Texto

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Com amor!

A vida comenta: Estou me sentindo diferente.
O cérebro conta: Meus pensamentos mudaram de repente.
Os olhos mostram: Nosso mundo está bem mais bonito ultimamente.
Os ouvidos cochicham: Todos os sons ficaram românticos.
A dúvida pergunta: Por que estamos assim?
A incerteza responde: Ainda não sei.
O coração revela: Estamos amando.
A curiosidade interroga: Quem é?
A certeza declara: Diego.
A boca diz: Eu vou contar pra ele.
A paciência pede: Espere mais um pouco.
A ansiedade discorda: Já esperamos demais.
A insegurança pergunta: Como haverá de ser?
O desejo fala: Legal!
Os sonhos imploram: Nós queremos ser vividos.
Mas a realidade se impõe: A vida não é tão bela assim.
A esperança conforta: Tudo dará certo.
O medo invade e escandaliza: Conosco ele só quer brincar.
A dor pede: Quero uma explicação.
Finalmente vem a fé e ordena: Confie.
Depois dessa, ninguém mais ousa dar sua opinião.

Agora eu estou em frente a esse texto, lendo-o sem saber o que pensar ou fazer...
Esperando o tempo me dar uma resposta certa. Com medo, incerteza, insegurança, curiosidade, paciência, e a cima de tudo com amor!

Foto de LEOANDRADE

Uma Estação Chamada Amor (Leonardo Andrade)

O Amor é a estação final.

O nosso final de linha, nosso objectivo máximo, é onde sonhamos estar e quando chegamos queremos fincar raízes e nunca mais partir.

Para chegarmos a ela temos necessariamente que passar por várias paradas intermediárias como paixão, desejo, atracção, tesão, amizade, entre outras.



São paradas para descanso, reabastecimento e adquirir experiência (leia-se bagagem), uma espécie de preparação para o destino final, para o clímax. Não precisamos saltar em todas, podemos até pular algumas, desde que estajamos
cientes do que elas nos oferecem e nos sintamos confortáveis com o que temos em estoque.
O que não podemos é nos atrasar nas saídas , pois a perda do trem pode ser irreversível, não há novas composições marcadas nem prazos para isso.

É necessário partir, pois por mais conforto e comodidade que as estações nos ofereçam, elas só podem nos oferecer uma parte desse todo chamado amor, deste são apenas uma peça de um gigantesco quebra-cabeças.

Como toda regra tem sua exceção, existe o honroso caso da parada amizade, nesta podemos decidir permanecer e abrirmos mão de prosseguir a viagem, optando por vivermos uma relação diferente, com menos glamour, mas igualmente importante e por vezes até mais íntima e com menos espinhos, há quem chame a amizade de amor desapegado... É uma opção possível.
As estações intermediárias, no fundo podem se tornar armadilhas, pois travestidas de amor podem nos enganar e até exercerem provisoriamente sua
função, mas nenhuma delas tem força ou competência para manter essa encenação por muito tempo, com a queda das cortinas, nós nos levantamos da posição passiva da platéia e saímos para uma rua vazia e sem saída.
Quando o seu trem passar, não o perca, embarque, aproveite as estações,
aprenda ao longo da viagem e na estação final salte de corpo e alma disposto a começar a viver o que de melhor a vida pode te proporcionar.

Boa viagem !!!

Nota do autor : Claro que me refiro no texto acima a cada uma das supostas
histórias de amor que vivemos, pois quando em uma delas decidimos "abortar a
missão" permanecendo em uma estação, depois de um tempo pegamos o trem de
retorno e voltamos a estação inicial em busca de uma nova composição com
destino a estação final. Isso ocorre porque nenhuma das estações
intermediárias "vende" passagem de ida, se algum cambista aparecer lhe
oferecendo bilhete, ignore-o, é falso

Leonardo Andrade

Foto de LEOANDRADE

Ode a um Amor Distante (Leonardo Andrade)

Eu te amo como jamais poderia amar outra pessoa.

Te amo por você ser exactamente como é, sem tirar nem pôr.

Te amo com a convicção de que os dias sempre precedem as noites e a lua persegue eternamente o sol.

Te amo não como alguém relacionado ao sentimento e sim como único possível ser gerador deste turbilhão de emoções, aqui neste texto e por toda a vida, dito amor.



Te amo em cada raio de sol, em cada gota de orvalho, em cada pétala de flor e a cada gota de sangue gerada pelos espinhos do jardim da vida.

Te amo por tudo que você é e pelo que não é, pelo que você representa para mim, por tudo que gera em mim, por tudo que me faz ser e principalmente pelo horizonte que me faz vislumbrar.

Você muda meus conceitos, me vira de cabeça para baixo e me faz repensar minhas verdades absolutas e criar novos paradigmas.

Você não é meu norte, é a perfeita oscilação entre os quatro pontos cardeais.

Você não é minha sina, é o supremo deleite do meu livre arbítrio.

Você não é meu porto seguro, mas está presente tanto nas calmarias quanto nas tempestades e é a única rota possível independente de mapas ou planos.

Você que me inunda de paixão e incendeia de tesão, rompe minhas barreiras glaciais e finca sua bandeira no centro de todos meus sete corpos.

Vida , distância, eras ...nada pode nos separar , nada nos fará esquecer o prazer indescritível da nossa (re)união perfeita, eternamente marcada na menor parte de um célula de nossos corpos ou em fragamentos ectoplasmáticos ligados por fios invisíveis a nossos olhos e geradores de teias sem saída ao longo do infinito ciclo das vidas ...

Separados somos apenas corpos solitários inconsequentemente fingindo viver suas vidas sem sentido, sem ânima, sem Kundalini ...encarnações perdidas, vácuo no tempo ...

Leonardo Andrade

Foto de quimnogueira

Ouvindo a noite...(Quim Nogueira)



alguém a ouve?...

...sentado nesta cadeira de frente para o meu computador, numa mesa de madeira, branca de sua cor, eu teclo nas letras paradas ao redor dos meus dedos...preparo um texto, sem contexto, com uma textura qualquer, talvez de amargura...não me preocupa a forma, nem as palavras que me vão deslizar pelos dedos e destes para o écran que, de vez em quando, olho prevenindo um possível erro de escrita...não me preocupa o tema, mesmo que sem lema não se torna um dilema neste plural sistema de escrever prosa ou poema...

...trata-se de fazer deslizar apenas o teclado pelos meus dedos e deixar sair as palavras da minha mente numa constante busca da semente do significado para aquilo que estou a fazer neste momento...e que faço eu, nesta hora, aqui, sozinho e agora, batendo lento ou apressado nas teclas do meu teclado...olho em frente e vejo um relógio que marca as horas lentas que passam por mim e que marcam o tempo de viver a sorrir e a amar...tudo e todos, sem olhar a quem...somente por amar...

...e que espero eu obter desse amargor doce da alma que sofrendo não chora, pelo contrário, vive e implora...e que espero eu senão encontrar o caminho mais leve que me percorra o corpo como quente neve branca como o luar que lá fora, no céu cinzento, teima em espreitar numa noite fria de chuva que se aproxima do meu solitário estar...

...não percorro os corredores do dia que passou nem choro as lágrimas que retive dos acontecimentos que por mim passaram como uma brisa leve pousando no lugar onde estou e me sinto pairar dentro do meu próprio eu...

...procuro o sentido da vida que não encontro, numa procura constante de mim mesmo, na luta insana da loucura que afasto de mim nem que seja por um instante...

...e esse instante está chegando na forma da noite que se aproxima, daquele estado de espírito que me anima, pois a solidão resta a meu lado sem um mudo som nem qualquer grito abafado de dor...

...e aqui fico...

...esperando a noite chegar para nela me agachar e aninhar...povoar nela os meus sonhos de aqui me sentir e de aqui gostar de estar, neste lado do meu mundo, sozinho, de dia ou de noite, a mim próprio mentindo...

...mentindo-me em constante delírio duma busca que ufana luta me provoca na mente que, pensando, não me escuta...

...e não me oiço a pensar, nem quero sequer isso imaginar; oiço apenas a noite chegar e a sua escuridão me abraçar, sem me possuir nem me ter, apenas me rodeando de um leve prazer por ouvir os seus sons sobre mim verter...

...e vertem-se esses sons em pancadas surdas de palavras mudas, livres e desnudas de sentido ou de intenção...

...a noite traz paz ao meu coração...ouvindo-a, fico sossegado e dou a mim próprio a minha própria mão...segurando-me para não a possuir...para ficar aqui e não ir...

...senti-la apenas num, pequeno que seja, luxuriante som...

...ouvindo a noite, parto para o êxtase do meu ser, não pretendendo ver, apenas ouvi-la...

...dentro de mim, a bater...

Quim Nogueira

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