Terra

Foto de Lou Poulit

Venho Pedir-te Que Ouças

Venho pedir-te que me ouças
com o silêncio de um luar prestante,
que se entranhe nesse nosso instante
e ouça a lágrima penitente e vasta,
que me serve de oceano.

Ouça o vento, a emoção do veleiro,
e o carinho das ondas espalmadas
no chão sulcado do nosso amor pisado,
arrebatado, de fibras tão tesas,
em que se abandonam nossas vilezas
como rolam as folhas de outono maduras.

Ouça o sangue correr na veia tua,
em busca das meiguices e canduras
do poeta, que sobre a terra túmida flutua,
se precipita e se esbate na pepita
plena de inchaço, de ânsia e mormaço...
ouça o esgarço agônico da sua estrela!...
Venho pedir-te por esse nosso resgate,
que lhe sacie tanto toda pertencê-la;
e ao poeta, à sua dor fluída e à sua arte...
Teu coração à vida das suas alvas asas
e ao seu canto de morte... Pois eis que parte.

Ouça tua pele, jardim de frêmitos emancipados,
ainda molhada, mas tão assim sequiosa...
Ouça o perdão pelos poros exalados,
como lhe perdôa os lanhos tua rosa!...

Ouça, Saudade, e pense...
Só a ele o teu sussurrado nome pertence.

(Lou Poulit, Itaipú/2007)

Foto de francineti

Quero viver

Quero viver
Ao meu amigo Zedio que escreveu: Para minha amiga Francineti, que sumiu mas ela deve voltar por causa do pedido da nossa esperança

A Amazônia não vai embora...
Pelo teu amor por essa beleza natural
Considero você a embaixadora de Abaeté,
Por produzir a imagem dessa maravilha universal
Nossos olhos vislumbram e alcançam a tua fé
(...)
A Amazônia ainda tem um pouco de floresta
Teu brado traz junto uma brisa vinda do norte.
Vamos preservar um pouco do que ainda resta,
Para que nossos pulmões não conheçam a morte

Eu te respondo com gratidão

A Amazônia não vai desaparecer
e também não vai morrer
Quero renascer,
quero sorrir,
já chorei e já sofri,
agora quero florir,
como as árvores da minha terra
quero frutificar,
quero escrever,
quero cantar,
quero te abraçar,
quero versar,
quero estar com meus amigos,
quero amar,
quero me banhar nas águas do rio Guamá,
espero encontrar o boto e a Iara
eles ainda moram por lá
quero que venhas conhecer o Pará,
Vou te levar para provar o tacacá,
quero tomar banho na chuva que cai
todas as tardes em Belém do Pará,
quero que conheças as ervas cherosas
elas encantam todos que se banham com os cheiros do Pará.

Francineti Carvalho
Publicado no Recanto das Letras em 02/04/2007
Código do texto: T435412

Foto de Neryde

Reflexão....

No caminho para o trabalho observo,
a paisagem, as pessoas.....
Todas indo de um lado pro outro,
sem nem se olhar,muito menos se falar.

Algumas seguem apressadas,
outras à passear, caminhar...
Pessoas sorrindo,conversando
e outras, às vezes chorando.

Umas seguem sozinhas com sorriso na face
e outras pensativas com olhar triste.
Enquanto umas carregam um ar de alegria,
porque algumas estão tão sérias?

O que pensam essas pessoas?

Pensam em quanto o mundo é injusto,
poucos com tanto, tantos sem nada.
Quanta exploração feita por nós próprios,
à nossos semelhantes!

Nada justifica sermos
tão mesquinhos...
Causarmo-nos tantos infortúnios,
se na essência somos iguais!

Biologicamente nascemos e morremos,
renovamos o ciclo da vida.
Sofremos por sentimentos e dores,
comuns nas diversas etapas da vida.

Acredito e imagino uma terra
com menos avareza,
os homens irmanados lutando
pela busca da paz!

Unidos contra inimigos comuns
como a fome, a doença ,a dor
e outros tantos sofrimentos,
preconceitos e conceitos.

É imcompreensível que se perca
tanto tempo,dinheiro e "tecnologia"
na fabricação de armas químicas,
biológicas que só causam à morte.

A evolução tecnológica,
em busca do bem estar
que alcança alguns,privilegia outros.
E o bem comum,ainda fica a desejar...

Na minha opinião ainda somos,
o homem dos primórdios,
nos dias atuais , em relação
aos direitos universais...

Privilegiamos a guerra,a manipulação,
a escravidão que ainda impera.
Pela força do poder do dinheiro,até então
mal necessário para nossa sobrevivência.

Nossa política corrupta é quem detém,
o poder do dinheiro que influi no destino,
de cada um de nós em particular
e no de nós todos, no conjunto.

Quanto mal ainda causará o domínio,
desta minoria corrupta e injusta
a esta maioria submissa e reclusa?

Deus foi nosso criador, mas não será
interventor do nosso "destino".
Somos nós maioria submissa,que devemos
resolver nossos problemas familiares.

Portanto numa grande dimensão,
caminhemos nós então!

Foto de Zedio Alvarez

A saudade é minha musa

“A saudade lembra...
De lembranças tantas
Que por si navega...
Nessas águas mansas”

Gessé
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Tomaram a minha Terra prometida...
Hoje navego no mar da lembrança.
Mas ainda espero a nau perdida,
Na minha sonhada esperança.

O amor acompanhou a sua partida,
Causando-me grandes transformações,
Acolhendo a dor da minha vida.
A emoção provocou as reflexões.

A saudade revela meus pensamentos...
Um dia o destino me mandou uma paixão...
Mas o presente foi roubado do meu coração

Um sofrimento, a mesma sabe evocar...
A saudade golpeia duramente os sentimentos,
Mas sem predisposição para nos matar.

(Para minha eterna musa)

Zedio Alvarez

Foto de HELDER-DUARTE

Mar

E a terra lhe disse:
Mar porque me bates,
Com teu modo, esse,
Que de Deus, não tem artes?

Se de Deus ambos somos,
Porque me fazes mal,
Se os dois afinal,
Por ele fomos ordenados?

Ms como estás nele,
Se me fazes guerra,
A mim que sou dele?

Como podes de Deus ser
E a mim terra,
Com tuas ondas, tanto mal fazer?!

Helder Duarte

Foto de Zedio Alvarez

A Deusa do Xadrez

Sou professor de xadrez e admiro muito esse esporte que me conquistou pela lógica dos seus movimentos, pela magia que impõe à nossa vida, fazendo-nos ser guiados pelo mundo quadrado e mágico de um tabuleiro, representando o nosso universo imaginário, elevando a nossa auto estima, fazendo-nos pensar a cada momento, trazendo satisfação e com isso antecipando a nossa felicidade num simples xeque mate da eternidade.
Sempre participo de torneios pelo Brasil e América do Sul , aumentando ainda mais a vontade de jogar, pois abre o nosso leque de amizade transpondo as fronteiras dos idiomas fazendo dele, o xadrez, uma linguagem universal.
Eu tenho muitas histórias para contar do mundo do xadrez e sem dúvidas a mais espetacular de todos os tempos foi uma experiência vivida na Argentina, mais precisamente em Buenos Aires, em fevereiro de 99, quando disputei um torneio em nível mundial, contra enxadristas de várias nacionalidades.
Tive a oportunidade de conhecer alguns grandes mestres de xadrez e viver uma aventura apoteótica com uma Mestra Espanhola, chamada Lucy Polgar, que agora passo a contar nos mínimos detalhes no tabuleiro da minha vida.
Ao começar a primeira rodada enfrentei um mestre argentino, Luiz Martinez, de grande potencial e que tive muitas dificuldades para enfrenta-lo e vence-lo, não só por causa de sua habilidade com um jogo muito forte, mas com um obstáculo por ter me desconcentrado do jogo, uma boa parte do tempo, vindo a ameaça de uma retumbante derrota, da outra fileira de competidores.
Quis as coincidências que só o Deuses do xadrez explicam, que a Mestra Lucy Polgar ficasse justamente a minha frente. Ao apresentar-me na recepção do Hotel Ondas Del Mar, a mesma já lançava olhares venenosos para minha pessoa, como se já arquitetando algumas jogadas para um possível encontro “enxadrístico” entre nós, provocando por inteiro a minha libidinosidade,
Ela era uma das maiores enxadristas de todos os tempos e possuía um jogo denso, cheio de combinações e ciladas, convidando a nossa vontade para duelá-la.
A mesma estava em processo de litígio com o seu esposo que não concordara com a sua vinda para participar daquele torneio. Eu já era fã incondicional daquela beleza morena de cabelos negros e de um sorriso simplesmente fantástico.
Durante toda partida com o argentino, ela ratificou o que antes já fizera no nosso primeiro contato, só que além dos olhares cruzados, ela lançou uma nova arma sedutora, que foi uma amostra de suas coxas roliças e a cada cruzamento dos nossos olhos, contribuía para que em alguns momentos eu vislumbrasse a sua calcinha azul, me atraindo para aquele campo minado de tesão. Ela estava com uma minissaia Jean, que serviu de pretexto para que aquela cena maravilhosa de suas lindas pernas, fossem vistas pelos meus olhos de radares.
A cada intervalo das rodadas nossos caminhos se cruzavam e os flertes eram incisivos. Chegamos a duo monologar em alguns instantes sobre a forte pressão do momento, fazendo com que o coração e a voz desentoasse na sinfonia, pela falta de respiração. Num desses momentos falei do filme, Lances Inocentes que estava em cartaz, e propositadamente iríamos assistir na parte da tarde.
Chegamos juntos ao cinema e sentamos lado a lado. Permanecemos alguns minutos sem propalar nenhuma palavra, incentivados pela emoção que nos causava uma ebulição corporal. Ficou claro que o filme seria um motivo, para aquele primeiro encontro. Fazendo jus ao nome “lances inocentes” começamos a participar do estrelato sendo protagonistas daquela fita. Ela começou a falar da sua vida matrimonial, que não estava bem entrosada e que aquele torneio tinha sido o estopim para desencadear a sua separação. Falamos muito sobre xadrez é claro, mas principalmente da minha admiração e minha idolatria pela aquela beleza basca. Ela contra atacou falando que já tinha visto algumas partidas minhas e que era seu sonho me conhecer. Fiquei lisonjeado com a afirmativa da Dama do xadrez.
Nossos scripts foram deixados de lado e começamos a atender o que a emoção pedia insistentemente. A essa altura estávamos abraçados e nossas bocas começaram a ir de encontro fazendo uma junção perfeita, amaciada pela saliva quente com gosto de hortelã. A língua como sempre fez seu trabalho de coadjuvante. A partir daí as nossas mãos tomaram um rumo ignorado pela razão, mas aceito pelo desejo, que mandava na nossa contracena. Elas procuraram a sua fenda quente e orvalhada que foi totalmente massageada. As dela também fizeram a sua parte indo de encontro ao meu instrumento medidor de temperatura que estava fumegante e já a ponto de explodir diante de tanta pressão. Foi quando fomos interrompidos pelo final do filme, “o outro”, e tivemos que nos retirar do ambiente. Fiz um convite formal à mesma para jantarmos a noite no meu apartamento, aproveitando para estudarmos algumas táticas, estratégias, revermos algumas jogadas e jogarmos algumas partidas. Ela prontamente aceitou.
Justamente às nove horas ela bateu suavemente na porta, cujas batidas ecoaram na minha imaginação com o acompanhamento do meu alegre coração que vibrava com aquele encontro triunfal da minha vida.
Ao abrir a porta, deparei-me com aquela beleza rara, a qual estava com um vestido azul, que trazia um decote deixando-a praticamente com seios à mostra, fazendo com que a temperatura ambiente do cenário preparado, se elevasse deixando o clímax a beira do pecado. Surpreendi-me quando fui tomando de assalto num beijo interminável, sendo que as nossas salivas misturadas produziram uma fórmula química que alterava ainda mais o nosso ciclo hormonal fazendo girar em energizar todo nosso corpo, provocando o aceleramento dos batimentos cardíaco.
Eu como um bom estrategista, senti-me na obrigação de tomar a iniciativa do combate e ali comecei a depenar sem pressa aquela Águia Real de plumas azuis. Queria degustar de todas as regiões daquele corpo escultural. Comecei a usar uma das minhas armas fatais, a língua, num passeio pelas suas coxas queimadas e sua duna que possuía um farto areal. Fui a cada localidade sempre a reverenciando com palavras poéticas, com a língua banhando suas fartas áreas e dando o seu recado. Nos seus seios com forma de pêra passei um bom tempo mamando e me alimentando daquele leite afrodisíaco, com a voracidade de uma criança faminta.
Todo ritual seguia o que planejei para uma estratégia vitoriosa. Comecei a pegar o caminho em direção a gruta do amor, contornando o umbigo que a fez suspirar. E chegamos a Terra prometida. Deparando-me com aquela fonte maravilhosa de prazer, constituída de pelos escuros cuja superfície já estava molhada provocada por uma chuva de essência nectal. A essas alturas a paciente Rainha me pedia para dar-lhe um xeque mate de imediato formalizando um convite para ser o dono do seu reinado do amor; mas ainda tive a humildade de pincelar toda aquela arquitetura lapidada pela natureza que minava através de uma água salobra, fazendo com que a minha sede aumentasse ainda mais. Ela retribuiu toda minha receptividade lingual e deu um verdadeiro show no meu universo corporal. Matematicamente falando, nossos corpos paralelos, traçaram perpendiculares, e numa junção geométrica, construímos várias figuras, num jogo constante e simultâneo de trocas de carícias e gentilezas.
O incrível é que a cada variante escolhida através dos meus planos ela já conhecia, seguindo o caminho que nos levava ao desfecho extasial, ditando palavras ofegantes e sussurrantes, no bailar da dança de nossas massas corpóreas. No balanço produzido pelas nossas almas, havia um sincronismo perfeito no vai vem dos nossos músculos picantes.
E chegamos ao ápice final de uma partida magistral. Levando-a para um tabuleiro de almofada prontamente preparado para aquele duelo, executei-a atendendo a sedutora ordem expressa, vinda da voz desesperada de uma fêmea. Estávamos no limite e uma explosão não tardaria. Foi justamente o que veio acontecer, com um mate único e preciso na história de um amor enxadrístico. Invadi o castelo de amor, da minha Deusa com fervor. Aquela bela rainha virou uma felina feroz quando despejei todo meu líquido seminal naquela fenda quente e gostosa. Foi um momento único e monumental. Sem dúvidas foi uma das maiores experiências amorosas que tive na minha vida.
Desfalecemos e sonhamos... Ao acordarmos pela manhã jogamos mais uma partida, que também foi espetacular. Fizemos alguns planos e decidimos concluir o torneio, o qual faltava apenas duas rodadas para o seu encerramento.
– Ah! Vocês querem saber da nossa colocação no torneio de xadrez?
– Deixa pra lá... (risos)
Ela queria conhecer o Rio de Janeiro, falando que um dia tinha sonhado desfilando numa escola de samba carioca. E pegamos o primeiro vôo para o Rio numa viagem onde não nos desgrudamos nenhum segundo um do outro. Ainda vivíamos das imagens da noite de amor inesquecível.
Eu tinha um certo conhecimento com a diretoria da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio e conseguindo contatá-los, prontamente atenderam o nosso pedido, viabilizando a participação da mesma numa ala de destaques da Escola, tornando possível a realização do sonho de minha Rainha Espanhola.
No dia seguinte embarquei a mesma para Barcelona. Nunca deixamos de nos corresponder... Só quando a saudade resolveu entrar em cena...
Um ano depois ela resolveu voltar ao Rio de Janeiro para morar, se tornando uma Professora de xadrez e hoje trabalha nas comunidades carentes, divulgando a nossa nobre arte enxadrística. Reatou por questões de conveniências com o seu marido e de maneira parcial ele resolveu acompanha-la. Mas o mesmo não vai a torneios justamente para evitar a ciumeira doentia que ele tem, e assim tempos a oportunidade de “jogarmos” muitas partidas de xadrez por esse Brasil afora. Mas ele tem razão, porque ela chama atenção do público com a sua exuberante beleza em qualquer local onde esteja.
Continuo me comunicando com aquela Realeza através do MSN, e quando sobra um tempo dos meus afazeres no estado de Pernambuco onde trabalho, vou ao encontro daquela fêmea fantástica, participar de torneios e realizando partidas espetaculares fazendo dos nossos “lances inocentes”, um lance surpresa para alimentar a nosso espírito na eterna jogada da vida.

F I M

Foto de Neryde

Sozinha e cheia de saudades...

Quando chega à noite estou sozinha novamente,
Cheia de sonhos e sugestões está a minha mente.
De longe ouço alguém a entoar uma velha canção,
Vejo a lua imóvel à escutar cada refrão.
As estrelas viajam ignorando a terra adormecida
O mundo todo dorme , eu estou acordada
E, em minhas recordações continuo perdida.

Sozinha e pensando em você sinto saudades
E, um alucinado desejo de te ter.
Então fecho os olhos pra melhor ver
O que minha mente desenha e minha alma sente.
Vejo você se aproximando neste corpo lindo e viril
Mostrando sua beleza suave em seu sorriso gentil!

Lembro os momentos que juntos vivemos
E, a entrega mútua que tivemos.
Será que um dia nos encontraremos novamente?
Será que de novo nos entregaremos totalmente?
Nos amaremos livres e sensuais,
Sem medos e preconceitos banais!

Que saudade, do contato, dos beijos, das carícias
Do delírio supremo do gozo
E de cada momento tão precioso!

Enquanto penso em tudo isso meu lindo,
Mais e mais estou sozinha,
Mais e mais estou solitária.....
Morrendo de saudades!

Foto de Anjo Violinista

Como posso esquecer de "Você"

A vida passa e cada momento se grava no coração e na mente daqueles que são especiais, e foi assim que aconteceu na minha vida...
Ela apareceu do nada e de tudo se fez, como uma semente que nasce numa terra boa e floresce no tempo certo, a terra foi meu coração e a semente rarara, não sei como veio parar, só sei que aprofundou em meu peito.
Mas como toda vida tem seus problemas e dificuldades a semente tem uma marca e essa marca faz de mim alguém errado em querer que ela floresça e além disso nem sei se ela sonha em florescer em meu coração
E por isso das vastas vezes tentei esquece-la, mas não sei o que acontece comigo que não consigo, será algo predestinado? Ou algo provado para que eu sofra e sonhe em um dia te lá...
Só sei que sem querer minha mente em contato ao meu coração faz em minhas mãos algo de estrema importância, pois delas meus dedos se formão em letras e se criam escritas onde me expresso...

Como posso esquecer de alguém
Sendo que no amanhecer do sol lembro do brilho de seu olhar
Como posso esquecê-la
Sendo que ao ver uma criança lembra da simplicidade e da pureza
Que habita em seu coração
Como posso esquecer de alguém
Que me ajudou muita das vezes e sinto ainda seu ser em minha alma
Como posso deixar de esquecer aquele olha
Comoooooooooooo???
Será que tudo o que acontece comigo é a mais pura amizade de todas
onde o mundo desconhece ainda na face da terra, o que será ???????
E assim vou levando minha vida de poeta, tentando ter algo que para mim seja impossível, mas que o coração diz que tudo é possível quando se fortalece a cada dia...

Foto de angela lugo

Valor do amor

Mesmo que você pese todo o ouro do mundo
Conte todos os quilates de diamantes
Conte todos os grãos de areia existentes
Ou mesmo quantos litros d’água tem os mares

Mesmo que conte todas as nuvens que passam
Conte todas as estrelas que contém no firmamento
Conte todas as pessoas que passaram pela terra
Ou mesmo todos os pingos de chuva que caíram

Mesmo que obtenha a ciência da vida
Tenha a certeza por quantos caminhos andou
Ou mesmo por quantas mulheres teu olhar cruzou

Mesmo que saiba quantas batidas deu seu coração
Quantas horas de sono durante a vida aproveitou
Mesmo assim não saberá o valor do meu amor

Foto de Ge Fazio

Simbiose

Gotas que caem entre raios brilhantes
Do sol ainda tímido... Chegando
E saudando-nos nessa composição
Esplendida do arco-íris...

Brisa que passa... Acaricia a pele
Levando e trazendo a energia da
Mais pura sensibilidade...
Assimilo. Aproprio dessa calma...

Volto a minha essência... A minha
Célula primeira. Sinto a necessidade
De encontrar um novo caminho...
Sentir novos aromas...

Engatinho. Pele em contato com
A terra primitiva. Cheiro forte
Do verde nascendo, germinando
E formando vidas...

Gotas que caem agora sobre
Meu corpo... Banho-me
De todas as energias desse universo
De encantos, de cantos.

Cantam os alegres e coloridos
Colibris... Sugam a seiva doce das
Flores do campo... Dançam....
Num bailado livre e solitário.

Gotas que caem... Lágrimas que
Rolam pela face. Emoção
Faz bater forte meus sentidos...
Vida! Que faz Vibrar... Que faz viver!

Ge Fazio

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