirmou categoricamente (sem a tecnologia atual): Quem tem mais prazer no amor é a mulher... Liderado pela extremada deusa Hera, mui traída esposa de Zeus, o bloco dos feministas já estava começando a sua festa. Mas, olhando os olhares inchados de raiva dos machistas, ele completou: ... Mas o homem é quem o provoca. E assim, enquanto o bloco dos machistas fazia a sua festa, a enfurecida Hera cegou o pobre semi-deus. Na tentativa de ajudar os que queiram compreender melhor a inexplicável sabedoria dos antigos, aqui vão versos definitivos de Vinícius de Moraes, da sua “Brusca Poesia da Mulher Amada”:

“...E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!”

O verdadeiro amor só pode ser isso: O sentimento de querer bem e de satisfazer as pessoas/coisas amadas. E para dar certo, basta que aquele que ama seja uma das pessoas amadas. Ponto passivo: não existe uma matemática humana para o amor, essa coisa de determinar de modo fixo um ponto entre os dois extremos. Tudo bem, mas não estaria exatamente nisso o mérito? Veja, essa exatidão fixa, humanamente lógica, redundaria em mais uma estrutura ideológica capaz de engessar a psiqué e atrair o foco para o ego. Ela não é necessária. Mais importa que se exerça a vida, a alma, que se ame e que se cresça. A alma é o maior objetivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas: É o mestre!

Foto de Lou Poulit

Antes Sujo o Verso Seja, Que o Homem em Quem Viceja

Meu Deus, lá se vai mais um ano! Mais um cano e eis que vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Começar tudo outra vez... Tudo que se fez (sem trocadilho), do porão ao tombadilho. Tudo, tanto que se quis, e tudo mais que não se diz. Como arrepio que fugiu pela mente; pois somos gente, de carne e osso, e mesmo do fundo do poço vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Se lá se vão, os anos não importam. Entortam-se os anos como pepinos: de meninos. E sem olhar pra trás!

Mas não confunda a barafunda que aqui faço (e não afunda) com o corcunda da igreja, que mesmo sem abraço beija o pé, que de pronto abunda! Deixem-me ser errado porque queremos, ao menos uma vez (e não porque queiram). Fui tão sério, tanto, tanto, quis tanto fazer tudo certo... Que mágica! Ao se virar a página, nenhuma coisa pode ser tão trágica.

Tome o poeta por assexuado, mas o homem é na verdade macho (e precisa usar desodorante). É facinho, mas é macho de fato. Com focinho e tudo, macho do mato. Da fruta e do flagra do flato!...

Basta, nunca fiz tanta bosta posta num espaço tão curto. Mas só assim me ameniza a lombeira de um ano inteiro, à beira de fazer uma última e salutar besteira. Antes sujo o verso seja, do que o homem em quem viceja! Em Notre-Dame, na Lapa antiga, nem a Cornélia boa de briga me escapa e nem à tapa me convence, que de tudo nada se aproveita. Se já me peita hoje com o sorriso (embora ela pense que economizo) não sabe na vida o quanto eu a desejo! E que por isso... Eis que vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Nessa vida não há dois sentidos... Há três, quatro, cem! E todos tidos como sem-vergonhas, sem isso e sem aquilo. Mas não é um “self-service”. O poeta serve-se de palavras, crava as unhas no meu plexo e no sexo dos meus ideais (ais!), mas eu quero é mais, muito mais. O mais difícil: O Himalaia, a panacéia divinéia, até mesmo a Paulicéia, o Saara, o Everest, a Cachemira... Pois está na cara que se veste e depois se tira a fantasia! Para que só reste a luz do dia... Que seja a luz feliz dos olhos, de preferência dos olhos da vida!

Nada contra as luzes da virada. Mas seja a luz eternizada sobre o que se construiu pedra por pedra (ou seria pedrada por pedrada?), dia e noite, lembrança a lembrança... Porque nossa imensa andança, qualquer que fosse a distância, já tinha exato um endereço. Quero ser grato. Por ter pago o preço, por ter sido tanto tempo lapidado, para não perder agora o brilho do olhar.

Pois que venha o ano-novo logo! Assim volto a ser sério e rogo: não se apague em mim o sorriso da amada. Então, ainda que a minha estrela se apague, que o sol em zigue-zague, perverso caia no próprio escuro imerso, minha alma que ainda viceja gritará ao universo: Veja! Porque ainda somos mais puros juntos, uma luz no junto dos escuros!

Foto de Lou Poulit

São Jorge e o Dragão

Sentados em bancos tipo meia-bunda, Hermes e Cuia haviam acabado de chegar ao balcão da birosca. Cuia era bebedor dos bons. Mulato quase negro, de fala mansa e bigodinho de chinês. Bom malandro, sobrevivente a tudo. De terno e gravata daria um excelente relações públicas. Só bebia cachaça e tinha preferência: Ô Portuga, dá meu marimbondo aí! Já seu amigo Hermes era letrado. O Vela, como era chamado na adolescência, era magérrimo, branco como um defunto, parecia meio lento em tudo. Havia se afastado dali por alguns anos e nesse tempo fez faculdade, arrumou emprego, casou, separou, casou de novo, separou de novo, casou mais uma vez... Continuava mal bebedor, pedindo a mesma marca de uísque: Ah... Bota qualquer um aí, Portuga.

O Cuia só observando. Em sua cabeça um silêncio era bom conselheiro: gozado, o tempo passa e as pessoas vão se misturando. Aquela que conhecemos desde dos tempos das pipas e peladas, agregam-se com outras que não conhecemos ainda, mas parecem tão importantes quanto as antigas, senão mais. E todas se dão muito bem umas com as outras, dentro do mesmo corpo.

Era manhã de domingo, dia de decisão no campeonato local de futebol. A birosca na encosta da favela já parecia lotada. Se a polícia chegasse de repente, com certeza ganharia o dia, porque já era quase impossível aos de dentro vigiar os que viessem de fora. O tumulto pacífico da birosca era como o Hermes. Com o passar dos anos alguns não arredam pé. Outros, desconhecidos, chegam, depois voltam e vão ficando. E outros tantos somem, por algum tempo ou definitivamente. Mas a birosca ainda era a birosca do Portuga e as alterações individuais não modificavam muito a mistura. Fora a fauna birosqueira, tudo mais parecia continuar nos mesmos lugares: as garrafas de bebidas mais caras, os salames e enlatados cobertos de poeira, no nicho de táboa a lâmpada devia estar iluminando o São Jorge que, a despeito da ausência de uma lança, não fora ainda comido pelo dragão, apesar de tantos anos de luta. O próprio Portuga sempre se dizia convencido de o aquele dragão enchia a cara de madrugada, depois que fechava as portas, e que só por isso não conseguira ainda comer o santinho.

O Hermes agora tinha uma identidade virtual, a julgar pelo palavriado que estava usando e que provocava a indignação dissimulada dos bebuns mais próximos: sabe, Cuia, o Portuga devia deletar aquele mictório compactado... Como é que é? – Espantou-se o amigo. É verdade, mermão... Aquilo é um banco de vírus! O Portuga é meio lento mesmo. Ele quer que esses caras acertem uma latinha daquelas. Já viu bêbado bom de mira?... Não – Cuia achou melhor não interromper – Nunca vi não... Então, Cuia, pra começar você tem que se espremer pra passar na portinhola. Só nisso já vai um risco. Depois tem que segurar a bebida, o cigarro, a portinhola... A portinhola?... Claro, mermão, vai que alguém deixa pra última hora e entra lotado. É uma senhora “portada”!... Riram-se os dois e o Cuia completou: É o que chamo de um arranca-rabo!... E o cara que não queria encostar em nada... Vai chegar em casa todo molhado – Hermes interrompeu - e a dona encrenca vai inserir o cara na casinha do quintal, vai passar a noite junto com o Totó!

Ô Hermes, por falar nisso, cadê a Laurinha?... Laura? Ô Cuia, que estória é essa de “por falar nisso”? Eu nunca dormi com o Totó não. Você precisa ler as atualizações do meu perfil... Ler as atualizações... – Repetiu o outro perplexo. E faz isso rapidinho, porque eu tô saindo, Cuia... Você tá saindo... Já vai embora?... Que vou embora, cara? Quis dizer que tô desistindo das mulheres dos outros... – e aproximou-se do ouvido do amigo – Estou apostando todas as fichas na mentirinha... Que mentirinha, Hermes?... Ô rapaz, aquela gata gorducha, que trabalha na “lan house”, vai dizer que nunca viu?... Sei, da loja de internet ali no fim da ladeira. Mas não era a Laurinha a razão da sua vida?... Laurinha nada... Se arrumou com o dono da firma, agora desfila de gerente... Ô meu irmão... – O Cuia mostrou-se penalizado – Que azar... Azar? Você não sabe da missa a metade. Depois dela já tive a Mariazinha, a Teresinha e a Socorrinho... É mesmo Hermes?... Tô te falando, Cuia, mulher dos outros agora pra mim é homem!... Nenhuma delas deu certo, né?... Não podia dar: A Mariazinha só queria saber de ganhar coisas caras... Ih, mermão, isso ia te deixar na miséria... Deixou mesmo. A Teresinha no início era uma santinha, o marido tinha sido atropelado, vivia numa cama, e ela passava o dia fazendo sexo pelo computador... Mas isso não resolve, Hermes... Não, a gente saía toda semana... Então, qual foi o problema?... Ela acabou viciada, Cuia. Perdeu a fibra... Como assim, não era a sua mulher?... Não!! Era mulher do computador!!... Ô Portuga, dá mais um aqui pro Hermes!

Cuia precisou pedir mais bebida para dissimular. Tinha muita gente em volta olhando, querendo saber quem era aquela tal mulher do computador. Sem se dar conta e parecendo soterrado de alguma culpa, Hermes foi se explicando: Mas a Laura, ô Cuia, ela não foi a única culpada, sabe? Porque quando comecei a desconfiar dei de ficar deprimido. Depois, sabe... Eu não dava mais cem por cento, depois nem oitenta, e foi diminuindo, diminuindo a transmissão dos dados... Entende?... Os dados? Ah, sim, acho que entendo. Mas e a outra?

Quem, Cuia? Já te falei, depois foi a Mariazinha... Me deixou numa miséria de dar gosto. Ô acesso caro aquele, sô... Aí eu não podia mais fazer outras coisas das quais gostava e sentia falta, não tinha grana pra nada. Estourei o cartão de crédito. Ninguém olhava mais pra minha cara, mermão... Tentando entender melhor, o Cuia perguntos pelos dados... Ah, a transmissão voltou a cair, né? Chegou a menos de um quilobite por segundo! Ô desespero o meu... Por que você não fez uns programas, pra variar?... Programa, não fiz nenhum, Cuia. Mas baixei tudo que pude baixar. Todo dia era dia de “down”... E nada de “up”... Nem um cachorrinho? – O Cuia perguntou brincando, para tentar levantar o astral do amigo... Nem um, era só cavalo-de-tróia!... Essa eu não conheço ainda, mermão... Nem queira, Cuia. Depois você tem que fazer uma faixina geral. É muito chato mesmo. E se perdesse o HD nunca mais vinha aqui beber com você. Em falar nisso, ô Portuga! Cadê o meu uisquinho?... Já vos dei, ó pá!... Tão dá outro!

Da posição em que estava, Cuia percebia o interesse crescente dos bebuns em volta na estória do Hermes, mas achou melhor não interromper. O amigo devia estar precisando desabafar. Depois, eles não poderiam mesmo entender aquele dialeto de informática. Também não entendia bem. E o Vela continuava falando: Agora a Teresinha, Cuia, nas primeiras vezes aquilo chegava sem jeito, olhando pro chão... Mas dali a pouco a santinha virava o demônio com rabo e tudo. Caraca, mermão! – O Cuia completou – Você só no piloto-automático... É isso, Cuia, o navegador era dela. Ela que escolhia a página... E num tinha anúncio não!...

Ao ouvir tais palavras, um dos bebuns já bastante calibrado, amigo dos tempos das pipas, chegou-se ao ouvido do Cuia e perguntou: Ele tava vendo televisão ou o que?... O Cuia dissimulou: Ainda não sei, mermãozinho. Fica na tua aí, na moral. Deixa o cara acabar de falar, valeu? O bebum voltou meio inconformado pro canto dele e o Hermes falando: Mas foi assim só nas primeiras vezes. Pôxa, Cuia, eu já tava apaixonado por ela quando, numa tarde, começou a balbuciar umas arrôbas diferentes... Que arrobas, Hermes?... Endereços, Cuia... Ah, dos outros amantes dela?... Que outros amantes? Amante era eu, o resto era virtual! - Hermes indignou-se, deu um murro na táboa do balcão e pediu mais uísque. Do seu canto, sentindo-se desprezado, o bebum disse com a voz lenta: Taí... Que machão que ele é... E recebeu um olhar enviezado do Cuia.

O Vela nem se dava conta do que acontecia à sua volta, ia desfiando o seu rosário enquanto a audiência dos bebuns aumentava: Eu não queria bloquear nem excluir a Teresinha, mas a cada nova tentativa ficava pior... Aí conheci a Socorrinho, que também era Maria, Maria do Socorro... E qual era o problema dela, mermão?... Não era ela não, Cuia. O problema era o marido dela... Ué, por que?... Porque o cara tinha mais de dois metros de altura, era muito forte e ruim que só o cão... E ele sabia que era chifrudo?... Sabia, mas era apaixonado pela Socorrinho e já tinha mandado dois pra lixeira, cara!... Ih, canoa furada, Hermes... Então uma tarde ela me chamou na casa dela... E você foi, maluco?!... Fui, ela me disse que estava precisando de um desencanador... Ocê é doido... É foi doidice mesmo. Quando eu pensei que ia carregar o arquivo, a trezentos kilobites por segundo... O cara te deu o flagrante... Não, tocaram a campanhinha... Ô mermão, ninguém toca a campaínha pra entrar na própria casa... Pois é, mas já derrubou a velocidade, né? Era o filho da vizinha. Ela despachou o moleque a agente voltou pro matadouro...

O bebum desprezado era um bebum respeitado. Toda hora fazia uma careta, ou um gesto, e os demais bebuns, formando já uma meia-lua às costas do Hermes, trocavam impressões. Percebendo tudo, o Cuia tentou levantar a moral do amigo: Aí você fez o couro comer... O bebum balançou o dedo indicador e fez beiço, querendo dizer que não acreditava. O Hermes respondeu: Mais ou menos, Cuia... Os bebuns metidos a jurados dissimularam uma estrondosa risada, quando o bebum desprezado saiu da birosca fazendo uma porção de gestos. Mas não demorou muito, alguns minutos depois lá estava ele novamente, pedindo licença para passar e voltar ao seu canto. Que mais ou menos é esse? – Perguntou o Cuia. Eu disse mais ou menos porque quando o programa estava quase carregado, ela me sussurrou que ouvira um barulho na cozinha. De repente o cara entrou no banheiro, já tirando a roupa, e quando me viu perguntou o que eu estava fazendo ali... E você, mermão, por que não pulou a janela?... Que janela, Cuia? Primeiro porque não tinha uma por onde eu pudesse passar. Segundo porque o banheiro era tão pequeno e o cara tão grande, que eu tinha a impressão de que éramos duas sardinhas numa lata. Ou melhor, uma sardinha e um tubarão! Que coisa, rapaz. Ele entrou tirando a roupa e eu tentando vestir a minha!... E aí?... Ai eu disse que já sabia qual era o problema... Como assim, Hermes?... É, mermão. Vou explicar: Quando corri pro banheiro, logo vesti a cueca. Aí ouvi o cara falando que havia chegado o caça-vírus. Então, em vez de por a roupa, eu desenrosquei o sifão da pia e abri a torneira. Só não deu tempo de abotoar as calças... E o cara caiu nessa? Mas que otário!... Bem isso eu não sei. Porque eu disse a ele que no dia seguinte voltava pra tirar o entupimento. Ele me pediu que saísse do banheiro porque queria olhar o serviço. Enquanto ele olhava eu fui saindo. Quando pus o pé na rua, mermão, desembestei que nem a mula-sem-cabeça! E ainda passei uma semana correndo. Vendo o cara atrás de tudo que era poste.

A turma de bebuns já não dissimulava mais as risadas e os julgamentos. E já não era composta apenas de bebuns, nem somente de homens. Haviam chegado mais torcedores e algumas prostitutas mas, devido a bebida já em conta alta e ao peso das lembranças, o Vela não se importava. Expunha-se ao ridículo, despertando a piedade de alguns. Cuia não sabia mais o que fazer. Pensava em como levar o amigo para casa, enquanto ele ainda pudesse andar com as próprias pernas. Mas de repente o Hermes se empolgava e recomeçava a falar, sem tramelas na lingua já melosa. Estava claro que ele não se submeteria a nenhum conselho: E tudo por causa daquela piranha, Cuia! A gente era feliz. Eu percebi muito antes e falei com ela. Disse que o Afrânio ia querer lotar o disco, secretária novinha, com tudo no lugar, se sentindo importante... É, o cara foi esperto... Ela é que foi uma vagabunda! Eu avisei antes, ela aceitou porque se entusiasmou com as gentilezas do Dr. Afrânio – disse o Hermes com desdém... Mas clama, mermão, isso agora já é passado. Esquece essa estória e vai em frente. Você não quer pegar agora a mentirinha? Então pega e esculacha, mermão. Vai te fazer esquecer as outras. Inclusive a Laurinha... Ah, a Laura não, Cuia. Eu não consigo esquecer o que ela me fez. Nunca, jamais vou perdoar aquela mulher. Se encontrar com ela na rua eu arrebento a piranha de porrada.

Sem sair do seu canto, o bebum desprezado balançava o dedo e fazia beiço. Os demais, já em franco debate, se dividiam. As prostitutas, em grupo, se defendiam. Alguns torcedores defendiam as prostitutas, para que tivessem o que fazer depois do jogo, afundar a mágoa em caso de derrota. O Portuga não tomava partido, bastava-lhe vender bebidas para todos. No fundo todos se divertiam, aproveitavam o fim-de-semana. Até o dragão se divertia com aquele São Jorge sem lança! Menos o Vela. Estava realmente consternado, não parava de imaginar formas alternativas de trucidar a Laura. E usava as opiniões dos bebuns para reorientar as suas tramas, curtindo a dramatização da sua desgraça, como se lhe causasse prazer. Numa dessas, ao dirigir-se ao grupo de prostitutas para ver sua reação, percebeu que uma delas saia de trás do grupo e atravessava em sua direção. Ele não queria falar com ela, era apenas uma puta, como dizia ser também a Laura. Tudo farinha do mesmo saco! – Disse em definitivo.

Quando o Hermes escutou aquela voz de mulher lhe dizendo um curtíssimo “Oi” pelas costas, imaginou que o mundo havia parado de repente. Um silêncio palpável preencheu o ambiente. O Vela tentava decidir o que fazer, sob o peso de muitos olhares. Quando se voltou para trás, viu que havia uma mulher muito bonita no centro de um pequeno espaço, obviamente aberto para ela. Apesar do congelamento generalizado, apenas o bebum desprezado balançava a cabeça, mas agora positivamente. O Hermes não conseguia articular uma só palavra. Dentro do seu íntimo encharcado de uísque “qualquer um”, tudo era escuridão, uma multidão de vultos ia e vinha, sem que ele pudesse organizar o pensamento. Não teve coragem de dizê-lo, mas não restava nenhuma dúvida: só podia ser a Laura. Queria olhar dentro dos seus olhos, pois conhecia-lhe o olhar, mas a bebida já não o permitia. E quando a mulher lhe estendeu docemente a mão, com um sorriso calmo e soberano no rosto, o Vela não conseguiu fazer resistência. E deixou-se levar lentamente para fora, pela mão, como uma criança ingênua. Atravessando o silêncio estupefato e o julgamento sem veredicto de cada um dos presentes, sumiram os dois entre os torcedores que, na rua, preparavam-se empolgados para tomar o caminho do estádio. Como se houvessem ali dois mundos paralelos, o casal e os torcedores não se confundiam, mal se notavam. Era de se pensar que não estivessem no mesmo tempo e no mesmo lugar. Uma mão imensa e irresistível parecia abrir aquele mar de gente, enquanto o casal sereno e mudo escapava dos julgamentos, sem que se molhassem sequer no suor dos torcedores.

Na birosca, foi o bebum desprezado que quebrou a perplexidade. Deu um tapa na lateral do balcão, fazendo um estrondo que deixou o Portuga furioso. Ô Portuga! Dá outro marimbondo aqui pro meu amigo Cuia, que ele está pagando o meu também – e virando-se para o mulato, que se mantinha pensativo, sussurrou - como nos bons tempos, hem Cuia? Uma a uma as pessoas foram se reacomodando pela birosca. O bebum sentou-se no banco, que o Hermes deixara morninho, disse com ar sábio: Ah, o amor. Coisa mais linda é o amor... Encafifado, o Cuia não respondeu mas quis saber: Sabe, você até pode me achar com cara de panaca, mas eu não tenho certeza de que aquela mulher era a Laurinha. Se bem que era muito parecida, não vejo há anos, mas acho que não era não... O bebum virou a sua cachaça toda de uma vez e depois ficou olhando para o chão, reflexivo, com um sorriso torpe nos lábios. Depois de um tempo, finalmente falou claramente: Não era ela mesmo, Cuia... Mas então, quem era ela?... Depois de fazer uma careta, como se rebuscasse o passado, explicou: Você não se lembra da Fátima? Não, né. A menina que vendia bala na estação do trem... Não, não me lembro mesmo... Eu conheci as duas desde pequenas, desde quando eu era um homem respeitado. A Fátima é mais nova, mas sempre foi parecida com a Laura. Depois meteu-se com aquele bandido, famoso por cortar as orelhas dos seus desafetos... O Pinga-Fogo... Isso, ele mesmo. Ele sustentava a ela e a outras molecas. A Fátima engravidou para se sentir mais segura, mas o cara apareceu cheio de buracos pouco antes do bebê nascer. Ela então andou na mão de um e outro bandido, pra manter o pirralho. Depois desapareceu de repente. Passou uns anos fazendo programas com gente endinheirada, gerentes de banco, diretores de empresa. Tem três meses que ela reapareceu, está morando no bairro aí de trás... Mas por que ela tomou aquela iniciativa?... Porque, como lhe disse, coisa mais linda é o amor...

O Cuia estava inconformado, não conseguia entender direito. Não vai me dizer que ela está apaixonada pelo Hermes?... Que apaixonada, Cuia. Ela nem conhecia ele direito... E como ela veio parar aqui na birosca?... Eu chamei, ora. Ela é puta, não é adivinha. Mas eu conheço ela muito bem. Você sabe que conheço as putas daqui. Não posso mais pagar pelos serviços delas, mas conheço bem várias delas e sou amigo delas... Que coisa de doido, quem vai pagar? Quando o Vela entender tudo não vai tirar um tostão do bolso... Nada de doido não, Cuia. Ela não veio receber dinheiro não... Como não?... O bebum parou, se ajeitou no banco e continuou: Cuia, meu velho Cuia... Eu já vivi um pouco mais que você. E lhe digo com toda a convicção: As mulheres que vivem de programa não são todas iguais. Mas são seres humanos todas elas, têm sentimento. Eu não pedi, apenas perguntei se ela queria fazer isso. Ela confiou em mim e topou fazer... Mas o Hermes não ama essa mulher... Já deve estar amando, Cuia... Não é a Laurinha... Que diferença faz, Cuia? Ele precisava amar, se regenerar, tirar o paredão de dentro dele. Você acha que o amor dele, que ele não pode exercer e não serve pra nada, é mais amor que o da Fátima, dado de graça, pela necessidade dele e por amizade a mim? E ademais ela não tem nada a perder, tem a dar. Qual o pecado nesse caso? Mas o Vela podia ter perdido a vida, lá no banheiro do caça-vírus. E noutras vezes, porque ficar pegando as mulheres dos outros...

O Cuia ainda não aceitava plenamente a conversa do amigo, porém reconhecia certa razão. E será que o Vela vai segurar a peteca? Do jeito que saiu daqui, não sei não... Ora, Cuia, ela é uma mulher sofrida, experiente, com certeza vai dar o jeito dela... Mas ele não vai se casar com ela, né?... Casar? Acho que ela não ta pensando nisso, não. Prostitutas nunca pensam em casamento numa primeira ocasião. Não é esse o trato. Se você sair com uma delas e falar em casamento, nunca mais ela sai contigo, pra não apanhar do cafetão... Mas vai que a Fátima pensa... E daí? Eu não sou cafetão, não ganho dinheiro com ela... O Cuia pediu a conta ao Portuga, pagou a cachaça e pendurou o uísque, reclamando do preço. Depois, com ar de satisfeito, disse ao amigo: bom, tomara que pelo menos você esteja certo e ela saiba acender velas. Senão, quando ele voltar aqui, vai dizer que de repente bateu um vento... Que nada, Cuia, você num entende nada de velas. Ele vai dizer que quando o programa estava carregado, caiu a conexão!

Foto de HELDER-DUARTE

Sobre o amor

A todos os meus amigos!

Estimado amigo, venho te dizer uma verdade, que está escrita na Bíblia, sobre o verdadeiro amor. Diz o Apóstolo São Paulo, na I Carta aos Coríntios capítulo 13:1-13, que o mais importante de tudo é o amor de Deus.

Só o amor de Deus, vence tudo e permanece, para toda a eternidade. Se queremos ter o amor de Deus, temos que té-lo no nosso coração e para isso temos que aceitar, Jesus Cristo, no nosso coração.
Vejamos o que o Apóstolo Paulo, escreveu em I aos Coríntios. 13:1-13.

«Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa, ou como címbalo que tine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que possua a fé em plenitude, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a fim de ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita. A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se usufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão e ciência findará. Porque a nossa ciência é imperfeita e a nossa profecía também é imperfeita. Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito será abolido. No tempo em que eu era criança, falava como criança, sentia como criança, raciocinava como criança; mas quando me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Hoje vemos como por um espelho, de maneira confusa, mas então veremos face a face. Hoje conheço de maneira imperfeita; Então conhecerei exactamente, como também sou conhecido. Agora subsistem estas três: A fé, a esperança e a caridade; mas a maior delas é a caridade.»

Amigo, Jesus te ama e quer que sejas feliz, procura-o pela fé e serás capaz de amar, porque então ele estará no teu ser, transformando-te numa nova pessoa.

HELDER DUARTE

Foto de Anjo Violinista

O que minha mente diz / O que meu coração diz

Minha mente diz que as coisas devem ser programadas pelo seu tempo, devido os compromissos e as tarefas.
Já meu coração diz que tudo deve ser conforme o desejo do prezado momento...
Minha mente pensa na absorvência de informações para a vida futura
Já meu coração observa o sentimento daqueles que estão ao meu redor
Minha mente ignora o meu coração
Já meu coração pelo seu imenso amor faz a mente pensar nele
Minha mente fez uma promessa que nunca mais se deixaria iludir por alguém e segura-se o meu coração
Já meu coração pelo seu carisma se apaixona e entra em contato com a alma da amada
Minha mente diz para não ir com tanta sede no pote, pois a água que ali está talvez não sacie a minha sede.
Já meu coração não mede as palavras e logo se envolve ignorando a mente
A mente por sua vez faz lembrar de tudo que o coração sofreu, e as coisas ruins que já passou.
Já o coração se entristece e com lagrimas na face diz: _ Por que todos podem amar, e eu não?
Minha mente diz: _Nunca fale realmente todo o amor que você sente por ela!!!
Já meu coração diz: _Como posso mentir para alguém que tanto amo, sendo assim infiel na qual tanto pedi a ela sua fidelidade e sua realidade sobre meu amor.
Minha mente diz: _Se você sofrer mais uma vez poderá morrer na vida e ficar mais três anos em lagrimas, fazendo assim comigo a paralisia da mente.
Já meu coração diz: _Por que as coisas não podem ser mais fáceis e realistas
Minha mente com toda amplitude diz: _Pois nem todos têm esse coração que eu tenho...

Foto de HELDER-DUARTE

Poemas de Escatologia

O INFANTE

Eis que ele vem...
Mas ele é quem?...
Ele é o infante,
Que vem triunfante...

É o que vem no fim do tempo,
Para reinar para todo o sempre.
Vem cavalgando em verdade,
Com sua autoridade.

Seu nome é Jesus.
Ele disse-nos:
«EU SOU A LUZ»

Finalmente, a existência terá paz!
Porque eis-nos,
Que é DEUS QUE A TRAZ!...

HELDER DUARTE

Questões

Eis as seguintes questões, vos ponho:
Porque se unem os países da Europa?
E para onde caminha o mundo humano?
O que está acontecendo, à nossa volta?

Credes vós, em Jesus Cristo?
Ele está morto ou vivo?
Sabeis que ele vem?
E que virá o Anti-Cristo, também?

Há um fim?
Haverá Inferno?
Porque pergunto isto assim?
E o que é o estado eterno?

Sabeis quem é a verdade?
Estais convictos que virá a felicidade?
O que é o número seiscentos e sessenta e seis?
E o número sete três vezes?

E o Apocalipse?
E o Milénio?
Pensaste já nisto?
Qual o verdadeiro império?

Quem é o verdadeiro Deus?
Quem é o verdadeiro Messias?
O que disse Isaías?
O que vai acontecer ao homem e actos seus?

Helder Duarte

Messias

Fica sabendo,
Oh Israel!...
E entende,
Tu Ismael:

Ouve tu terra,
Universo e potestades.
Também tu paz e guerra
E vós do Ser realidades.

Jesus está vivo,
Virá e reinará...
Sobre vós, em pleno domínio.

É o Messias.
Que deu e dará,
Cumprimento às eternas profecias!...

Helder Duarte

Ai de vós

Ai de ti Jesabel!
E tu Ataláia,
E tu que mataste Abel!
E Tu dos Hunos, Átila!

E vós outros: Calígula e Nero.
E tu príncipe, do reino do ferro,
Hitler, Mussolini
E tu outro in...

Tu seiscentos e sessenta e seis;
Tu Nova Era...
Vós, que comigo, reinar não quereis.

Para vós venho...
Em hora, que já se abeira.
Para vos castigar, me empenho!

Helder Duarte

Israel

Ouvi todas as tribes de Israel,
A minha palavra, assim diz o Emanuel:
Eis que eu sou aquele de quem falou Isaías.
O Cristo, o Messías.

Eu sou o «Yavé»...
O Deus de Adão, Abel e Noé.
O vosso salvador.
O vosso Senhor.

Eis que já vim...
Mas voltarei.
Para vós enfim!

Aceitai-me já...
Sou o vosso Rei...
Que cedo virei!...

Helder Duarte

Foto de Tancredo A. P. Filho

OS TRÊS RAPAZES

Nota: Esse texto é uma adaptação do poema “A POMBINHA”
de Cecília Meireles

Três rapazes andando à noite pela cidade
ouviram alguns gritos de uma mulher.
“Eu acho que ela está com dor”,
disse o primeiro – “ela não tem remédio, não para parar de sofrer”.

Três rapazes andando à noite pela cidade
ouviram uma mulher chorando.
Eu acho que ela caiu e se machucou, disse o segundo, “ela não tem ungüento, nem sabe como se cuidar”.

Três rapazes andando à noite pela cidade
ouviram uma mulher a gemendo muito.
“Acho que ela sente saudade”,
disse o terceiro, “e com certeza está sofrendo muito.”

(Os três estavam bem longe da realidade!!!)

:::::::TAPF:::::::

tancredoadvogadopf@yahoo.com.br

Foto de Fernanda Queiroz

Conto Uma tarde de Domingo

A Arte da Escrita será o tópico do encontro dos poetas, figurando como uma oficina de redação.

Bom a idéia já vem de longe, acredito que será tão importante quanto agradável nos exercitar em conjunto uma idéia, segmentada por mentes diferentes em construção de textos que poderão vir a ser contos, até mesmo editados.

Escrever não é difícil, mas também não é tão fácil, queremos através deste, justamente resgatar a ampliar o dom já existente em cada um dos poetas de Poemas de Amor.

Vamos começar com Contos.
Um Conto é mais difícil de escrever que uma novela, isto porque em um determinado espaço ele tem que se desenrolar com principio meio e fim, isto é dando a idéia inicial a qual seguida de uma narrativa que finaliza o enredo, então poderemos dizer que ele tem três partes.

Aqui neste exemplo vamos usar um dos temas sugeridos no V Concurso.

Uma tarde de Domingo.

Lendo o título podemos pensar em: Apartamento -Visitas – Impacto – Praça – Animais – Sorvete – Obstáculo – Jardim - Flores -De 3 a 5 Personagens

Então já temos as palavras que irão nos auxiliar nesta construção de texto.

Agora faremos um exemplo de narrativa: Narrar é como escrever olhando para os lados, observando todos os pormenores que podemos explorar na palavra a ser trabalhada, como por exemplo.
Uma praça, esta pode ser: Grande, arborizada, florida, iluminada, escura, abandonada, solitária, etc.

Baseando nestas informações podemos construir um parágrafo, o que daria origem a um conto narrativo.

Uma tarde de Domingo

Ao atravessar a rua, fazia um enorme esforço para não pisar nas poças ali deixadas pelo temporal que caíra, o tempo ainda estava úmido deixando a ruela mal iluminada mais soturna que realmente era. Andei mais depressa, queria chegar logo a enorme Praça que ficava a duas quadras do meu apartamento.

Um carro que passava sentido contrário iluminou com teus faróis a pequena distância, foi com grande alívio que pude sentir o delicioso aroma de jasmim, decididamente há três anos atrás, foi exatamente este aroma que me fez optar pela compra do meu sonhado apartamento.

Nascida e criada na zona rural, o que mais sentia falta era do contato com a natureza, a Praça dos Jasmins, era como se fosse a extensão de minha casa, era lá que eu passava grande parte do dia, entre frondosas árvores ou debaixo do solitário caramanchão, onde podia abrir minha cesta e tricô, recostada na pilastra de pedras polidas.

Balançando minha inseparável capa de chuva, pisando no meio fio para fugir, da lama que se acumulavam ao redor do passeio, mostrando claro desleixo das autoridades locais em manter os devidos cuidados sanitários ao município, entrei a direita, mesmo sabendo que era o caminho mais longo, mas certamente o mais agradável, pois passaria pela fonte onde os jasmins floriam em maior profusão.

Passo a continuidade a poeta Izaura Dias.

Obrigada Iza.

Foto de Murilo Braga Silva

Coletânea de poemas de Murilo Braga Silva, um estudo sobre ética e sua respectiva biografia.

1-Vida eterna

Estava no rio andando,
Tristonho com minha barba cerrada,
Vi um pássaro cantando,
Entendia que era tudo um aviso de que minha vida estava no fim.
Debaixo de meu barco já se formava o meu túmulo, aí veio um anjo e me disse:- você acabou de nascer para a vida eterna.
E eu, com muita humildade, disse:-Obrigado, meu anjo, sei que apenas deixei o plano carnal, todas as minhas tarefas que fiz no plano material darei continuidade, portanto, o espírito é imortal.

2-Laços de bondade

Alma querida, escuta:
O apostolado de Cristo te convida
Para estar trabalhando ao lado dele.
Deus é bom e justo para com suas ovelhas;
Nenhuma ovelha ficará perdida em seu reino.
Tudo se transforma na Terra;
Mas o que vem do céu permanecerá;
Vem cooperar também e servir com Jesus;
Vem cooperar no amor que devemos ao mundo;
E que a bênção de Deus jamais nos desampare, nem despreze a ninguém, iluminando os campos de toda a Terra.

3- Cruzeiro

Brasil, terra do cruzeiro;
Trabalhando os seareiros,
Juntamente com os celeiros.

Brasil, terra das florestas;
Cada vez com o avanço dos homens,
Ficam mais desertas.

Brasil, terra do Evangelho, terra dos grandes missionários,
Que procuram a luz da imortalidade.

Brasil, terra dos indigentes,
Que pretendem chegar vencer e caminhar.

Pátria branda e salva,
Pátria amada,
Brasil.

4-O alvorecer do dia

No alto do infinito;
Vejas o grande alvorecer;
O sol se pondo entre os ares;
O vermelho representando a guerr4e;
O azul representando a paz;
Pense na natureza em função de amanhã;
Não te iludas com as ambições desmedidas;
Contudo vencerás;
Pois você é o maior;
Não se amedronte com a luz da espiritualidade,
Ela te aguarda para que em futuro próximo tu sejas abençoado pela providência divina.
Eu sou bastante ignorante;
Cada minuto estou pecando e segurando as pontas;
Sou forte para com todos os familiares;
No dia em que desencarnar,
Ainda terei de descobrir o meu conviver.

5-Trabalho alienado

Estamos em um planeta, em um universo que está em constante regeneração espiritual, alienação em se tratando de ignorância do ser humano, começando pela pessoa que vive explorando no mundo, pelo trabalho do dia à dia, trabalhando muito, ganhando pouco.
Sabemos que tudo isso faz parte da evolução, existe o plano físico, assim como o plano espiritual.
Chegará o tempo em que toda a humanidade vai entender que todas as derrotas de nosso trabalho são escadas para a nossa construção espiritual,
Ou pelo amor, ou pela dor, compreenderemos que a própria pessoa,
A própria humanidade cria motivos para a alienação moral.
O mundo dá muitas voltas, tenha paciência os alienados de trabalho e enfermos que todas as dificuldades vem como teste de paciência para nossa evolução para o alto, muitos param no meio do caminho, cada um de nós temos uma provação, isto é, uma cruz a carregar, nós mesmos, em muitos casos, somos os que escolhemos como será nossa vida ao retornarmos ao plano carnal.
Todas as explorações com relação ao trabalho alienado venceremos amanhã, que a força e a coragem acompanhe nós em nossas vidas, para a grande paz na união divina, de acordo com as verdades eternas que a humanidade vai compreender em futuro próximo.

6- A parte científica da razão

Quando a humanidade estiver alcançado o estágio máximo de evolução espiritual;
A Filosofia passará a estudar e compreender a vida eterna;
A Psicologia terá como meta o amparo às almas aflitas;
A Psiquiatria compreenderá que a doença não está somente na matéria, mas sim, em não possuirmos o esforço em compreender que a vida é imortal;
A Literatura universal estará abrindo campo de estudos sérios com relação às questões ligadas ao mundo espiritual;
As crenças dos povos estarão dando espaço ao estudo do corpo e do espírito;
Haverá entre os povos, leis de acordo com a regeneração da Terra;
Poderemos dormir de portas e janelas abertas;
A humanidade terá como missão trabalhar pela reconstrução do planeta em ordem de amor espiritualizado na paz tamanha;
As escolas estarão ensinando o verdadeiro amor que Cristo nos legou;
Os povos terrenos serão uma só família de espíritos ditosos;
Não haverá muros entre as casas, os bons homens herdarão a Terra;
A luz tomará conta da divindade que roga por nós;
Todos os que aqui ficarem verão bromélias de amor e paz;
Não haverá discórdia entre os irmãos;
O trabalho digno será a alavanca para o combate às faltas morais;
Os servos compreenderão que os espíritos nascem e renascem;
Vamos exemplificar o evangelho de Jesus Cristo para que este dia esteja próximo a acontecer, faça sua parte que os mentores da espiritualidade nos auxiliará dando-nos o amparo espiritual de que necesitamos.

7-Infinito

Feliz daqueles que conseguirem o verdadeiro grau de evolução das verdades da reencarnação, pois o espírito não morre, todos somos médiuns,
Aprenda a respeitar uns aos outros, chamo todos os irmãos para começar a divulgar a doutrina dos espíritos, a doutrina da verdade, cada dia vejo o quanto é difícil orientar a humanidade para o trabalho ao bem,
Todos estão vendo as transformações espirituais que ocorrem, na atualidade, o espiritismo já está sendo comprovado como uma doutrina da verdade que veio para libertar a humanidade,
Vamos começar a estudar a doutrina espírita, a reconhecer que não adianta religiões fanáticas, que no fundo não sabem dar seu verdadeiro exemplo de vida, vamos começar a praticar o verdadeiro evangelho consolador, vamos procurar criticar menos e ajudar os nossos semelhantes.
Amigos da Terra e do espaço, estamos sempre em constante evolução espiritual, está comprovado, quem quiser acreditar acredite e busque os estudos espirituais, isto é, a disciplina para que possamos sempre, com muita humildade, conseguir cncretizar nossa elevada missão assumi9da antes de reencarnarmos.
Não adianta dizer que converteu a esta ou aquela religião que está salvo, que morreu fica salvo, o espírito precisa de trabalho abnegado para conseguir sua salvação espiritual de que tanto necessitamos.
Não adianta dizer que rezou tantas ave Marias que está salvo, isto é muito fácil, com disciplina, fé raciocinada, benevolência, respeito mútuo aos nossos semelhantes e esclarecimentos espirituais conseguiremos vencer nossas dificuldades.
O Espiritismo é o consolador prometido que Jesus enviaria à Terra para a restauração do Cristianismo, muitos ainda desconhecem essa doutrina que explica a razão de tudo, tudo em nossa vida tem sua lógica, nada ocorre por acaso, somos todos seres imperfeitos, ainda estamos longe de alcançar a perfeição espiritual,
O espírito não regride, ele pode até estacionar com o tempo e após a dor poderá continuar sua evolução espiritual.
E assim, meus irmãos, nascemos para o plano espiritual, morremos na carne, mas permanecemos no espírito.

8-Libertação
Todo pensamento nosso poderá ser concretizado, dependerá de nossa força de vontade.
Pensem sempre coisas boas e interessantes e também otimistas que qualquer coisa dará certo, pois, ordem, trabalho, benevolência, humildade, caridade, amor ao próximo e paz espiritual, enfim, tudo isso sendo praticado provocará a libertação que começa dentro de casa.
Trabalhemos todos nós em busca da seara do Cristo, só assim conseguiremos chegar onde devemos, isto é, o caminho de Cristo.
Espero que Deus ilumine os corações de cada um dos seres tanto encarnados como desencarnados, para que eles possam vencer suas provações, abrindo novas veredas para o futuro de paz e amor espiritual.
Esperemos esse tempo que chegará breve, a Terra deixará de ser um planeta de provas e expiações para ser um mundo de regeneração, procuremo-nos corrigirmos os nossos defeitos morais libertando das grades do orgulho e egoísmo, e também do materialismo, corrigindo nossos atos, praticando a caridade e melhorando.
Muita paz a todos, fiquem na paz de Deus, de Jesus e dos mensageiros espirituais da caridade.

9-Regeneração

Vamos ser herdeiros da paz eterna,
Pois o mundo necessita de sábios,
Temos que transformar nossa literatura em grande alavanca para o progresso espiritual do homem.
É de conhecimentos espirituais que se consegue às transformações de que os seres carnais carecem.
Estamos na ignorância espiritual a tempos arcaicos, todavia, ainda persistimos em continuar nos martírios da amargura que nos aflige.

10-Fé raciocinada

A verdadeira fé do ser humano
É a bênção do trabalho;
É as dificuldades e provações que te alcança,
Agüente com muita paciência tudo;
Tudo é passageiro;
Somente o trabalho ao serviço ao bem é o responsável por curar nossos males espirituais,
A força de pensamento para enfrentar os obstáculos,
Carregar e frutificar o nosso evangelho,
Aceitar a dor como mecanismo básico de resgate espiritual,
Enfim, faça de sua vida um livro de amor,
Faça os outros felizes para que tu sejas também,
Não vamos descontar nossas faltas em outrem;
Largue as vantagens e saiba que a vida é auxiliar ao próximo eternamente,
É amar ao próximo como a ti mesmo,
Não procure apenas ser sábio, mas também cumpridor de seus deveres;
Pense como serás se procurar corrigir seus defeitos morais.

11-Missionários do bem

A humanidade caminha vencendo suas provas a cada dia que passa, este milênio deverá ser cheio de surpresas, aqueles que não buscarem sua regeneração moral não encarnarão mais neste planeta.
Os grandes missionários da luz se espalham por todos os rincões da Terra, encarregados de transformar este planeta em um verdadeiro paraíso espiritual e os espíritos mais inferiores serão levados para outros mundos de trevas, para que através da dor bendita eles possam evoluir.
Já está começando a acontecer esta separação entre o joio e o trigo, os espíritos mais evoluídos já estão reencarnando para iniciar o terceiro milênio o trabalho de regeneração espiritual da humanidade.

12-A caridade para o futuro

Para a humanidade, no grau de desenvolvimento espiritual e intelectual que estamos, temos cada vez mais que acelerar nosso desenvolvimento para as grandes transformações no campo da espiritualidade.
Por isso, orai e vigiai para não cair em tentação, andais como filhos da luz, bem aventurados os humildes, porque terás o reino dos céus, amai-vos uns aos outros como eu vos amei, faça da sua parte que eu te ajudarei; e assim caminharemos para Cristo.
Jesus nos disse: no dia em que o evangelho estiver sendo pregado em toda parte, tenha a certeza de que estará havendo uma grande transformação no campo moral da sociedade humana.
Hoje, todos conhecem o evangelho de Cristo, vamos Ter, ou pelo amor ou pela dor que começar a praticar esse evangelho em nossa vida cotidiana pacientemente, pois os espíritos superiores nos darão consolação e amparo para sempre vencermos nossas dificuldades.
Vamos divulgar o evangelho, ajudar os nossos semelhantes, porque sabemos que a caridade é para nós todos simples obrigação.

13- Transformação

Terra do Cruzeiro;
Que tem muitos cordeiros.

Terra da Amazônia;
Relembrando o Brasil- Colônia.

Terra do pau Brasil;
Relembrando o azul anil.

Terra dos escravos;
Relembrando os cravos.

Terra dos soldados;
Relembrando os dourados.

Terra do amor;
Relembrando a dor.

Terra dos generais;
Relembrando os tribunais.

Terra de Santa Cruz;
Relembrando a luz.

A luz do limiar do infinito,
Relembrando o amor divino.

14-Terra dos sonhos

Meus queridos irmãos,
Vocês esperem o passar do tempo,
Verão os seres se transformando,
Os muros se separando.

Quando vocês menos esperarem,
Verão as cadeias se destruindo,
A humanidade se abraçando,
Formando verdadeiros laços de amor.

Ainda vai demorar algum tempo,
O mundo não vai se findar, ninguém pode afirmar um fato tão medíocre como este.
As pessoas más serão levadas para mundos inferiores, pois este mundo será um verdadeiro paraíso espiritual.

Acabará a prepotência e o racismo,
Entre pretos e brancos.
Todos se unirão em um só laço,
De paz, amor e trabalho espiritual abnegado.

Em todos os rincões da Terra você poderá ouvir os belos cânticos dos pássaros, a natureza se formando entre os ares, e os homens como cordeiros de Deus.

Para mim essas transformações é um grande presente,
O amor do evangelho imortal da humanidade, que ainda nos dará belas lições de paz, amor e fraternidade.

15- Aborto e Suicídio

Aborto não resolve o problema da morte, pois o espírito é imortal, não mate uma criança inocente.
A criança, como todos nós, possuímos grandes missões a desempenha na Terra.
Suicídio é crime perante a justiça divina,
Aproveite a oportunidade que Deus te consentiu de reencarnar no plano terreno.
O espírito continua, ele continua sentindo dores sem precedentes, e somente no plano carnal conseguimos nosso conforto espiritual, não percas a oportunidade da bênção da vida, bons momentos virão.
O Suicídio como o aborto, mata o corpo mas não mata a alma, e a humanidade não se livra da consciência pesada pela prática desse bárbaro crime.
O amor é capaz de restaurar a paz e a esperança, fazendo com que todos possam compreender as verdades espirituais da vida eterna.

16- Poema para a vida

Meus irmãos!
A vida é uma grande escola;
De dor e grandes provações.
Deus nos convida para o seu apostolado,
Refletimos, no entanto, entre simples lições da natureza, vejam as suas provações que te alcançam e diga:
Muito obrigado, meu Deus, pois tu és poder e bondade;
Vamos procurar auxiliar os nossos irmãos relegados aos padecimentos da via pública, para que saibamos acrescentar a paz e a esperança.

17-Instintos humanos

Sou uma pessoa sem instinto social,
Sendo uma pessoa apegada aos fatos imortais que nos leva a plenitude espiritual.
Sabemos dos conhecimentos de Física da lei da ação e reação, deduzindo-se que todos nós teremos as conseqüências das nossas atitudes morais perversas.
Temos apenas que procurar regenerar nosso mundo humilde, pois a partir de então teremos grande paz espiritual, onde todos estaremos unidos eternamente pelos laços de bondade e amor espiritual, com a força de nosso mestre Jesus estaremos todos nós reencarnando neste planeta para reconstruir tudo aquilo de bom e divino que esta sociedade perversa destruiu no decorrer dos milênios.

18-Dificuldades e Lutas

Faça da poesia um instrumento de sua existência, além da alma rica em conhecimento, lute para ser um poeta humilde e leve sua vida em busca do maior, do impossível, pense nisto e acredite que terás uma vida repleta de segredos em seus romances; em sua definições, pois bem, vida de escritor é cheia de mistérios, de espírito de conquista e idolatria.
Devido ao tumulto existente entre a população, pela falta de espaço e pensamento para o meu "eu" aprofundar em literatura, fico sem inspiração, talvez neste momento, poderia estar em uma mata acompanhado de uma cachoeira dourada, ouvindo os belos cantares dos pássaros, ouvindo o uivar dos lobos.
A poesia é indefinida, imprevista..., ela é uma dádiva divina que Deus nos conduz para que possamos evangelizar a humanidade, começando pela renúncia aos bens materiais, o endurecimento do povo é a principal causa dos martírios que assolam o mundo infinito, pensem na criação divina, abandone o orgulho e o egoísmo.

19-Fase terminal

Em geral, acho que a morte não existe;
Nós estamos aqui na Terra para grandes evoluções;
Evoluções para o progresso de nosso espírito;
Porém, somos ainda pequenos e imperfeitos;
Relegados ao atraso de não preocuparmos com nosso irmão que tanto necessita de ajuda.
A Terra passa por uma fase de grande regeneração espiritual.
É momento de refletirmos em nossas mudanças de posições;
Momentos de começar a estudar a verdade e reconhecer que não há mais lugares para guerra, violência, fome e miséria em geral.
Devemos começar a reconhecer as leis divinas, sabendo que a Terra é uma cópia do plano espiritual.
O espírito não se finda com a morte, mas sim acordamos para a verdadeira vida eterna.
Quem somos nós para temer a Deus; quem a dizer que Deus nos castiga,
Não, seres humanos da Terra!!!
Se estamos ainda no início do milênio, não temos que temer a Deus mesmo que estejamos ainda imperfeitos como estamos.
Ainda não aprendemos a respeitar o nosso próximo, não aprendemos a servir sem perguntar até quando.
Moisés veio para mandar os dez mandamentos recebidos por Deus;
Porém, Deus nunca nos proibiu nada que fizéssemos, mas disse cada um segundo as suas obras.
Portanto, vamos mudar nossos pensamentos, abandonar os prazeres mundanos, enfim, somos capazes de renunciar o mal e somos sempre convidados para trabalhar no apostolado de Cristo, de acordo com a verdade eterna para que quando desencarnarmos possamos estar sempre conscientes de nossos deveres para que ganhemos a consolação espiritual nas leis abençoadas de Deus.

20- A Guerra, alimento da humanidade

Não é a primeira, nem a última das guerra que ocorre no mundo, há tantas guerras que não temos condições de podermos afirmar que estamos no planeta da paz, todavia, estamos caminhando para este objetivo.
A sociedade humana teve seu livre arbítrio de escolher uma sociedade comandada pelo orgulho, ódio, vingança, egoísmo e inveja, enfim, não há paz sem que possamos Ter confiança em Deus.
Sei que não haverá mais guerras quando aparecer a dor; a dor da desilusão, da amargura, dos sofrimentos físicos e morais.
Os povos estão, na sociedade moderna, criando a guerra do mundo informatizado, tenhamos a crença que quando os povos estiverem esclarecidos de que o perdão apaga uma multidão de pecados estaremos mais um passo acima em busca das leis abençoadas de Deus, pois Deus é a inteligência suprema causa primária de todas as coisas, observai o pai celestial pela sua criação, Deus fez o mundo para todos os servos, ele não nos pede que tenhamos rancor de nossos irmãos, a vida é uma chama de luz, que clareia-nos a todo momento de nossas ignorâncias.
Desejo apenas que os povos guerrilheiros possam observar a vida e ouvir os múltiplos chamamentos a obra do progresso geral.

21- Indefinição
Quem foi que chamou?
Deixa descansar o Chico Xavier coitadinho.
Almas evoluídas esperam por ele,
Continuamos vivendo grandes melancolias.
As ruas estão cheias de romeiros a sua espera, o sol vibrante consola seus corações.
Ouvem-se os sinos vibrantes, todos são envolvidos por uma grande sensação de paz espiritual.

22- Misérias
O meu coração não agüenta
Mais tantas misérias.
Não quero mais o orgulho em meu coração.
Como faço para alcançar a glória eterna?
Não sei, sei apenas que eu vivo uma vida infeliz, e a cada dia reconheço que estou afundando em uma grande lama escura.
Não sei se morro, ou se vivo,
Ou se planejo uma outra vida diferente desta que estou vivendo.

23-Ainda ontem

Ainda ontem eu estudava Deus em sua criação infinita.
Hoje reconheço que eu não sou nada que nosso criador chama de bom.
Sou apenas uma peça que serve para trabalhar de graça para os outros, estou cansado de tanta zombaria em cima de mim, quero a liberdade, que seja o descanso eterno.

2ª parte da obra

1-Ética social: um fator ligado à psicologia humana.

Primeiramente, a ética é um assunto relacionado com a atualidade. Apresenta uma relação profunda com a questão da estética. Esquecendo um pouco a estética, a ética geralmente vem apoiada aos problemas sociais, econômicos, políticos, religiosos e também, de acordo com nossa formação educacional. As sociedades, geralmente, usam os conceitos de ética ou moral, buscando recursos para a resolução de suas intempéries político- sociais ou então, seus problemas individuais. Outros procuram recursos práticos para solucionar seus desequilíbrios morais.
Este trabalho não apresenta como objetivo colocar um fim a este problema, não é este o objetivo. Pois a ética é um ponto de profunda reflexão. A ética será trabalhada a partir de um estudo filosófico, indicando até alguns caminhos por onde passa a ética, interligando o estudo com o campo educacional, mostrando, neste caso, que a ética direciona o destino dos seres humanos.
Sabemos que a imagem da própria pessoa já determina um pouco do caráter individual, porque a antropologia é um campo de estudo muito importante, porque explica muitos fatores ligados à ética, pois os fatores ligados a questão da cidadania também serão abordados em algumas condições necessárias, em resumo, os três objetivos a serem abordados neste trabalho, de acordo com as pesquisas feitas por mim será: Ter conhecimento de ética, levando-se em consideração a determinação da vida social das pessoas, estudar os fatores ligados a ética na política e mostrar a ética de acordo com a posição religiosa.
Enfim, nosso assunto a ser tratado será a ética sob a perspectiva histórica, levando- se em conta a realidade social que a sociedade mundial vive na atualidade, sabendo-se que existe uma grande diversidade de religiões existente na sociedade, a ética será abordada com o objetivo de mostrar que ela é responsável pela determinação do caráter psicológico humano, ela será abordada de acordo com as concepções filosóficas diversas de acordo com os filósofos e estudiosos da atualidade dando-se referência a alguns filósofos gregos como Sócrates e Aristóteles.
Destacaremos a importância da ética no campo da educação, mostrando que tudo na sociedade necessita de ética, o ser humano necessita de uma postura ética para Ter sucesso no campo social, desta forma, nosso trabalho tem como objetivo orientar as pessoas mostrando que o mundo ainda precisa de profundas reformas no campo moral, isto é, no campo ético, pois os desenvolvimento moral do ser humano nunca está completo, o estudo sobre ética é muito importante para a justificativa do sentido de nossa existência, podendo-se até fazer projeções sobre o futuro da sociedade humana.
Primeiramente, trataremos do assunto ligado à estética na manipulação da vida, da revista" Mundo Jovem"( Porto Alegre)- Ano XXIX- nº 322. Novembro-2001- página 7.
Esta reportagem nos mostra que o século XXI nos traz profundas incertezas e entusiasmo quanto aos fatores conseqüentes do estudo do genoma humano. O contato com este estudo científico pode trazer problemas relacionados às questões da manipulação da vida, fatores ligados ao dom divino.
A partir do momento em que os seres humanos conseguem transformar a natureza e os fatores científicos dos seres vivos, ele está transformando a vida das gerações vindouras. No entanto, antes dessas descobertas científicas, a ética não apresentava grande importância para uma grande discussão, em vários estabelecimentos, aparece oportunidades de discussão para que se leve em conta um grande processo de estudo científico sobre esta área. É necessário realizar o estudo da ética com muito cuidado, pois alguns pontos básicos podem trazer prejuízos morais aos seres humanos.
Na atualidade, os avanços dos estudos genéticos causa pelo menos duas conseqüências básicas: ocorre alteração do comportamento das pessoas com relação aos seres vivos não- humanos e os mamíferos.
A partir de um estudo antropocêntrico, a sociedade humana é vista muito presente entre nós.
Um fator que ocasiona profunda fonte de estudo nas pessoas é a questão da clonagem humana, que futuramente atenderá a dois objetivos básicos: realizar a produção da espécie e produzir tecidos com o intuito de realizar autotransplante, será que a clonagem humana é um fator que corresponde aos princípios éticos? O que se discute é saber se a clonagem própria ou de terceiros, através de recursos tecnológicos servem apenas para agradar suas necessidades ou se há o direito de ser concebido através de determinados mecanismos.
Um outro fator que esta reportagem nos aborda refere-se ao sacrifício de um ser humano para salvar o outro. É variada a ocasião e as circunstâncias em que se retira uma célula ou duas para que se realize uma biópsia embrionária retirando uma célula para se desenvolver um clone? Anterior ao estágio de 32 células, apresenta-se um número eficiente de embriões em potencial, sendo que estes embriões podem se recombinar com outros embriões viáveis.
A questão está em definir qual o momento em que se dá início a vida. A interpretação do código genético nos auxilia como compreender de forma mais eficaz como é o ser humano, permite-se que troque um gene defeituoso por outro perfeito, ou que se inclua, dentro da célula, uma proteína que será codificada pelo gene. O problema é estudar os mecanismos para que tenhamos acesso a esta tecnologia. Em um país como o Brasil, onde a maioria da população não possui saneamento básico, consequentemente sofre várias doenças que deveriam ser dizimadas, imaginar que essas tecnologias são mecanismos para beneficiar os seres humanos parece representar uma utopia.
Se os estudos forem feitos através deste pensamento, será possível um estudo mais aprofundado sobre os problemas ligados a ética, buscando soluções, o que "parece ser fácil", distanciando-se do fator tecnológico, que não permitirá o uso dessas soluções.
De acordo com Salzano(1999), é tarefa da sociedade, de forma geral, e de cada um de nós, em condições individuais, ficar atentos para que este conhecimento seja praticado pela maioria das pessoas. Desta forma, sendo cidadãos, crendo ou não no geneticismo, todos tem o dever de se informar sobre esses assuntos e cobrar da organizações governamentais para que se concretize esses objetivos.
SALZANO, Francisco M. Genética, ambiente e problemas sociais. In. SACHET, Ana Maria de Oliveira Freitas (org.) Genética para que te quero? Porto Alegre: Ed. Universidade UFR GS, 1999, p 75-81.
Temos que buscar razões para as diversas maneiras de nos comportarmos.
O fundamento principal da ética está na fé das pessoas, através dos ensinamentos da crença de cada um. O problema da ética é logo resolvido pelos cristão que se orientam pela bíblia, sendo meio caminho andado.
Algumas pessoas afirmam que o sentido da ética está na natureza. Estude a natureza. O importante a observar é que a natureza não serve de inspiração para qualquer coisa, não podemos resumir a ética somente segundo a natureza, de sua casa, de seu jardim, de você mesmo para ver as consequências das coisas.
Outras pessoas afirmam que o sentido da ética está na lei, lembre-se que durante o período da ditadura militar, a cada dia se estabelecia uma lei no Brasil, não podíamos afirmar que todas essas leis eram éticas. É importante o cumprimento das leis, mas é importante procurar quem criou essa determinada lei. A lei do salário mínimo é injusta porque muitos indivíduos da sociedade estão ganhando muito com isso, outros estão sofrendo devido à existência dessa lei.
Algumas pessoas afirmam como as coisas devem se proceder com referência às relações humanas, tudo é algo a ser desenvolvido, todas as coisas da vida estão sempre em desenvolvimento, nada está terminado.
Alguns afirmam que ética é um departamento crítico. Crítico significa afirmar que ética é algo que nunca está terminado, sempre em desenvolvimento, a cada instante deve ser discutida e aperfeiçoada.
O princípio básico para o aperfeiçoamento dos estudos de ética é o diálogo, o diálogo afirma- nos que todos nós sabemos alguma coisa, não se sabe as coisas mais ou menos; sabemos coisas variadas , mas nem todas possuem valor. Portanto, no diálogo é importante observar o que o outro fala, com muito respeito. Ninguém diz besteira por conveniência, no fundo sempre existe um sentido e uma razão para o que os outros dizem.
Através dos estudos de ética, pode-se compreender se podemos chegar a um determinado acordo sobre o modo de ser das coisas, do que será ética nesse instante, nessa ocasião, o fator mais importante é as pessoas estarem decididas a dialogar, alertas, sem querer colocar posições à força. Isso não significa que você não pode dizer o que pensa das coisas. Pode e deve, pois sabemos que seu ponto de vista é esse, colaborando para o enriquecimento da discussão. A partir de diversos pontos de vista, pode-se decidir pelo melhor para um determinado grupo.
É muito difícil falar em ética, mas é indispensável em nossa vida, pois todos os acontecimentos que ocorrem em nossa vida envolvem ética, a todo instante. Toda ação corresponde ética. Ética sempre significa "ética da relações". Durante a rotina diária, aproximamos da ética a partir do estabelecimento de um diálogo onde há respeito de todos, onde todos expressam livremente seus pensamentos, procurando o melhor para cada grupo social.
De acordo com a enciclopédia "Ensino médio e formação profissional"- Editora didática paulista, na página 292 até 297, inicia um estado de ética através de referências a alguns pensadores.
"Se eu soubesse algo que me fosse útil e que fosse prejudicial à minha família, expulsa-lo- ia de meu espírito. Se eu soubesse algo útil à minha pátria que não o fosse útil à Europa e prejudicial ao gênero humano, considerá-lo-ia um crime, pois sou necessariamente homem, ao passo que sou francês por mera casualidade."
(Montesquiel Ética:" O homem não é senão o seu projeto, e só existe na medida em que se realiza".
(Sartre)
Ética: " No sentido próprio, disciplina filosófica cujos objetos de estudo são os juízos de apreciação quando se aplicam a distinção do bem e do mal. Teoricamente vinculada a uma busca metafísica, distingue-se da moral aplicada."
(André Roussel, Dicionário de Filosofia, p. 171.)
A ética possui como objetivo analisar, explicar e investigar o comportamento moral humano, sendo um aglomerado de conhecimentos que controlam as relações humanas.

Os dez mandamentos determinam o primeiro código ético da antigüidade.
Não matarás.
Não roubarás.
Não cometerás adultério.
Não levantarás falso testemunho.
Não cobiçarás a casa do teu próximo.
Respeitarás teu pai e tua mãe, etc.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura.
Não tomarás o nome de Deus em vão.
Guardarás um dia para o senhor.

A ética é muito ,mais complexa do que imaginamos, geral, universal e moralmente. A moral se restringe a determinados assuntos que correspondem a conduta humana: profissional, moral, sexual, etc. A moral é de acordo com a época, a ética caracteriza-se por transcender a época. Os valores morais, lealdade, justiça, honestidade, fidelidade estão incluídos na sociedade de maneira geral: Sem esses valores não seria possível a existência de uma vida social.
Alguns exemplos que põem à prova nossos valores morais são: chacina de seres humanos e animais, fome, infanticídios, linchamentos, genocídios, estupros, torturas, aborto, eutanásia, furtos, etc.
Nossos pensamentos e ações afirmam que praticamos o bem ou o mal, sempre com o intuito de satisfazermos nossas virtudes, para alcançarmos nossos objetivos, dessa forma, as nossas aspirações e sonhos surgem e existem como parte existente em nossa vida pessoal, pois, em muitos casos não podem ser concretizados da maneira como desejamos, pois estamos em uma sociedade, temos normas a cumprir.
O objetivo da moral é tornar normal a vida em sociedade. As normas morais sofrem variação de tempo e espaço, de acordo com as condições sociais.
Anterior ao processo de ocidentalização, os antigos esquimós sacrificavam todas as crianças do sexo feminino. Eles não julgavam esse ato imoral, devido ao fato das meninas não representarem força de trabalho e significarem um obstáculo à sociedade esquimó. Este exemplo nos mostra que as normas morais diversificam de uma comunidade para outra.
Há sociedades poligâmicas(o homem tem o direito de ter mais de uma esposa) e há sociedades monogâmicas( em que o homem só pode ter uma esposa).
Desta forma, as normas morais caracterizam-se por serem relativas, o que é certo para uma comunidade, pode não ser para outra. As normas morais são determinadas pelos grupos sociais de acordo com seus hábitos, necessidades e crenças.
A moral pode ser caracterizada de acordo com um conjunto de valores e normas que regulam e normalizam o sistema da vida dos indivíduos e de uma sociedade de forma geral. Aqueles que não seguem as regras sociais são excluídos.
"Nenhuma criança nasce boa ou má, os valores são aprendidos; a responsabilidade dos pais , professores na educação dos jovens é imensa."
(Paulo Afonso Ronca, A clara e a gema).
A ética significa a base da sociedade, quando ela se encontra ausente, o caos predomina. Os problemas sociais que vivenciamos nas ruas, nas escolas, nos bares, enfim, em todos os lugares humanos, determinam claramente que a vida necessita de uma ética, as consequências da falta de ética são sentidas em todos os espaços da sociedade humana.
Nós somos seres humanos livres, temos nosso livre-arbítrio para decidir os caminhos a serem tomados em nossa sociedade.
Podemos afirmar sim ou não a uma determinada ordem, sem preocuparmos com que os outros irão pensar de nós.
Diante de nós, vemos os variados tipos de comportamentos humanos.
No entanto, como a moral é desenvolvida em sociedade, é natural que ela seja o seu reflexo. Por isso, ela acaba provocando preconceitos, desigualdades, privilégios e interesses (individuais ou grupais) que beneficiam uma minoria e prejudicam o restante.
Não existe regras ou normas que nos determinem como bons seres humanos, pois as circunstâncias fazem com que se varie nossos comportamentos.
De acordo com a motivação, o momento, a conduta e com relação ao contato com outros seres humanos.
Muitos de nossos comportamentos são de natureza orgânica e outros culturais, surgidas do aprendizado, de acordo com a convivência humana.
Mesmo dentre os variados comportamentos culturais existem muitos que não surgiram de fora, mas sim, de nosso íntimo. São os chamados caprichos- que não possuem nenhum sentido positivo ou negativo, são assim determinados, porque ninguém interferia neles. Exemplo: assobiar no momento do banho, sonhar acordado, etc.
Para que possamos adquirir novas noções e valores relacionados com a moral é necessário que convivamos com outros humanos. Ninguém surge ético ou antiético; atravessamos várias fases de moralidade de acordo com as relações sociais e com a idade durante nosso estágio de desenvolvimento até alcançarmos a maturidade.
Durante os primeiros anos de infância(3 a 5 anos), as regras a serem obedecidas vêm de outros: avós, pais, irmãos, etc. Neste caso, a nossa moralidade é externa, não sendo nossa, daí afirmamos que é uma moralidade heterônoma.
Atendemos às regras para evitarmos castigos, pois encontramo-nos na fase egocêntrica, direcionados para nós mesmos sem a malícia dos interesses dos outros.
A partir do momento em que crescemos, notamos que outras pessoas também desejam coisas assim como nós e que devemos ceder em alguns pontos; tudo isso para agradarmos as pessoas, se quisermos alcançar determinados objetivos.
Levando-se em conta o individualismo, agimos de forma a ser oportunos ao criarmos relações de trocas acordos para que cada membro da sociedade possa ter seus interesses individuais atendidos.
Neste período, a moralidade existe juntamente com o convencional, pois descobrimos que nossas atitudes não podem se dar através de mecanismos individualistas, mas sim através de perspectivas sociais, aprendendo a atender às convenções que o grupo social estabelece como bons, certo.
Quando amadurecemos, descobrimos a necessidade de atender regras individuais ou grupais Quando adultos, descobrimos os princípios universais que não só tornam possível a vida em sociedade a partir do momento em que são priorizados, melhorando a vida para todos.
A partir de então, valorizamos a justiça, a liberdade, a vida e a dignidade humana como mecanismos fundamentais para nossa felicidade e para a felicidade dos outros, determinando os valores que irão comandar nossa conduta, de forma que cada ser humano seja visto com toda consideração à humanidade, de forma geral.
Quando agimos desta forma, significa que temos amor à vida, chegamos, então, a nossa autonomia moral.
Podemos dizer que tornamo-nos mais ou menos éticos praticando a capacidade de reflexão e análise, vontade, liberdade, juntamente com responsabilidade.
Para que possamos construir determinada moralidade, temos algumas dicas determinadas a seguir:
Tratar o outro como semelhante e respeitá-lo enquanto diferente.
Lembrar a todo instante que ele é semelhante porque também é ser humano, essas semelhanças estão na inteligência, poder de calcular e realizar projetos, ideais, sonhos, medos, fraquezas e paixões.
Saber que apesar de todas as diferenças que existem (de cor, sexo, condição social, nacionalidade, religião, preferência sexual, destino político, etc), as semelhanças são muito maiores do que pensamos, portanto, o que é bom ou mau para uma pessoa, é bom ou mau para outro integrante da sociedade.
Por trás de todos os detalhes ou aparências que nos tornam diferentes uns dos outros, existe algo que assemelha-nos como se fizéssemos parte de uma mesma massa.
Outro fator importante é tratar o semelhante com justiça, de acordo com suas expectativas de ser respeitado, de acordo com seus direitos, carências, possibilidades e necessidades.
A justiça é vista como uma boa qualidade, uma boa virtude.
Ela se resume em tratar o indivíduo de acordo com suas esperanças com relação à forma que ele deve ser tratado.
A partir do momento em que o outro deseja ser tratado com justiça, ele espera que no momento do relacionamento tenhamos as determinadas atitudes: reconheçamos que ele é igual a todos nós, em resumo, que tenhamos posições mais convenientes em nossas relações sociais.
É importante, também, relativizar os interesses em questão. Estudar nossos interesses e os dos outros, compreendendo quais os mais importantes para o bem- viver.
Interesse é uma palavra surgida do latim (inter esse ), que possui como significado ser ou estar entre vários.
Nossos interesses possuem existência de acordo com diversos entre os integrantes de uma determinada sociedade. Alguns se realizam e outros até se reforçam, outros se conflitam e se contrapõem. Precisamos considerá-los de um modo ou de outro, principalmente aqueles que se conflitam.
Quando não é possível a realização de todos, devido a existência de interesses conflituosos, é evidente que se prevaleça aqueles interesses que valorizem o bem estar do ser humano e valorização de vida.
" As coisas do interesse de todos quase sempre não interessam a ninguém".
(Millôr Fernandes, A bíblia do caos)

É importante considerar que em todos os meios da vida existem pessoas que são éticas e aquelas que não são, de maneira que todo o estudo, positivo ou negativo, fornece como conseqüência impropriedade ou injustiça em relação a muitos integrantes da sociedade.
Não podemos esquecer que vivemos no Brasil e que aqui, assim como vários países, existe crise de valores éticos, conseqüência do individualismo e da rivalidade levada a situações extremas, das desigualdades sociais e também do consumismo.
A história nos mostra que em todos os tempos houve fases com maior ou menor valorização dos fatores relacionados ao comportamento ético. A diferença a ser destacada é que, na atualidade, os meios de informação e comunicação fornecem a circulação mais rápida das notícias e sua informação por um número de indivíduos espalhados por todas as partes do mundo, e por algumas circunstâncias, algumas notícias mais propagadas são consideradas mais edificantes. Pelo menos, devido a falta de provas contrárias.
A partir do momento em que todo um grupo é julgado, tendo como referência uma parte de seus membros, e, nesta ocasião, referimo-nos àquela que é caracterizada como antiética, algumas explicações são: essa parte é muito expressiva em quantidade; apresenta maiores qualidades em relação ao resto do grupo, ou seja, representa a cúpula dirigente, o grupo mais destacável, a liderança; representa maior alvo de interesse por parte dos meios de comunicação.
Diante do exposto, temos uma responsabilidade muito grande de cuidar sempre nossos atos éticos individuais, observando aqueles do grupo social que nos compõe.
De acordo com a revista: "Mundo Jovem"- nº317- Junho- 2001- Ano XXXIX-Porto Alegre- página 9, temos um texto que trata da ética na política.
Primeiramente, ética existe nos dicionários como parte da Filosofia que estuda os valores morais, e os fundamentos relacionados a conduta humana. Representa uma ciência normativa que nos dá base para o estado da filosofia prática. Representa os princípios morais que estuda as maneiras de se proceder em uma determinada profissão. Ética social: representa a parte prática da filosofia social, que fornece-nos as normas para as adequações a serem feitas nas relações entre os integrantes da sociedade.
Esta definição sintetiza claramente a essência da palavra ética. E se utilizássemos o conceito que se desenvolveu através dos estudos de Aristóteles, em sua obra "Corpus" ou na obra de Spinoza "Prática política", certamente teríamos a certeza de que os princípios básicos que determinam o processo político teriam as ações a serem feitas através do interesse público, nunca por um desvio de conduta.
Os tempos evoluíram de forma assombrosa, a evolução que teria como objetivo a transformação moral dos homens e mulheres tem sido vista como uma ameaça. O capitalismo desenvolveu inúmeros consumidores ao invés de sujeitos. A partir disso, as relações sociais não estão especificadas nas relações com pessoas, mas sim com objetos.
Desta forma, tudo vale, a compra de votos de parlamentares com o intuito de segurar uma determinada proposta da emenda constitucional que permitiu a reeleição do presidente da República, favorecer uma determinada empresa americana, ao invés das nacionais, no estabelecimento do sistema de vigilância da Amazônia (Sivam), tirar 40 bilhões de reais dos cofres públicos com o intuito de salvar banqueiros falidos, desvalorizar a moeda nacional para favorecer a vários bancos, usar restos de campanha para construir patrimônios individuais, fazer de tudo para que os esquemas de corrupção não sejam averiguados e punidos.
Esta é a posição que o processo político, ou melhor, os integrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário usam como molde para a população, em geral, sendo que a maioria é pobre, vivendo com poucas condições de dignidade.
E esta população ainda exige conduta ética adequada, não se aceita repressão, rebeldia ou ameaças. É muito complicado defender uma posição ética neste mundo em que vivemos, ainda acreditamos na utopia de que ainda é possível que se crie um novo mundo, confiando na juventude, mesmo que estes jovens estejam subordinados ao consumismo, eles ainda têm a capacidade de exigir uma posição por parte de seus membros de uma ação ou posições baseadas na ética. É a juventude que possui o poder de estudar e analisar suas atitudes, sua conduta de acordo com as relações sociais, de forma geral. É obrigação de todos acabar com a lógica do vale-tudo, que fragmenta, acentua desigualdades e afasta a sociedade, aos poucos, da noção de postura baseada na ética positiva e coletiva que direcione a sociedade para um mundo justo, igual e solidário para todos os integrantes humanos.
Problemas fundamentais segundo o livro "Filosofia Moral"- Jacques Maritain- página 82, afirma-nos que a ordem dos valores éticos, a ordem relacionada aos fatores morais, mostra-nos um exemplo de ordem individual autônoma e irredutível, que se finda a si mesmo. Igualmente como a ordem estética, tendo razões bastante diferentes, e de forma contrária, a ordem moral, a ordem ética, refere-se do homem: não considerando o homem como centro cognoscente, mas sim como sistema de referência individual no processo de determinação dos valores, o homem é um agente livre de acordo com uma seqüência individual de valores estabelecidos tendo como referência um centro, a razão.
Compete ao homem como parte integrante do universo da natureza e da criação, mas também a outro universo, acima do universo da natureza: o universo da liberdade, neste universo da liberdade a sociedade é vista como um todo em relação a Deus e ao mundo, e cada um pode ter sua iniciativa individual separando o bem e o mau.
É neste universo de liberdade que as ações humanas são vistas como boas ou más, nesta ordem, o homem pode ou não pode transgredir as regras que compõem a razão da existência.
Uma atitude livre ocasiona uma relação entre o agente livre e Deus, sendo uma relação de ordem diferente da do universo e criação.
De acordo com o universo dos valores morais, os seres humanos vivem de forma firme para Deus e para todo o conhecimento intelectual supremo.
Sabemos que muitas coisas que condenamos são vistas como inocentes e outras são vistas como más. De acordo com o intelecto supremo, nenhuma coisa é considerada mais ou menos boa. O que realiza a distinção entre o bem e o mal moral é a conformidade ou então a desconformidade com relação à razão. A falta moral contraria os propósitos de Deus. A diferença entre o mal moral e o mal físico é que o mal físico é real, não sendo pura aparência, sendo uma aparência relativa do homem como outro cognoscente. O mal moral é aquele em que um mal de um indivíduo representa os dos outros ao seu redor.
De acordo com o livro "Ética moral- Johannes Messener- página50 à 119, diz que a lei natural leva o homem da realidade potencial para a realidade plena. A ética de valores segue a tradição da ética antiga e medieval.
Qualquer sistema ético científico deve realizar-se de acordo com uma análise auto- crítica metodológica.
De acordo com o estudo de ética, ela deve basear-se em dois métodos: o indutivo e o dedutivo.
Quando estamos entrando no princípio da moralidade, não entramos diretamente no estudo dos conceitos metafísicos e teológicos, introduzimos o estudo através de um processo indutivo.
O âmbito da realidade interna e externa possuem contornos bastante amplos.
O principal objetivo de estudo da ética é o comportamento humano.
A partir do momento em que o homem estiver em condições de entender a realidade, ele compreenderá a ordem em toda a extensão da vida individual.
A ética da alta escolástica soube tratar de assuntos ligados a termos referentes a economia- política.
Segundo a "Enciclopédia Barsa", volume 6- 2000,da página115à 116, ela nos afirma que a moralidade subjetiva se revela no plano da intenção. E que a moralidade objetiva surge nas normas, leis e costumes da sociedade.
A metaética trata dos termos designados éticos, das espécies de raciocínios que determinam o princípio ético, ela se aproxima das ciências empíricas.
A sociologia, a medicina, a engenharia genética e outras ciências possuem vários problemas éticos.
Os conflitos éticos são constantes no progresso da ciência, principalmente nas sociedades industrializadas do século XX.
A relação entre moralidade e religião se acentuam no fato de que muitas pessoas acreditam que não há moral sem religião.
O objetivo de determinados códigos éticos é determinar a conduta de determinados membros da sociedade.
Protágoras dispensa os deuses para tentar explicar ética.
Sócrates defendeu uma moralidade autônoma, independente da religião, criada na razão da lógica.
De acordo com Aristóteles, a causa final de todas as ações era a felicidade.
Os estudos éticos ao longo dos séculos nos proporcionaram diversidades de idéias sobre a razão de nossa existência.
As culturas diversificam a ação(o agir). A Filosofia estuda o comportamento. Os critérios para que possamos agir bem são: Felicidade, Liberdade, dever, Vontade, Prazer, Espiritualidade. A ação humana é: racional, intencional, livre, consciente. Temos que perceber as coisas a partir de nossa realidade, em nosso caso, é a realidade Sul-americana sendo esta uma sociedade de exclusão. A sociedade Latino-americana é marginalizada e periférica. A educação é contínua (infinita) e também os conhecimentos. O rosto da pessoa mostra tudo o que o indivíduo possui, nós somos seres sociais e individuais.
É no horizonte do cotidiano que se confirma a ética da Práxis. Ética se aprende.
Não existe como definir ética, a partir do momento em que se coloca características.
Alguns estudos de ética baseados em alguns autores.
Frigotto: trabalha com a ética utilitarista.
Bosi: trabalha com a dialética da colonização.
Patto: Trabalha com a questão da evasão e repetência.
Freire: Trabalha com a pedagogia do oprimido.
Arroyo: Procura reletivizar a escola.
PCN:Trabalha com noções de valores, respeito e justiça.

De acordo com a " Enciclopédia Mirador Internacional-Enciclopaedia Britannica do Brasil Publicações- da página5317à 4323.
SP- Rio de Janeiro- Brasil,
A ética do bem faz com que a moral dependa de Deus.
A ética dos estóicos reconhece na virtude os únicos bens da vida.
Émile Durkhein afirma que cada pessoa vê as coisas sob sua própria vista.
A noção de dever, de viver de acordo com a razão foi introduzida pelos estóicos.
Nas éticas cristãs ocorre profundas alterações nos conceitos de ética, muitas idéias éticas do Cristianismo foram seqüência da filosofia Grega.
A doutrina de Aristóteles pode estar resumida na ética material dos bens.
Segundo os estudos de Platão e Sócrates, não é suficiente que um indivíduo seja somente eticamente bom, mas sim um bom cidadão.
O Renascimento dava a ética um novo valor: dualidade, virtude e vício.
De acordo com Augusto Comte, a máxima era viver para outrem.
Através dos estudos de Kant, muda-se toda a finalidade dos estudos de ética.
Os valores estão juntamente com as coisas e com as pessoas através de processos temporais.
A ética cristã procura estabelecer os padrões humanos de acordo com os preceitos evangélicos.
A maioria dos estudos éticos atuais se baseiam em correntes empíricas baseadas na origem da existência.
A ética cristã veio juntamente com a filosofia grega com relação à vida.
Spinoza afirmava que o homem se eleva da condição de escravidão à liberdade, a partir do momento em que possui consciência da necessidade que vive.
Segundo os estudos cristãos, a ética não é contextual, ela está condicionada pela história.
De acordo com a igreja, diz-se que as ações humanas possuem conseqüências eternas.
O amor e a liberdade dos seres humanos só são expressos a partir do momento em que a ansiedade pelos resultados é deixada para segundo plano.
O nosso comportamento se baseia no futuro e no passado.
O ser humano é determinado por alguns critérios, temos:
Critério Eudemonista: Segundo Aristóteles, o homem parece tender a felicidade como recurso primeiro de sua maneira de agir.
Critério do prazer: É fruto do epicurismo, sendo o contrário do estoicismo, afirmava que o homem vive com o objetivo de satisfazer seus desejos naturais. De acordo com Epicuro, o concreto, o homem é forçado a procurar constantemente o prazer sensível, sendo então, o prazer corporal, o mais alto grau de prazer que se resume em calma, harmonia. O estado de calma diminui qualquer grau de inquietação e insaciedade nas pessoas.
Critério do dever: Tu deves, porque deves, essa expressão apresenta relação com a vida moral e é Kant que sustenta esse critério como princípio de nossas ações, ele é altamente normativo. Neste caso a moral se restringe basicamente aos costumes. O conceito de dever em Kant exige a ação relacionada com a lei.
Critério da liberdade: Segundo Sartre, o homem é aquilo que ele faz, Sartre compreende que a liberdade não possui relações de dependência com outro critério.
Critério da espiritualidade: Considera Deus como ser absoluto de nossas ações, Spinoza é o filósofo que mais defende essa idéia, a livre crença em Deus apresenta um reflexo muito grande na vida moral.
Critério voluntarista: mostra que a essência da vida é a vontade. Querer é poder, representa uma idéia básica do senso comum. A interpretação da ética se baseia emdois pontos: o forte e o fraco.O homem fraco caracteriza-se por confundir virtude com humildade.
Critério da Alteridade: mostra as ações através do outro, muito defendido por Enrique Dussel e Emanuel Levinas. A vida das pessoas são determinadas por suas situações sócio- econômicas. O rosto representa a manifestação, a alteridade entre duas pessoas, a provocação, sendo, em resumo, a interpretação visual da personalidade das pessoas. O rosto determina a história do ser humano, repleta de fatos passados, presente com vista a um futuro mais promissor, o pedido de justiça, paz, amor e ternura. O principal desejo do rosto é a luta por justiça.
A ética pode ser definida como um comportamento. Atualmente o que está na moda é falar de estética. O ser humano quando vai agir, tenta trabalhar a ética, ela já está definida na produção do conhecimento. Enquanto seres humanos precisamos de estar definindo normas e regras. É dentro da perspectiva filosófica que iremos definir realmente a ética( discutir). Os filósofos irão tentar definir os conceitos e definições de ética, mas não a definição completa.
Abordagem conceitual: Na origem da palavra ética, a questão ética já era publicada. A Grécia, em sentido filosófico, era altamente aristocrática, existia existia uma grande aristocracia fatos filosóficos relacionados com a Matemática , Física. O comportamento é um caráter, e engloba a questão da personalidade. Os animais têm ética, está mecanizada. A ética é um pedaço de poder. O pouco que nós sabemos é porque temos que saber, e temos condição de discutir qualquer assunto com outra pessoa, temos que Ter segurança de vida, se temos uma posição para qualquer coisa, podemos definir qualquer assunto. O homem foge de todas as regras de segurança. Spinoza é espiritualista. Não se pode discutir ética sem falar em religião. A atividade de desenho do homem pré- histórico é uma atividade altamente religiosa. Estética é forma de conhecimento. Jesus deu uma grande lição de ética. Precisamos saber que o desequilíbrio faz parte de nossa existência, precisamos dele para nossa evolução.
De acordo com RUSS. Jaqueline- Os conceitos, os filósofos,1850 citações. Tradução: Alberto Alonso Munos. São Paulo: Scipione. 1994, A ética está ligada a normas e costumes, estamos em crise de valores, mas não crises de costumes. A moral está ligada aos costumes. O ser humano é residência, lar, e este lar está em crise de valores na atualidade. O ser humano é uma residência desequilibrada. Então, a ética é um comportamento moral, um costume. Existe coisas na vida que são incontestáveis. É incontestável dizer que não há a existência de Deus. O papel da Filosofia é fazer indagações. A filosofia se subdivide em consciência humana, consciência proposta e consciência filosófico/ social. Na consciência proposta temos a consciência educacional, política.
A consciência filosófica define o homem, segundo a idade média, segundo a Idade Média, o homem faz parte da natureza. Na sociologia, a ética define quem é o ser humano.

Dentro da sociologia, temos a: Pedagogia, Medicina e religião. A sociologia vai sistematizar a concepção de ética. O comportamento é o modo de agir, de conduzir o meio social, dentro da sociologia, o comportamento é individual( único). Dentro do comportamento individual temos: o ato humano e o ato do homem.
Ato humano: coletivo( universal).
Ato do homem: individual.
A cultura é regional, para entender ética é preciso entender a diversidade de culturas. A divisão de ética não é metafísica, mas sim, antropológica. É dentro da antropologia que iremos definir o outro( o próximo).
A antropologia é o estudo do outro que provém essencialmente do meu "eu". As mortes não estão na periferia, mas sim no centro, os indivíduos da periferia matam os do centro. Na ideologia religiosa, as pessoas sofrem por uma ética. Não somos superiores enquanto elementos éticos de comportamento. O que indica a ação de um animal ao não é a ação de seu cérebro. A produção desta ação é devido ao ato alimentar. Existe uma dependência muito grande entre os animais, não há uma morte intencional entre os animais, mas sim, por uma disputa. Na Filosofia, diz-se que o nosso ato é racional e é medido pela liberdade estudando-se os desequilíbrios individuais.
A ética tem uma linguagem harmônica perfeita sobre a natureza. O computador é capaz de detectar os pensamentos humanos. A ética mínima é a administração da vingança, o animal não administra a vingança. O indivíduo mais estranho é aquele que chama o outro de estranho. A pedagogia é um canteiro de disciplinas. A educação é uma instância mediadora dos processos sociais. Educar é auxiliar entre: o caos e a violência). A Pedagogia, Medicina e Religião determina o comportamento. A ética mínima aparece( no caos e violência). O ser humano precisa ter regras e critérios. A ética mínima é a administração da vingança. A moda humana é falar de estética. O comportamento inicia-se dentro da Pedagogia, da Medicina e da Religião. Dentro da sociologia temos algumas teorias que se aproxima da ética. Duas características da ética: ( tradição: sociedades tradicionais, tradição: sociedades modernas).
O comportamento se baseia em um projeto qualquer, as famílias vivem através da tradição. Na Grécia, era o chefe que impunha as éticas mínimas, porque o comportamento estava baseado no chefe. Na Grécia predominava-se a aristocracia, pois sabemos que fazemos as coisas por causa de Deus, sempre pensando em Deus. Nossas tradições são feitas por instintos de nossos projetos. A ética é marcada pela ciência, pela tecnologia, pelo trabalho competente. A religião católica tinha como fundo filosófico "Deus". O ser humano, em geral, não se liga pela tradição, mas sim pelo projeto.
A igreja católica vive de tradição, mas se acontecer um problema muito grande, a tradição não possui um sustentáculo para resolver os problemas, a igreja católica encontra-se em decadência,b ela não possui mais os princípios da Idade Média, ela tem procurado renovar-se, na Idade Média, as bruxas eram as mulheres que queriam mostra o seu valor.
Pespectiva Filosófica, de acordo Dom os estudos de (Dussel,1994:12), Dussel faz uma concepção de mundo marginalizado( realidade). A Grécia era altamente aristocrática, a maioria de seus filósofos vieram da periferia. A filosofia inicia-se com imperfeição de conhecimento. A nossa realidade pedagógica é marginalizada. O nosso comportamento é típico e distinto. O ser humano iniciou-se pelo Pathos. O ato político, econômico, social e cultural é racional, livre, mediado e intencional.

O comportamento é adequado para se adquirir um fim e uma meta. As guerras são de ordem cultural. A ética enquanto ciência humana, busca estudar a humanização e suas modificações sócio- culturais. A ética é a ciência da reação, mas tem modificações sócio- culturais, A ética é a ciência de reação mas tem a Praxis, que é uma reação contra a ação.
O homem é um feixe em estado de fazimento.
A Matemática estuda a lógica, a psicologia estuda a mente, a filosofia estuda quem é o ser. O homem tem consciência daquilo que faz, o homem é um ser culpado devido ao fato dele saber o que faz.
Na verdade, o ser humano não possui liberdade nem para nascer. Quando respondemos alguma ação, corremos o risco de receber um comportamento autoritário para nós mesmos. Existe um fim para nossa sociedade? Viver é vida. O amor enquanto ciência é o poder, o não julgar. O homem é um ser duplamente inteligente, ou então, duplamente demente. Os seres humanos tem que aceitar sua vida da forma como ela é. A nossa beleza não é física. Só podemos definir comportamento através de critérios, ninguém é feliz eternamente, existe apenas momentos felizes. Não podemos definir completamente que comportamento é o processo de refazimento, ou melhor, fazimento do homem. Felicidade é o homem realizar o seu máximo grau evolutivo na plenitude maior. Os seres humanos fazem as coisas porque fazem quando se trata de ação do ser humano por dever e não por felicidade. Dentro do inferno tem que haver uma responsabilidade. O ser humano pode Ter medo de tudo, mas não pode ter medo de sua existência, sua responsabilidade. Segundo Sartre, " A ação é determinada pela vontade existencial ".
Enfim, de acordo com minha concepção pessoal, a humanidade precisa reconhecer que não podemos continuar vivendo períodos de desavenças religiosas, pois todas as religiões possuem valores morais a serem ensinados à humanidade, o autoritarismo político não pode permanecer em nossa sociedade, pois ele reprime a capacidade de expressão das pessoas, porque todos nós somos responsáveis pela construção de um mundo soberano, onde todos possam ter valores sociais determinados, todas as pessoas tem um dever a cumprir no campo social , a sociedade necessita de disciplina moral, precisamos tomar providências rápidas para a resolução do problema relacionado ao fanatismo religioso, porque este fator é responsável pela queda da nacionalidade entre as nações, é preciso, também, que se resolva problemas relacionados ao campo econômico, sendo que este é o grande responsável pelas desigualdades sociais humanas, é preciso, então, que a sociedade tenha auto- estima, reconhecendo que a situação sócio- cultural humana, na atualidade, é representa um fator agravante que coloca em evidência a soberania entre as nações, ninguém sabe se teremos a terceira guerra mundial, em geral, minha opinião pessoal quanto à questão ética é que a sociedade atual encontra-se em crise de valores, isto é efeito do desenvolvimento tecnológico e científico, influenciado pelo sistema capitalista, que pouco se preocupa com o desenvolvimento dos valores sociais humanos.
Em termos gerais, não há como negar a elevada importância moral deste trabalho para o aprendizado moral dos homens. No entanto, percebo, ainda, a profunda ignorância moral das pessoas, pois este trabalho mostrou-nos o quanto o mundo possui condições eficazes de realizar sua reforma moral.
Percebemos a importância de passarmos a compreender que as religiões precisam se unir para formar uma só base para os estudos teóricos e práticos da ética, principalmente no campo social, onde a ética engloba questões ligadas à raças culturas e crenças diversas.
É preciso acabar com o fanatismo religioso, principalmente entre as nações árabes, pois as guerras religiosas só contribuem para a quebra do Estado democrático, pois sabemos que os países precisam de leis, estas são seguidas pela população.
O campo educacional é a raiz para se realizar um estudo aprofundado de ética com os alunos, o que não tem sido feito pelas escolas, que procuram trabalhar conteúdos que pouco contribuem com o desenvolvimento social dos alunos.
Devemos compreender que a ética está ligada à questão da interação humana, no estudo de ética deve-se levar em conta o caráter sócio- histórico e social da humanidade, sabendo que a linguagem é o principal mecanismo de interação humana.
Em nossa sociedade, temos várias regras a cumprir, pois reconhecemos por este estudo que a ética moral é o caminho fundamental para um destino mais digno e democrático da sociedade humana, pois ela nos fornece bases para compreendermos, através de estudos ligados à Filosofia e Psicologia, o sentido de nossa existência, de onde viemos?, o que somos enquanto seres sociais?, para onde vamos?, enfim, são perguntas que fornecem bases para um grande estudo científico com o intuito principal de tentar definir os principais caminhos a serem percorridos pela ética no universo individual das gerações vindouras.

Biografia do autor

Murilo Braga Silva, nascido no dia 10 de Maio de 1981, em Ribeirão Preto- SP, estudou no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora até os seu 14 anos, vindo posteriormente, juntamente com seus pais e irmãos para Jataí- GO, matriculando-se na 8ª série no Colégio Estadual Nestório Ribeiro em 1996, sendo este um ano bastante conturbado na vida do autor, pois ele percebia que seu futuro estava na literatura, acaba perdendo o ano por problemas ligados a sua necessidade de aprofundar-se na literatura, mas a partir de 1997 ele retorna às suas atividades escolares, termina o ensino fundamental e faz o 2ºgrau nesta mesma escola, em dezembro de 2000 presta o processo seletivo para o curso de Letras na Universidade Federal de Goiás, sendo aprovado, a partir de 2001 inicia algumas publicações no Jornal Folha do Sudoeste, em 2002 Murilo Termina o seu 1º livro e espera usar sua existência inteira para o trabalho espiritual, buscando trazer mais cultura a toda sociedade. Atualmente Murilo Braga escreve também para o Jornal "Comunique-se, cujo site é: www.comunique-se.com.br.

Foto de GotaDeAmor

" Eu Queria Ser Uma Flor "

Eu queria ser uma flor ! ...
De todas elas ...
" Tulipa "
Flor linda que tanto Amo ...

Se não pudesse ser a " Tulipa "
Quem sabe, ser uma " Rosa "
Ou talvez uma " Orquidea " ...
Seria igualmente Formosa ...

Eu queria ser uma Flor! ...
Ser igual a todas elas ...
Ter de todas o perfume
Despertar imenso Amor ...

Ser " Tulipa " , " Rosa " ou " Orquidea " ...
Ser mesmo das três , uma Flor
Rodeada por todas as outras
Por onde passasse, criasse
Paixões, Amizades, Amor ...

Eu queria ser uma Flor! ...
Para espalhar meu perfume
Penetrar nos Corações! ...

Queria ser a " Tulipa "
A " Rosa "
A " Orquidea "
Todas as " Outras Flores " ! ...

Mas não sou ! ...

O conjunto de todas elas,
Sou apenas a " Tua Flor "
Dei-me a Ti eternamente ...
Entreguei-te meu coração ...

Sou a " Rosa " ... Teus Espinhos ...
Sou a " Orquidea " ... Tua Dôr ...
Sou em todas as " Outras " ... Tua Amiga ...
Sou a " Tulipa " ... Teu Amor ...

Sofia Rodrigues
(9 de Junho 2006)

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