Tormento

Foto de Jessik Vlinder

Me Ensina a Te Amar

Preciso tanto aprender
A esse amor fazer crescer
E assim deixar de te enganar
Porque eu te quero tanto
Mas meu amor é, entretanto
Uma gotinha em meio ao mar

Mar esse de sentimento
Que como estrelas no firmamento
Ilumina todo teu ser
Enquanto a imensa melancolia
Ocultada pela minha hipocrisia
Faz meu coração gemer

Gemer de desmedida dor
Por não sentir o mesmo amor
E ver isso me sucumbindo
Pois não consigo imaginar
Como seria para ti escutar
“Não mais te amo, estou partindo.”

Partindo você me veria
E junto a mim toda alegria
Todos teus sonhos, tua ilusão
Os dias seriam um tormento
E eu ouviria teu eterno lamento
Sangrando angústia e decepção

Decepção? Amargura?
Que nome dar a tão cruel agrura
De me arrancar assim do teu peito?
Eu não posso, não sou capaz
E quanto ao meu amor fugaz
Morrerá silenciosamente em meu leito.

Foto de Angelgoiabinha2

O livro

****
***
**
*

O livro voou,
caiu em minhas mãos,
agarrei-o e abri.

Quis saber o que estava escrito ali!

Fui folheando,
meus olhos percorrendo cada linha com atenção.
No decorrer da leitura...
Fui aliviando meu coração.

Me pus novamente em casa,
em minha habitação,
graças a esse livro,
que me envolveu até a alma.

O livro fala do nosso jeito de viver,
me fazendo meus atos rever.

Ensinando que tudo tem seu tempo.
Acabou o meu tormento!

e agora só resto agradecer,
minha agonia acabou de desaparecer.

e assim parei de desesperar
optando por orar.

Angélica Macedo

Foto de Amy Cris

Para sempre

Entre raios e trovões,
Eu fico observando seu rosto na tempestade
É apenas uma visão, eu sei
Mas seu rosto se reflete em minha alma e faz parecer real tudo aquilo que é ilusão
Você é a única exceção quando penso que estou livre
Seu toque e sua voz
são lembranças imortais
que modificam minha vida
Te quero para sempre
E enquanto você permanece em minha
Mente, meu futuro é você
mesmo que eu não esteja com você
você estará em mim
porque você me completa
e não há saída para nós
Você é e será meu tormento eterno...

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa X – Responsabilidade

Após se despedir de sua Rosa amada,
o Tigre novamente pegara a estrada.

Não conseguia tirá-la do pensamento.
Não conseguia esquecer aquele sentimento.

Voltando com velocidade,
ao encontro de sua Responsabilidade.

Tinha combinado com a sua amada Rosa
que voltaria em todo o momento de folga.

Para ele não era o bastante,
queria estar com ela a todo instante.

Isto aconteceria por pouco tempo,
pois voltaria até ela a favor do vento.

Poderiam viver para sempre,
o que na última noite era o presente.

Estava completamente obstinado,
nada neste mundo podia pará-lo.

Encontraria sua Responsabilidade de frente,
e explicaria porque estava ausente.

Romperia todos os seus compromissos,
pois até o momento, já estava sendo omisso.

Quebraria o seu juramento,
acabaria com este triste tormento.

Tudo ao seu tempo.
Decisões na vida tem-se o momento.

Teria que conduzir com muito cuidado,
para que ninguém saísse muito machucado.

Desistiria de sua vida atual
e abraçaria uma nova sem igual.

Para garantir sua felicidade,
desistiria por completo de sua Responsabilidade.

Foto de rukass

Perdido na Vida

Percorro os caminhos desgastados pelo tempo
Piso as areias quentes do deserto.
Procuro encontrar-me neste meu tormento,
Mas o passo é lento,
O olhar é pesado.
E perco-me por entre o tempo passado.

Caminho sozinho,
Pelos rastos abandonados
E através dos rituais sagrados
Procuro a minha salvação
Enquanto rezo, caminho sozinho
Ou talvez não.

O Sol atormenta-me de dia
A fé abandona o espirito
E enquanto a minha alma morria
Percorria este espaço infinito.
Apenas eu,
Outro corpo sem alma
Outra alma em melancolia

Foto de LillyAraujo

Parte

Porque quando eu acordo não sou mais eu,
sou alguém que nem sei se quero conhecer.
Porque uma parte de mim é dor,
mas a outra parte é prazer.

Porque quando olho no espelho me vejo uma estranha
como se de repente nada mais fizesse sentido.
Porque parte de mim é realidade,
e a outra está mentindo.

Porque me busco incessantemente
ainda que só queira encontrar você.
Porque parte de mim se perdeu,
e a outra parte foi em você que nasceu.

Porque agora vida e morte se uniram,
pois quando me deixa eu morro,
e ao retornar me ressuscita.
Porque parte de você é morte e a outra parte vida.

Porque desta forma irresponsável e insana,
eu quero morrer contigo todos os dias;
e viver com você todos os momentos.
Porque parte de você é paz, e a outra, tormento.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de odias pereira

" DENTRO DE MIM UM VAZIO".

Hoje bateu dentro de mim um vazio,

Quando eu cheguei em minha casa.

Senti no meu corpo um calafrio,

Ao perceber que em casa você não estava.

É o prineiro dia sem você em minha vida,

E ainda não sei se vou me acostumar.

Não sei se vou curar dessa ferida,

E essa separação ja começa apavorar.

Abri a porta como faço de costume,

E caminhei em direção ao nosso ninho.

E logo senti o cheiro do perfume,

E a falta de um abraço e de um beijinho.

Era assim que você me recebia,

Cheirosa linda e perfumada.

Perguntado como tinha sido o meu dia,

Depois de muitas horas trabalhadas.

Depois de beijar-mos com amor,

Você dizia , Amor a comida esta na mesa ! . . .

Eu me sentava e provava o sabor,

Depois deliciava a sobremesa..

Hoje ja sinto a falta dos momentos,

Que vivi com você em minha vida

Tentando conviver com esse tormento,

E a falta de você minha querida.

Odias Pereira
13/01/2011

Foto de MorumySawá

MINHAS VISITAS AO INFERNO

Já visitei o inferno em vida. Já entrei em suas câmaras horrendas diversas vezes. Em todas, padeci muito. Nada tem a ver com o "Hades" mencionado na bíblia e nos estudos teológicos que são dados por religiosos. Aquele que jaz embaixo da terra e começa depois da morte não me interessa aqui. O inferno que já conheci e que me machuca fica mesmo na terra dos viventes.
Já estive no inferno do engano. Há algum tempo debato com um cenário surreal e dantesco que aconteceu dentro de minha mente. Vomito e sujeira, mau cheiro e loucura atolava meu filho no submundo dos tóxicos. Ali não existem humanos, apenas carcaças ambulantes. Sempre que tenho este pesadelo desejo dormir profundamente só para fugir do que testemunhei imaginando no futuro um cenário tão real que aflige não só a minha mente, mas, também a minha alma. Vivo a me perguntar por que os jovens se revoltam contra o sistema a sua volta. Tentam ser livres e acabam criando uma masmorra para si mesmo. Constroem o inferno com suas próprias mãos.

Sempre que desperto deste pesadelo um Lago de Enxofre permeia o mundo em que existo. Cada um dos jovens perdidos neste mundo tem uma mãe e um pai. Pais que choram como eu. Choram por não saber como apagar as labaredas medonhas que teimam em alcança-los.
Já estive no inferno da culpa. Hoje sei que nenhum tormento provoca maior dor que a culpa. Qualquer mulher culpada sabe o tamanho de sua opressão. Qualquer homem culpado fala que os ossos derretem com uma consciência pesada. Culpa é ácido que corrói. A culpa avisa que o passado não pode ser revisitado. Assim as pessoas se submetem a carrascos internos e esperam redenção através de açoites. A dor da culpa lateja como um nervo exposto.

Os culpados procuram dissimular o sofrimento com ativismos, divertimentos e prazer, omissão e loucura. Mas a culpa não cede; persegue, persegue, até aniquilar a iniciativa, a criatividade e a esperança. Recordo quando no final de uma reunião, uma mulher me procurou pedindo ajuda. Seu marido se suicidara de forma violenta. Mas antes, ele procurou vingar-se. Deixou uma nota responsabilizando a mulher pelo gesto trágico. Diante da tragédia, aquela pobre mulher, desorientada e aflita, não sabia como sair do cárcere que o marido meticulosamente construíra.

Já estive no inferno da maldade. Conheci homens nefastos, mulheres perdidas em sentimentos da inveja. Sentei-me na roda de escarnecedores. Frequentei sessões onde o martelo inclemente da religião espicaçou inocentes. Vi pastores alçando o voo dos abutres. Semelhante às tragédias shakespearianas eu própria senti o punhal da traição rasgar as minhas vísceras. Fui golpeada por suspeitas e boatos. Com o nome jogado aos quatro cantos, minha vida foi chafurdada como lavagem de porco. Senti o ardor do inferno quando tomei conhecimento da trama que visava implodir o trabalho que consumiu meus melhores anos de ministério. E eu sem saber como reagir.

Portanto, quando me perguntam se acredito no inferno, respondo que não, não acredito, eu o conheço! Sei que existe. Eu o vejo ao meu redor. Inferno é a sorte de crianças que vivem nos lixões brasileiros em meio às drogas. Inferno é a negligencia de pessoas que se acomodam em seu mundo particular e que se danem os que estão lá fora. Inferno é o corredor do hospital público na periferia de Brasília e em outros estados brasileiros. Inferno é a vida de meninas que os pais venderam para a prostituição. Inferno é a luta que meu filho enfrenta todos os dias quando acorda dizendo que não vai mais ser escravo do vicio.

Um dia, aceitei lutar contra esses infernos que me rodeiam, assustam e afrontam. Ensinei e continuo a ensinar que Deus interpela homens e mulheres para que lutem contra suas labaredas. E passados tantos anos, a minha resposta continua a mesma: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Acordo todos os dias pensando em acabar com os infernos. Gasto a minha vida para devolver esperança aos culpados; oferecer o ombro aos que tentam se reconstruir; usar o dom da oratória para que os discriminados se considerem dignos. Luto para transformar a minha escrita em semente que germina bondade em pessoas gripadas de ódio. Dedico-me porque quero invocar o testemunho da história e mostrar aos mansos que só eles herdarão a terra onde paz e justiça um dia se beijará.

Cleusa de Souza Klein

Foto de ClariceFerrari

7º Concurso Literário - TEMPO

É tempo
De encontro sem pranto
De amor por viver
Viver e alvorecer

É tempo
De dividir e somar
De sorrir e sonhar
Sonhar e amar

É tempo
De abrir o coração
De guardar segredo
Segredo da paixão

É tempo
De viver o momento
Dar fim ao tormento
Tormento que se foi...
Ao vento...

Foto de Carmen Vervloet

NASCIMENTO DE JESUS

E o Verbo se fez carne
Mas o homem não O reconheceu
Não percebeu o fremente alarme
E sua alma permaneceu envolta em breu.

Chegou o pequeno menino pobre
Nascido numa simples estrebaria
Mas seu coração rico e nobre
Pulsou amoroso nos braços de Maria.

Uma estrela no céu deu o sinal
um anjo anunciou aos pastores o nascimento
na rústica manjedoura, sem a pompa real,
nasce o Rei Salvador de todo o tormento.

Neste natal, dia vinte e cinco de dezembro
Festejaremos mais um seu aniversário
E nesta vida da qual somos passantes membros
O embate contra o egoísmo, maior adversário.

Nas nuances do nosso habitual dia a dia
Vamos volver os olhos atentos e complacentes
Para os sintomas do mundo com suas dores e anomalias
Mas com olhos de criança, plenos de alegria, confiança inocente.

Carmen Vervloet

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