Três

Foto de Civana

Amado Pai

Daqui a exatamente três meses, meu pai completaria 80 anos de vida, mas, infelizmente, nos deixou aos 65 anos, ainda tão jovem. Mesmo não estando mais presente fisicamente, estará sempre em meu coração e nos de todos da minha família! Essa é minha homenagem a ele, exatamente o que gostaria de dizer hoje, e sempre...

"Meu Amado Pai"

Por mais que queira expressar tudo que você representou na minha vida,
não existiriam palavras suficientes e tão belas quanto você!
Com você pude aprender tudo que de mais importante sei até hoje.
Aprendi que devo chorar sim,
mas ter coragem quando o tombo for feio.
Lembra do tombo de bicicleta em Paquetá?

Aprendi que ficar doente nas férias é muito chato,
mas poder ficar com o quarto só pra mim foi maravilhoso.
Lembra que espalhei minhas 50 bonecas de papel no chão?

Aprendi que poderia não ter êxito na primeira prova para uma vaga,
mas saber que você estava lá fora torcendo, foi o melhor!
Lembra do concurso para o Colégio Federal?

Aprendi que nem sempre passamos no Vestibular,
mas receber de você a notícia que passei, na segunda tentativa, foi super divertido!
Lembra da faixa ("CUP"uta que o pariu, você passou!) que colou na minha cama? rsss

Aprendi que falar palavrão é muito deselegante,
mas até mesmo uma dama pode os usar em casos de extrema necessidade.
Lembra do famoso ditado: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?

Aprendi que o momento certo para transar seria escolha minha,
mas, o ideal seria contar um palmo abaixo do umbigo, como zona proibida!
Lembra desse divertido conselho no primeiro namoro? rs

Aprendi que chorar com meus erros e dúvidas, também não é feio,
mas que se tiver que me arrepender de algo, que seja de algo que FIZ!
Lembra que me falou que se não tentasse, nunca poderia saber como teria sido?

A você, meu amado pai, devo as melhores lições da minha vida,
Você que nunca mostrou diferença entre nenhum dos quatro filhos,
sempre carinhoso, amigo, sincero, compreensivo.
Mas no fundo me fez sentir, que fui um presente especial,
uma Rosa, no meio de três lindos Cravos.
Obrigada de coração por todos os anos terrenos que convivemos!
Amo-te muito, fique em Paz...

(Civana)

*
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*OBS: A sigla "CUP", que consta na faixa que meu pai escreveu de brincadeira, é o nome da faculdade para qual passei no Vestibular do Cesgranrio. Ela representava "Centro Unificado Profissional", e ficava no bairro Jacarepaguá. Quando eu ainda estudava lá, foi feito um concurso para a escolha do novo nome, inaugurado nas novas instalações em outro bairro, Lagoa. O nome escolhido foi "Faculdade da Cidade", hoje "UniverCidade".

*Visitem esse post no meu novo blog, adicionei foto do meu amado pai com meu filhote, ainda pequeno.
http://carlaivana.blogs.sapo.pt/
Bjos
:)

Foto de Rose Felliciano

POR QUE LER POESIAS DO SÉCULO XIX?

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Tenho recebido vários recados solicitando ajuda para um trabalho referente à pergunta: Por que ler Poesias do século XIX? Diante de tantos e-mails, preferi responder coletivamente.

É apenas uma pequena contribuição do que foi o movimento literário no século XIX. Aconselho que leiam mais as obras dos autores citados nesse artigo para que entendam mais a respeito da importância que teve esse século para a Literatura Brasileira.

Ressalto que é importante ler Poesias, independente do século ou momento, mas como a pergunta é sobre o século XIX, vamos lá...

Peço desculpas se esqueci de mencionar algum autor ou escritor que você considere importante ou algum fato relevante também.

Toda a colaboração a esse artigo é válida e será bem vinda e gratificante para os leitores.

Importante aos interessados, que não copiem esse artigo em sua íntegra e sim, que esse sirva apenas de uma pequena fonte para o restante de sua pesquisa.

A referência utilizada está no final deste e isso é muito importante. O livro que me baseei para as informações aqui descritas é de uma riqueza enorme para a literatura e foi utilizado aqui apenas um pequeno resumo.

Com carinho,

Rose Felliciano.

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É importante ler as poesias do século XIX, pois marca o período do verdadeiro nascimento da nossa literatura. Nele, enriqueceu-se admiravelmente a poesia, criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se o circuito autor-obra-público, tão necessário ao estímulo da vida literária.

Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, dos atos de D. João VI que tiveram ressonâncias culturais significativas destacam-se: a abertura dos portos às nações amigas; a criação de bibliotecas e escolas superiores; a permissão para o funcionamento de tipografias (de onde surgiu o jornalismo, importante agente cultural do século XIX). Os Poemas do século XIX são vistos como "um ato de brasilidade" pois abandonaram aos poucos o tom lusitano em favor da fala brasileira, ressaltando o nacionalismo.

Contemporânea ao movimento da Independência de 1822, a literatura nesse período expressa sua ligação com a política e com o Romantismo, os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que sobressai um intenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista romântico colocando-se como porta-voz dos oprimidos e usando seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. É o ardente nacionalismo e no Brasil gera o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heróico da terra brasileira.

É um momento também Social onde a poesia deixa de ser apenas um lamento sentimental murmurado em voz baixa para ser também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas, e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade e o protesto contra as injustiças, como declara enfaticamente Castro Alves, um dos autores mais importante desse período.

Na segunda metade do século XIX surgem três tendências literárias: o Realismo, na prosa, e o Parnasianismo e o Simbolismo, na Poesia. O Realismo, que teve início na França, surge no Brasil principalmente em virtude da agitação cultural na década de 1870 sobretudo nas academias de Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamentos e de ação por seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias. Com o desenvolvimento dessas cidades brasileiras surge uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.

O Realismo, em oposição ao idealismo romântico, propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o Realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e a corrupção da classe burguesa.

O Simbolismo vem a recuperar a musicalidade da expressão poética, uma vez que o Parnasianismo destaca a valorização excessiva do cuidado formal, o Simbolismo procura não ignorar as formas, mas apresentá-las “musical e doce”, “emocional e ardente”, como se o próprio coração fosse diluído nas estrofes.

Machado de Assis é considerado o melhor escritor brasileiro do século XIX e um dos mais importantes de nossa literatura. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, a qual ajudara a fundar em 1897. A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis, que procurava ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos das ações humana.

Todo esse ambiente sociocultural do século XIX, influencia de maneira decisiva e muito importante para o florescimento da arte dramática, e, nesse sentindo, não se pode falar de teatro brasileiro antes do século XIX.

Movimentos literários do Século XIX

ROMANTISMO

REALISMO

PARNASIANISMO

SIMBOLISMO

Principais Poetas do ROMANTISMO: Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Franklin Távora, Joaquim Manoel de Macedo, Junqueira Freire, Martins Pena, Sousândre, Taunay.

Principais Poetas do REALISMO: Machado de Assis, Adolfo Caminha, Aloísio Azevedo, Domingos Olímpio, França Júnior, Manoel de Oliveira Paiva, Raul Pompéia.

Principais Poetas do PARNASIANISMO: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.

Principais Poetas do SIMBOLISMO: Alphonsus de Guimarães, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza.

Fonte de Pesquisa: Estudos da Literatura Brasileira – Douglas Tufano- 4ª Edição.

Foto de Graciele Gessner

Saudades Daquele Loirinho. (Graciele_Gessner)

Um dia me apresentaram você, numa festa escolar, em uma cidadezinha muito distante da civilização. Naquele momento nada aconteceu, meu coração não deu sinal de agitação.

O tempo passou desde a nossa apresentação. Praticamente oito meses se passaram e depois me tornei a sua nova vizinha. Estava tão próxima do loirinho que a sua visita se tornou diário. Éramos amigos e confiávamos um ao outro; brincávamos de irmãozinhos, esquecíamos da vida monótona e deixávamos a minha mãe quase louca com nossas brincadeiras. Momentos que não voltam mais. Momentos que não me arrependo. Momentos que serão sempre lembrados.

Lembro como se fosse hoje, a primeira vez que saímos sozinhos. Ambos gostávamos de cachoeiras, de natureza, o aroma do campo, da liberdade. Mas a primeira vez que tive a permissão de sair com você jamais vou esquecer. Você não imagina o resultado que teve em meu coração.

Depois uma rápida decepção. Você saiu com uma amiga que eu presenciei e não gostei. O ciúme bateu, a raiva nasceu e a conclusão me invadiu: nunca confie em homem algum. Por sorte, não era nada disto e fiquei mais calma. Porém fiquei sabendo disto, um mês depois. Até então, chorei e te odiei pela decepção, mas continuei a te amar.

Sei que você jamais entendeu a minha mudança de humor, porque você não sabia do meu amor por ti. E como poderia saber?! Éramos apenas bons amigos, mas você nunca tentou algo atrevido comigo.

Então, depois desta decepção, você me convidou para conhecer a cachoeira mais bela de Benedito Novo (em Santa Catarina). Naquele dia, mês e ano que jamais sairão da minha mente, eu conheci a tão belíssima cachoeira que foi o cenário do nosso amor. O clima era harmonioso, era um dia ensolarado para qualquer travessura. Por sorte, e por susto e medo comecei a escorregar da pedra que me encontrava sentada. Você tão ágil me pegou e me puxou. Colocou-me em seu colo e acabamos nos beijando pela proximidade que tivemos. Um beijo acidental, mas foi um beijo intenso e inesquecível!

Desde este momento você entrou na minha vida para ficar eternamente. Infelizmente a vida nos proporcionou um destino diferente. Acabei terminando o nosso namoro de quase três anos, porque eu tinha sonhos diferentes, ideias distantes da nossa realidade, nossos sonhos não eram compatíveis. O término foi inevitável.

Pelos momentos que passei com o loirinho, posso testemunhar que ele é um exemplo de ser humano determinado, batalhador, negociador; um verdadeiro guerreiro que luta por seus objetivos. Por tudo isto, tornei-me um xérox deste loirinho. Tenho grande admiração pela lógica e objetividade, e por sua inteligência adquirida na escola da vida.

Esta homenagem em tom de mistério um dia o tal do “loirinho” vai ler esta mensagem e vai se emocionar ao relembrar de planos e sonhos que fizemos juntos e não concretizamos. Uma certeza nesta vida, o que tiver que ser será. Tudo que é verdadeiro nem o tempo apaga e nem ninguém poderá impedir. Apenas Deus pode evitar o nosso reencontro.

Obrigada por ter feito parte da minha existência!
Obrigada por ter sido alguém especial na minha vida!
Obrigada por ter feito toda a diferença...!

04.02.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Vanya

Afagos mútuos

Por três dias li e reli vi alguns votos
Agora fico a pensar...
Para atingir seus objetivos, se valem de todos os artifícios?
A política brasileira continua uma vergonha em todos os lugares;


      "...é muito mais um colega de um jogo de afagos mútuos
      ( "eu coço suas costas, você coça as minhas e ambos nos sentimos reconfortados e coçados" ) ou coisa assim.”
      (desconheço Autoria)”.
Foto de Manu Hawk

Um Dia Qualquer... (Conto)

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Um Dia Qualquer...

Sábado/12h30min:
Acordei cansada, mais uma noite péssima, sem dormir tranqüila, insone. No banho, ainda meio lenta, apoiei as mãos na parede, cabeça baixa, deixando a água deslizar pelo corpo. De repente despertei, lembrei que dia era, sim, como poderia ter esquecido? Rapidamente acabei o banho, corri para o telefone, precisava conferir a mensagem na secretária.

13h30min:
Ao ouvir aquela voz confirmando o que queria, deixei meu corpo cair sobre a cama, sorri olhando para o teto. Sim, não errei, era hoje, finalmente nos encontraremos. Fechei os olhos, podia ouvir mais uma vez sua voz, agora ao meu ouvido sussurrando. Seu cheiro gostoso invadia o quarto, era assim que imaginava. Minhas mãos eram guiadas pelo desejo refletido no seu, tantas vezes suplicado, e sufocado. Meus seios intumescidos chegavam a doer, minha mão invadia, brincava e gozava deliciosamente, por você.

19h30min:
Adormeci viajando em você. Acordei assustada, achando que havia perdido a hora. Corri para o banho. Sais, rosas, tudo que tinha direito, um banho delicioso. Ainda tinha algumas horas, três longas e torturantes horas para te ver.

22h00:
O telefone toca. Ouvir sua voz dizendo que estava no aeroporto me acalmou, e deixou excitada ao mesmo tempo. Fui para o local onde havíamos combinado, estava uma noite linda, a praia seria perfeita.

22h25min:
O céu estava maravilhoso, aliás, tudo estava perfeito nessa noite. Sentia o vento gostoso vindo do mar. Caminhava inquieta, passos pequenos, virei, buscava você em cada olhar. Parei, tudo parou, aquelas cenas de filmes, onde somente quem desejamos vem caminhando. Sim, era você, lindo, sorriso gostoso, cabelos maravilhosos, vindo em minha direção.

22h29min:
Nos beijamos loucamente, não havia lugar para palavras. Sentir o gosto de você era tudo que queria naquele momento. Quantas vezes pensei em sentir sua boca, essa dança de línguas, saliva, tesão. Nossos corpos se atraíram igual ímã, como era gostoso sentir você assim, seus braços me envolvendo, suas mãos em minha nuca, cabelos. Uma vontade de matar todos os desejos em um segundo, como se um fosse atravessar o corpo do outro de tanto tesão.

23h00:
Jantar cancelado! Entramos em casa juntos, abraçados, olhos nos olhos, como numa dança os pés seguiam sem perder a direção. Não paramos de nos beijar, roupas caíam lentamente... Meus pés, mãos e corpo te guiavam para a cama. Agora sim, sorri olhando para o teto. Sua voz sussurrava gostoso ao meu ouvido, e seu cheiro gostoso realmente invadiu o quarto. Já vi essa cena, mas não fechei os olhos dessa vez. Quero seus olhos nos meus, sua boca na minha, enquanto, dessa vez, suas mãos é que brincam em meu corpo, me excitando cada vez mais.

Domingo/00h45min:
Fechei os olhos, de prazer e tesão. Sentir seu corpo gostoso, suado, deslizando, invadindo, penetrando foi mais delicioso que havia imaginado. Desejava cada centímetro desse corpo, dentro e fora de mim, incessantemente. Despi-me de pudores e me entreguei aos seus, meus, nossos desejos mais descabidos. Gozamos muito, em mãos, bocas, membros, alucinados e infinitamente!

08h05min:
Acordei cansada, extasiada. Apenas abri os olhos. Essa noite não houve espaço para insônia. Senti sua mão em minha perna, me aninhei em seu corpo, fechei os olhos e dormi novamente...

(por Manu Hawk - 27/06/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Sirlei Passolongo

Um, dois, três .........?

Um, dois, três .........?

Quantos Joãos
Precisarão morrer
Para nosso país mudar...
Quantas Mães
Precisarão seus filhos velar
Para o nosso país mudar
Quantos sonhos
Deverão ser interrompidos
Para nosso país acordar.

E o silêncio de cada brasileiro
Até quando será o único som a se escutar?

(Sirlei L. Passolongo)

Ao Repassar respeite os direitos autorais.

Foto de Dirceu Marcelino

BOM DIA! AMIGAS POETISAS, Musas Brasileiras, Portuguesas, Francesas enfim para todas...

*
* Eu pretendia metrificar este singelo soneto, mas desiste, pois perderia o impulso da minha inspiração que foi feita num flash, ao responder os comentários iniciais de três amigas poetisas, pois naquele instante minha vontade era homenagear a todas:

Ah! Alegria e quanta felicidade
Trazem três grandes expressões
Da poesia representadas por beldades
Como vocês, verdadeiras canções...

Vivas da nobre arte da criatividade
Musas que nos causam inspirações
Dest'arte que em vós têm a representatividade
Destas co-irmãs das duas grandes nações

Como é bom deixar a mão da fraternidade
Estendida pela manhã e emanações
Iguais receber no entardecer da amizade

Fazendo-nos crer que seus corações
Com certeza em quaisquer idades
Estarão aí a nos encher de emoções

Ó Belas Musas Brasileiras e Portuguesas.

Agradecemos por falares a nossa amada língua portuguesa

Obrigado ( O três pode ser aumentado, para quatro, cinco, pois dedico a todas as poetisas, ora representadas nas pessoas de vocês que neste instante me alegram com seus comentários)

Foto de Carlos Lucchesi

Poeta menino; amigo meu

...Desde menino sempre foi calado, quieto; do tipo que sentava na última carteira da sala de aula. Aulas de matemática?...Nem pensar! Seus pensamentos vagavam distantes nestas horas. Geometria era um verdadeiro horror! O que ele gostava mesmo, era ver o velho professor de literatura entrar por aquela porta, da sala de aula. Num instante seu sorriso se abria. Sentava-se ereto na cadeira, como se preparado para um momento especial. Olhos atentos, e mente reflexiva, voltados para o velho mestre. E quando ele começava a falar... Nossa! Não se continha em alegria.

Da última carteira, apressava-se em passar para a primeira, e ai de quem estivesse ocupando aquele lugar! Todos já sabiam: Na aula de literatura, aquele primeiro lugar pertencia ao menino-poeta, como era chamado por todos. O mestre falava e ele ouvia, como se as palavras tivessem algum tipo de mágica e exercessem sobre ele um feitiço inexplicável. O menino-poeta, logo se apressava em anotar tudo no seu pequeno caderno: cada palavra, cada frase. Nada passava desapercebido. Nem se dava conta do final da aula, ficava lá depois que todos saiam. Só mesmo quando alguém gritava: "Vai dormir aí menino?" É que ele voltava de sua viagem do mundo da poesia...
Ir para casa era um desafio: Os olhos pregados em suas anotações desviavam sua atenção dos carros que passavam quase na mesma velocidade que seus pensamentos. Volta e meia alguém gritava: "Quer morrer seu doido?" Com sorte chegava em casa! Lá, como na escola, não tinha muitos amigos. Podia contá-los nos dedos de uma de suas mãos, e ainda sobrariam alguns dedos acanhados. Poucos entendiam aquele menino solitário que só "batia bola" com seus livros.

Seu grande prazer era quando sua mãe lhe dizia: "Escreve menino uma carta pra sua tia". O mundo das letras era estranho a seus pais , mal sabiam escrever seus nomes, e nestas horas, era o menino que pegava lápis e papel, sentava-se em sua cadeira preferida e por sobre a velha cômoda, suas pequenas letras pareciam bailar. Que ninguém lhe chamasse nestes momentos; nem que fosse para comer! Sequer ouvia. Ficava lá envolvido em seus pensamentos.

Tive a sorte de ser um desses seus amigos contados nos dedos de uma das suas mãos. Sempre fomos grandes amigos na infância. Gostava dele pelo seu modo diferente de ser, e de ser capaz de falar comigo até pelo olhar. Eu também não era lá estas coisas que costumam chamar de "normal". Tinha lá meus parafusos a menos!

O fato é que nos tornamos grandes amigos e dos dedos de sua mão, passei a fazer parte do seu coração e ele do meu. Crescemos juntos, assim como nossa amizade. Ficava impressionado como as meninas gostavam das coisas que ele escrevia. Era admiração mesmo! Éramos tão ligados que ficava triste nas suas dores e me alegrava quando o via sorrir.

O tempo passou e o menino se fez homem. O coração do poeta batia mais forte, era inevitável um amor no meio do caminho.

Ele nunca quis me dizer o nome exato dela. A chamava de Ray. Só sei dizer que aquele amor transformou o meu amigo. Ficava impressionado com a forma que ele se referia a ela. Quase que eu mesmo me apaixonei, só de ouvir ele falar dos seus olhos cor de mel, da forma do seu caminhar e do brilho que tinha nos seus olhos. Meu amigo estava mesmo apaixonado! Ótimo, pensei! Seriamos três nessa nossa grande amizade. Foi engano meu, isso nunca aconteceu!

O mesmo menino que eu vi crescer, de pegar o lápis na alegria menina de escrever, parecia ter chegado em uma rua sem saída.

Depois disso nos vimos poucas vezes. Creio que ele até me evitava. Talvez vergonha do amor frustrado. Sei lá!...

Mudou-se sem nem mesmo se despedir de mim. Escrevi-lhe pedindo que mandasse notícias, e a carta voltou: "destinatário não encontrado". Tempos depois, descobri que o poeta que nunca deixou de ser menino morava aqui dentro de mim...

Foto de Maria Goreti

PARA MANU HAWK E DEMAIS ESCRITORES DE POEMAS DE AMOR

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Peço-lhes que leiam até o fim.

Hoje é, talvez, o dia mais feliz da minha vida!

Hoje tenho a oportunidade de me retratar diante de uma pessoa, com a qual cometi um grave erro e com toda a Comunidade Poemas de Amor.

Manu, não conheço você, ou talvez nos conheçamos até demais, já que aqui você se apresenta com pseudônimo.

Ao ler o teu poema Sinfonia, pela aparência muito forte com antigos versos meus, fui ver o seu perfil. Intrigou-me a data do seu nascimento. Imaginei, é mais um fake tentando tumultuar o site.
Tenho sido vítima deles no orkut.
Entrei imediatamente em contato com Fernanda pelo orkut, através de depoimento e aguardei resposta. Depois comentei com a minha parceira de poesia e algumas amigas muito íntimas. Quando uma delas me falou que também assina “Howk” em Poemas de Amor e, por não ter recebido nenhum pronunciamento de Fernanda, até aquele momento, vim e publiquei o poema “TOCA-ME” em parceria com Verluci Almeida e, num impulso emocional, denunciei o plágio.

Foi quando Verluci mandou para mim a seguinte mensagem:

“ *Verluci:
Boa Noite parceira de poesias e amiga querida!

Goreti... a nossa parceria é de 11-01-2007

Veja este link em 17-08-2005
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=1411592&tid=
8921803&kw=sinfonia+manu+hawk&na=3&nid=
1411592-8921803-120778433&nst=55 ”

Fiquei muito embaraçada. Afinal, os versos que se assemelham aos do seu poema, contém palavras de um antigo poema de minha autoria, adaptado para compor a parceria com a Verluci. Perguntei-me como poderia isto ter acontecido, se os meus manuscritos datam de 1980 (tenho como provar, se necessário) e eu só estou no orkut há três anos, onde comecei a postar meus escritos?

Meu primeiro impulso foi apagar o texto, mas, uma vez lançada a pedra e se alguém saiu ferido, nada mais a fazer senão procurar o medicamento certo para a cura.

Não apaguei, nem apagarei, para que sirva de lição a todos, assim como está servindo para mim.

Como eu disse à Fernanda, por e-mail e depoimento no orkut, foi um erro meu acusá-la de plágio.
Reconheço que plágio é um termo muito pesado e até evito usá-lo. Releitura seria o termo mais correto, no caso, porém nem isto caberia, pois o meu poema estava no meu caderno e só foi digitado, já com as devidas alterações, para compor a parceria com Verluci.
Não sei que tipo de sintonia houve entre nós, se é que podemos dizer que houve, já que não acredito em coincidências, para escrevermos palavras tão próximas em épocas tão diferentes.

Sei dos transtornos e aborrecimentos e tristeza que causei a você e a toda a comunidade Poemas de Amor e peço desculpas a todos.

Quanto a você Manu, peço perdão, se conseguir perdoar.

Deixo-os muito à vontade para interpretarem da forma que melhor lhes aprouver.

Assumo meu erro, minha responsabilidade e suas eventuais conseqüências.

Agradeço a atenção de todos.

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/07/08

Foto de Dirceu Marcelino

PALAVRAS AO VENTO III - Homenagem a SEMPRE VIVA

*
* Este soneto em Homenagem a Sempre Viva é um preparativo para um vídeo poema, incluindo quatro poesias, uma de Lu Lena, três de Dirceu Marcelino, sendo que a última um dueto feito com palavras de amor que devemos ensinar às crianças inspirado e com palavras de Sempre Viva.

Palavras ao vento rolam no espaço
Flutuam ao léu e dançam ligeiras
Sem notas e sem rumo ou qualquer compasso
Nos ventos do céu como em brincadeiras

Felizes de crianças que num abraço,
Dançam sob o encanto de verdadeiras
Músicas, cantos d’amor no entrelaço
De almas tão puras sempre a navegar,

Sobre nuvens brancas e alvissareiras
Das palavras que aprendem antes de andar
Aqui ou em qualquer terra estrangeira

Como faremos para ensiná-las a captar
Tanto àquelas como as brasileiras
O significado uno do verbo amar.

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