Três

Foto de Ana Botelho

AMIGO É MESMO PARA SEMPRE

AMIGO É MESMO PARA SEMPRE...
Passar a infância no interior do Estado do Rio de Janeiro, com vida pacata, bucólica, como tantas outras crianças, que ali puderam conhecer a simplicidade e aprender o amar a essência que existe em cada ser humano, fez, definitivamente, a diferença para mim.
Quando chegava a época da adolescência, tínhamos que estudar das formas mais estranhas possíveis, ou saíamos para longe, em casas de parentes e amigos, ou ficávamos em sistema interno, em instituições particulares para jovens. E foi lá, justamente às margens do rio Paraíba do Sul,que conheci alguém muito especial, com uma gama de características incomuns, que vieram de encontro às minhas. Tornamo-nos grandes cúmplices em assuntos relacionados a poesias, músicas e a tantas outras afinidades, que só mesmo quem conseguiu se harmonizar com a natureza rústica e intocada, poderá entender o que preencheu cada minuto dos anos que lá estivemos. Uma lástima não termos guardado tantos poemas e registros que fizemos de situações inusitadas e muitas vezes até cômicas, ou trágicas...
À tardinha, quando ficávamos, as minhas amigas e eu, no pátio do referido internato, chovia aviõezinhos e outras dobraduras, com recadinhos carinhosos, através do gradil de madeira, que cercava o nosso espaço físico. Eram poemas lindos e bem trabalhados, que voavam do Clube de Futebol, onde os atletas da cidade treinavam( acho que até muito mais vezes que realmente necessitavam...rsrsrs). Aos fundos do internato, ficava a tal estrada fluvial cheia de corredeiras, que o meu especial a conhecia em suas detalhadas curvas, de tanto ir e vir entre remos e nados.
Chegara a época do vestibular, nos separamos... Os anos se passaram e cada um seguiu o seu curso natural, assim como as águas do velho Paraíba, que a tudo assistiram, mas foi observando o curso do rio, suas voltas , as pedras e as quedas, que aprendemos ver em nossa vida, para que servem e como elas nos colocam, a cada momento, diante dos nossos afins.
Como é bom ter isso tudo na lembrança e sentir agora as mesmas emoções, tal qual aconteceram.
Sempre apareciam notícias ou comentários saudosos e conjecturávamos onde estaria cada um morando e se ocupando do quê.
Os filhos nos chegaram e o tempo, senhor implacável e poderoso transformador da vida, atingiu a muitos com os seus sacodes, testes e até resgates desafiadores. E mais uma década se passou...Eu, a essa altura, já me encontrava cuidando sozinha de três filhos, que tinham entre seis e dez anos de idade, quando numa linda manhã de sol, o interfone tocou e o porteiro anunciou o nome do meu amigo tão lembrado em minhas constantes horas de poesias e divagações...cujo arquivo mental veio à tona imediatamente, era aquele companheiro do passado, que com um calhambeque ou uma vespa, percorria toda a distância entre as nossas cidadezinhas em estradas de terra, para nos vermos nos finais-de-semana, ou para passarmos as tardes e as domingueiras no clube onde nos dias que não tinham "feira", era um cinema de piso em declive, terrível para dançar, mas que achávamos tudo de bom (afinal, era aquele o nosso mundo e que mundo maravilhoso...) Respondi ao porteiro , entre palpitações e descompassos respiratíorios, que ele subisse, momentos preciosos esses... Estávamos de saída para a praia e ele achou ótima a idéia, só que não havia sequer uma sunga de adulto em minha casa. Brinquei, oferecendo uma das peças dos meus biquinis e foi com uma naturalidade ímpar que ele aceitou e se pôs a escolher ... Fui cuidar dos meus filhos e o deixei à vontade. Ao chegarmos à prainha de Itaquatiara em Niterói, nos acomodamos , cadeiras, cangas, brinquedos, foi quando ele tirou a roupa , fez alguns alongamentos e partiu correndo na areia com as tirinhas laterais se agitando ao vento ( só faltaram as bolinhas amarelinhas...rsrsrs).
-Olhem só, dizia eu aos meus filhos naquele instante, esse é um amigo de alma pura, tanto, que nem está aí para o que possam pensar ou falar dele com essa roupa esquisita, se dedicou à psiquiatria por entender a vida sob a ótica do amor.
Rimos muito e ele, definitivamente, caiu nas graças dos meninos também.
Hoje, como se tivéssemos planejado, moramos no mesmo balneário, num remanso onde a natureza, sempre presente, nos brinda a todo instante com uma vida iluminada. Ele é um respeitado profissional e excelente escritor e eu uma sonhadora incorrigível, entre os meus poemas, pinturas e leituras sem fim, mas conservamos ainda os traços que nos uniram: os versos e os "causos" do cotidiano. Quando nos encontramos, rimos muito ao falarmos do passado. Valeu à pena tudo o que aconteceu...
E ao ouvir, em qualquer ocasião, citações como " de médico , poeta e louco todo o mundo tem um pouco", imediatamente, a minha mente passa a caricaturá-lo como agora faço, aqui, em palavras de carinho a você, Zeus, meu doce amigo e parceiro pela eternidade...

Foto de Dirceu Marcelino

O MAR - Meu salvamento - DUETO - VANESSA BRANDÃO e DIRCEU

(Vanessa Brandão )
Em um lado deserto
Daquela linda praia.
Sentada na areia,
Admirando o mar,
Avistei alguém dentro dele.
Que tentava sair,
Mais não conseguia
O mar que antes estava com as ondas tênuas
De repente se tornou agressivo.

Ao olhar bem percebi que era um lindo homem
Tentei pedir ajuda
Mais não havia ninguém
Fiquei sem saber o que fazer
E mesmo que eu quisesse
Não poderia salvá-lo
Pois não sabia nadar.

Me vi enloquecida
Pois queria muito ajudar
E nesta hora lembrei
Que existia em mim
Uma força muito poderosa
A fé em Deus.

E foi nela que me apeguei
Para retirar o homem do mar
Aquele homem que estava desesperado
E que aos poucos perdia as suas forças.
Percebi que as correntes marinhas,
Formavam um círculo na baía,
E com os braços fui indicando
E ele foi nadando,
De acordo com aquela orientação.
Foi da praia se aproximando
Até que no local em que as ondas se quebram
Seu corpo já entregue foi levado
Por uma das grandes ondas

Que o jogou na areia

Justamente aonde eu me encontrava
Olhei pra baixo e lá estava ele
Aos meus pés desmaiado...
Mas vivo...

(DIRCEU)

Poderá parecer mentira,
Um sonho de pescador
Ou delírio de um caipira.

Mas, foi realidade
Eras ainda uma menina,
Mas alguém como tu
Vi sentada na areia da praia,
Observando o mar de longe.
Estendi a minha esteira
Na areia.

Queria chamar-lhe atenção:
Fiz algumas flexões,
Olhei-a mas ela não me via.
Não deu bola.

Adentrei na água,
Passei os arrebentos das ondas,
Mergulhei.

Virei-me ná água
Não sei mais se ela me via
E aos poucos fui adentrando
Mar adentro.
Sempre eu fazia isso
Ia até o farol.

Mil metros, para um jovem
Na época era pouco.
Mas naquele dia,
Não percebera por encanto
Que o mar estava tenebroso
E fui adentrando,
Adentrando...

De repente
Vi que tinha passado o farol,
Era hora de retornar,
Desvirei-me do nado de costas,
E dei algumas braçadas.

De três ou quatro,
Avançaria dois metros,
Mas naquele instante recuei um metro.
Mais quatro ou cinco braçadas,
Avancei meio metro.

Ah! Já fiquei desesperado.
Olhei ao ser erguido por uma onda
Para a praia e vi ao longe só aquela morena.

Não podia gritar,
Nem adiantaria
O marulho do mar era intenso
E então fiz alguns gestos,
No padrão do S.O.S.

Noutro levantar das ondas
Vi que ela desesperada
Levantou-se da areia
E virava a cabeça para todo lado,
Talvez, pedindo ajuda,
Foi quando percebi.

Ela me fazia sinais,
Com os braços,
Em círculos
E comecei
Então,
A obedecê-los,
Seguia a corrente d’águas,
Que eu não podia vê-las
Tantas eram as fortes ondas.

Mas, com certeza, ela as via de longe
E assim, confiei nela,
E atendendo suas indicações,
Comecei a avançar,
Dois metros,
Em forma de um semi-círculo,
Dez metros,
No sentido dos ponteiros do relógio,
Cinqúenta metros,
E via a medida que avançava
Em cada onda que me erguia,
Que ela me seguia,
Andando pela praia.

Passei o farol,
E sempre em círculo,
Seguindo suas indicações
Fui avançando,
Quinhentos metros
E, já podia ver
Que para trás o farol foi ficando
E fui avançando,
Novecentos metros,
Até quando
Sentia
As ondas me elevando,
E quando passavam
Meus pés ia roçando
A areia do fundo,
E não sei quantos metros
Faltavam.
Mas já era praia
E continuei,
Remando...
Não sei
E
Só acordei,
Recobrei os sentidos
Quando a minha frente vi duas pernas
D’uma linda morena e
Ela me olhava
Sorrindo.
Vivi.
E vi que ela caminhou vários quilometros
Pela areia da praia
E foi assim que me salvou.

Se não fosse ela,
Não estaria agora aqui poetando

Por isso te peço, continues,
A vida é assim...

Até hoje agradeço a Deus!

NB. Ontem indicastes o caminho,
Hoje poderei indicar o teu
E, aqui temos muitos amigos,
Vamos nos encontrar
Na Escolinha da Fernanda. Uai!

Foto de DAVI CARTES ALVES

A TIMÍDEZ DE MARIA CLARA

Maria Clara?
Já lhe perguntei três vezes anjo de mel?
E você me balbucia tão baixinho

Por quê põe as mãos
nesses lindos lábios nacarados ao sorrir
escondendo um paraíso de diamantes de neve?

Olhe nos meus olhos Clarinha
Saia de dentro de si mesma
Quão introspectiva nesse olhar distante, fugidio
Ora, absorta a afagar devaneios quiméricos de amor
Ora, extraindo a prova real de mais um dissabor

Por favor!
fala comigo Maria Clara
Quero tanto ouvir sua voz maviosa,
Que transpassa a alma como uma colcha sedosa
porém tão escassa como o cometa Haley

Voz que quando surge, musical
Parece adoçada com três colherinhas de açúcar
E só meia de sal
Mas que quando finda
Submergi minha alma novamente,
na acidez do Kalahari,
a matizá-la num silêncio tão down

Oh Clara, solta só uma vez
Essas lindas madeixas
Represas teus encantos por puritanas presilhas
Quem sabe elas não abrem também, suas algemas d’alma
Mostrando-me um pouco mais, a graça e a faceirice
Da tua Alencarina Cecília

Oh Clarinha
Clareias com tua doce timidez
minha alma taciturna, sombria
erma dos teus comezinhos afetos
onde sonho com passeios efusivos entre flores e prados
e acordo nos belos jardins
dos teus lindos vestidos transpassados
entre mares & mares de abetos

Clara, por que suas amigas dizem hibernar
Sob os melífluos remansos da tua alma
Etnas, Vesuvios e Katrinas?
E tu extrai a cada novo dia
meigas, lindas e ingênuas meninas??

Maria Clara?
Fala comigo vai?
Clarinha?? ...

" O queee?????!!!!!
C parece que é do F.B.I
Quanta pergunta melosa Davi....
Sai, sai daqui!!! "

Tudo bem, deixa pra lá Clarinha....

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUANDO O AMOR SE VAI"

“QUANDO O AMOR SE VAI”

A vida fica sem graça...
A comida não tem sabor...
Faz de tudo, mas a tristeza não passa...
Chega quase a morrer de dor!!!

Não consegue ainda entender...
Que não perde o que não tem...
Demora muito pra se convencer...
De que não tem mais aquele alguém!!!

Os dias que passam são tristonhos...
O quarto escuro é o único companheiro...
Passa por momentos exageradamente medonhos...
Chega as raias do exagero!!!

Briga com todos amigos...
Pensa até em sair do emprego...
Não tem mais casa, só tem um abrigo...
Só tem a Campânia do fiel travesseiro!!!

Mas ao acordar um dia...
Percebe que não morreu...
Sente por dentro uma enorme euforia...
Daquele amor já se esqueceu!!!

Toma um bom banho e faz a barba...
Engraxa os sapatos e se veste bem...
Vai pro trabalho com um sorriso na cara...
É o primeiro dia que se sente bem!!!

A noite sai com os amigos...
Dança até as três da madrugada...
No dia seguinte é só sorrisos...
Sua rotina esta restaurada!!!

Foto de ivaneti

Carnaval

Carnaval...

È mais um Carnaval...
Eu estou aqui sozinha novamente
Fico me vertindo de toda essa fantasia!
Sou mais uma Colombina em busca de um Pierrot
Amando, e desvairada no êxtase da loucura
Noites de ilusões! momentos de devaneios!
Corpo! vida! alma! tudo se confunde
Apenas fantasias,
Sonhos perdidos! sono escassos no tempo!
Tristeza companheira da solidão
Depois de três noites consumidas!
O vazio é o meu café da manha!
Ivaneti

Foto de ek

desejo de colorir o céu

Venha meu amor, vamos aproveitar este momento, esta insóbria realidade do agora que podemos presenciar, deste céu negro sem estrelas, restam aquelas três ainda, três pontos de luz que a fumaça inda não tapou. Venha meu amor, vamos voar pela janela, desta janela do segundo anda e decolar, e atravessar este céu negro, colorindo, fazendo estrelas, nuvens e uma lua gigante e amarela.

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO - VI - A PAIXÃO COMEÇA SE TRANSFORMAR EM AMOR

Sóis Rosas!
Porque choras?
Será por amor, ciúme ou paixão?
Alguns dizem que esta
É própria da tenra idade,
Outros que é uma volúpia,
A eclosão
Erótica.

Mas, tanto uma como a outra,
Geram-nos muita dor,
Aquela pela falta de excitação,
Esta pela emoção,
Da saudade...
Da ternura...

Ambas, provocam-nos lágrimas,
Lágrimas que saem do fundo
D’alma.

Algumas provocadas pelo ciúme,
Ciúmes por nós provocados
Ou daqueles que provocamos.
Estes são espinhos
E como Rosa
Tu sabes!

Quantas vezes provocastes
C i ú m e s.
O que lhe dói mais,
O ciúme que provocaste
Ou que agora sentes!

Aiiiii Eu sei:
Ambos doem
Mas são diferentes.

O ciúme
Pode ser um único pingo,
Que eclode
E se respinga em inúmeras
Gotículas.

Podem ser “Dois pingos singelos”
Que caem na primeira ausência,
Quando queríamos a presença,
Da pessoa que nos dá alegria
E que nos inspira
A fazer poesias.

Podem ser três lágrimas,
Que caem ao som de uma música
Em um “Dom..., Dem... Dim....”
De um piano mudo,
Que toca,
Mas só nós ouvimos,
Ninguém mais...

Pois, este é o som do
A m o r
Em que se transformou a
Paixão.

Vedes as pétalas da Rosa
Que deixaste
Cair
Uma
a
uma.

Achas que não podes
Fazer nada

Mas pode,
Sim chores...
Pois, também, fizeste alguém chorar.

Por isso todas as roseiras têm espinhos,
Espinhos que às vezes perfuram o coração,
Dos que te apanham
Mas, também,
Espetam-te,
Fazendo que gotículas invisíveis se soltem
Como emanação da alma
E conforme se condensam
Torna-se de lágrimas em

"Pingos de Paixão".

Os Respingos desses pingos,

Atingem outros corações

E por uma obra do destino,
Ainda para ti retornarão.
Em forma de um
Amor sublime
A iluminar teu
Coração.

Foto de MarinaGRC

Peter Pan

Mas se você quiser voar,
Venha eu vou te mostrar.
Mas se você quiser saber,
Talvez eu possa dizer.

Se o seu mundo não é normal,
O que importa se a vida real
Ou fantasia pode ser,
Se quem faz sua vida crescer,
Simplesmente é você,
Fatalmente é você.

Momentos de alegria,
Coisas que ainda não via.
Seres talvez alados,
Talvez bizarros,
Mas tudo depende de você,
Apenas você.

Então feche os olhos,
Pense em todas as maravilhas do mundo,
Multiplique e vá ao fundo,
Você vai ver muita coisa acontecer,
Mas simplesmente é você,
Fatalmente é você.

Eu ainda posso falar de todas as coisas que vi
E vivi
Mas que tal você ver
Só assim possa crer.

Feche os olhos
Agora veja suas maravilhas
Suas alegrias
Multiplique por três
E simplesmente é você
Fatalmente é você.

Foto de Kuem

amores passados

Tem coisas que esquecemos
E coisas que não,
Um beijo, um abraço,
Uma dor no coração.

Aquele dia especial,
Aquela noite envolvente,
Tornando-se banal,
As vezes vago em nossa mente.

Vivo a vida como uma escada
De degrau em degrau,
Aprendendo com meus erros,
Mesmo sendo superficial.

Pensando ter amado
Uma, duas, três...
Mas sabendo que Amor é eterno,
E que ainda não chegou a minha vez.

Foto de ek

Me desculpe meu bem

mas não sei pedir desculpas,
me perdoe,
eu peço uma, duas, admito estar errado, peço três.
mas não me ignore assim, eu não suporto.
exploda, me xingue, me manda tomar no cú.
diga que eu sou lixo, não presto, não valo o teu amor.
jogue na minha cara que me odeia e todas as coisas ruins que faço,
mas não se cale assim,
não guarde este rancor,
não se cale meu bem,
pois não posso te ver assim tão triste,
guardando para si esta dor que deveria ser minha.
não tenha medo meu amor,
não se preserve, não preserve nosso amor,
assim você me mata, destrói meu coração.
minha linda, não faça assim.
minha linda,
bata em mim, me xingue, me odeie,
mas não guarde seus sentimentos,
não esconda seus pensamentos,
eu quero ouvi-los, seja o que for,
mas não faça assim,
não se cale minha linda,
não guarde esta tua tristeza, esta tua dor,
porque ela é minha, ela tem de ser minha,
sou eu quem deve chorar,
deixe para mim o dever de sofrer,
não me proteja, me odeie,
pois este teu medo de ex, explodir, de falar, gritar,
mata-me, me mato, eu morro.
este teu rosto tão lindo, tão quieto, tão triste,
que tanto me ama e se cala
tira meu sono, tira minha paz, me tiram lágrimas.

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