Telefone

Foto de odias pereira

" A TUA IMAGEM " ...

Eu estou muito curioso,
Pra logo te conhecer.
Esse teu jeitinho gostoso,
Estou ancioso pra ver.
Parece que faz um ano,
Que estou na net contigo.
E todo dia teclando,
Tentando ver se consigo.
Conseguir o seu endereço,
Pra poder te encontrar.
Tenho certeza que mereço,
O seu telefone ganhar.
Telefonar pra você,
Pra poder ouvir sua voz.
Te convencer você querer,
Um encontro entre nós.
A tua imagem,
Na minha web Cam.
É a mais linda paisagem,
Que eu vejo pela manhã.
Toda manhã quando eu entro,
No meu computador.
Abre a tela e me concentro,
Na tua imagem meu amor...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
16/06/2011

Foto de Edigar Da Cruz

Violência Contra a Mulher

Violência Contra a Mulher

. Tem-se algo que me da Raiva e Revolta e exatamente a isso !!! VIOLENCIA CONTRA A MULHER,! Devem se pergunta o porquê estou escrevendo isso,..
Na tarde de hoje minha amada IRMÃ FOI ESPANCADA PELO FUTURO EX MARIDO, pois ela descobriu que estava sendo traída na cara dura, chegando a minha casa ouço a voz dela chorando ao TELEFONE!!!..DESESPERADA, pois tudo que ela conquistou com tanto suor e sacrifício foi cruelmente perdido Pela BURRA FORMULA MASCULINDADE DE SE ACHAR O TAL !!!, desse infeliz, que eu mesmo admirava pelo amor que tinha a minha IRMÃZINHA E QUASE GÊMEA POIS parecemos um com outro de óculos que fora quebrados, ela vai supera essa praga de pessoa te garanto nada a derruba pois, se tem um Fênix assim!!,o nome dele e ANA CRISTINA DA CRUZ ..forte que tem 3 estrelinhas linda filhas ! SABE O QUE ME DA RAIVA que ela não queria sai da casa, fui forçado a tira a ela a força contra o pai dele o tira da mesma força o infeliz do filho dele lá veja amigos tem uma criança de 1 ANO DE IDADE!! A Rhianna pode uma bebê chorava ele nada,,ou seja para da a louca de fazer algo pior as duas era tempo do segundo pois ninguém merece isso, tanto ela como mulher como a filhinha linda sorridente alguma de qualquer RAÇA que for ou , ETNIA RELIGIOSA ou SOCIAL ECONOMICA a, violência e praga!!! que nem uma semente do mal, só piora se acontece agora e ela aceitará com certeza coisa pior poderia acontecer e fui coerente tirei ela de lá ! Chamei quem devia chamar e Problema por hora sanado..pois aff..odeio tenho raiva demais,..de coisas assim..ela não merece nada disso trabalha demais para receber pancadas de um cara que nem pensa mais em trabalha, somente em explora eu choro de raiva dela e ver minha Menina irmã chorando por perde tudo que lutou por quatro anos como ao seu computador que foi todo destruído ..
Pessoal Desculpa o Desabafo

EDGAR DA CRUZ

Foto de odias pereira

" FAZER AMOR POR TELEFONE "

Ah ! ... Meu amor como foi bom,
A gente se amar por telefone.
Sentir prazer no mesmo tom,
Amar até matar a fome.
E te beijei,
Tu me beijavas.
Eu te peguei,
Tu me pegavas.
Eu delirei,
Tu deliravas.
Eu me apaixonei,
E tu tambem se apaixonavas.
Não nos importamos com a distância,
O que valeu, foi as nossas imaginações.
Fomos duas crianças na infância,
Fizemos felizes, os nossos corações.
Quando o seu telefone tocar,
Altas horas da madrugada.
Atenda amor, pois sou eu querendo te amar,
Vou deixar você mais por mim apaixonada...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
19/05/2011

Foto de leonelmonteiro15@hotmail.com

<3

Diga para você mesmo o nome do único rapaz ou moça com quem você gostaria de estar (três vezes)…

Pense em algo que queira realizar na próxima semana e repita para você mesmo (seis vezes).

Se você tem um desejo, repita-o para você mesmo (Venha cá ANJO DE LUZ eu te INVOCO para que Desenterre PAS de onde estiver ou com quem estiver e faça ele ME telefonar ainda hoje, Apaixonado e Arrependido, desenterre tudo que esta impedindo que PAS venha para MIM l, afaste todas aquelas que tem contribuído para o nosso afastamento e que ele jnc não pense mais nas outras… mas somente em MIM. Que ele ME telefone e ME AME. Agradeço por este seu misterioso poder que sempre dá certo. Amém…).

Publique esta simpatia por três vezesSó mesmo esta simpatia, quero compartilhar com você a minha alegria e mostrar que se para mim deu certo para você também dará basta copiar e colar por três vezes em inforum diferente esta simpatia abaixo e logo em 48hs você terá uma linda surpresa, beijos Ainda esta noite de madrugada o TEU amor dará conta de que TE ama, algo assim acontecerá entre 1 e 4 horas da manhã esteja preparada para o maior choque de sua vida! Se romper esta corrente terá má sorte no amor. Deus vai lhe abençoará e a sua vida não será a mesma

Foto de Paulocota

Amor à distância

De que adianta existir o telefone
se eu não tenho o seu número
de que adianta falar de amor
se eu não tenho você comigo

De que adianta a luz
se eu vivo na escuridão
de que adianta o carro
se ele não me leva ao seu coração

De que adianta sorrir
se eu não tenho felicidade
de que adianta pensar em você
se eu permaneço na saudade.

Foto de odias pereira

"PARA AMAR NÃO TEM INSTANTE "...

O meu celular tocou,
As duas horas da madrugada.
E no display mostrou,
Um numero privado, e não falava nada.
Fiquei preocupado, e muito apreensivo,
Pois aquela hora da noite.
Uma ligação de um desconhecido,
Seria uma afronta !...Ou um açoite ? .
O meu telefone tocava,
E eu levantava pra atender.
Mais do outro lado, não falava,
Não queria nada me dizer.
De tanto eu insistir, em ouvir quem me ligava,
Uma voz do outro lado respondeu.
Que era um alguem que me amava,
E que o seu amor , clama pelo meu.
Eu achei interessante,
A hora daquela declaração.
E vi que para amar não tem instante,
O que manda é o amor, é o coração...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
02/04/2011

Foto de Fernando Vieira

Onde está você?

Sinto falta do sorriso
Que ecoava ao telefone
Das mensagens que chegavam
Acompanhadas do teu nome

Não ouço mais o barulhinho
Do bip do telefone
Que me acordava todo dia
Mesmo você estando longe

Deixou-me sem notícias
E nunca mais me procurou
Agora vivo os meus dias
Sem saber assim do meu amor

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

SEJA BREVE

SEJA BREVE
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Diga-me adeus
Sem olhar nos olhos meus
Nao prolongue o sofrimento
Seja breve
Finja que voce esta alegre
Quebre seu juramento

Eu me acostumarei no abandono
Eu nunca fui seu dono
E voce nao e dona minha
Voce e dona de seu corpo
Voce achara outro porto
Mesmo seguindo sozinha

Maldiga o meu nome
Rasgue o meu telefone
Jogue lama na minha reputacao
A verdade sempre vem a tona
Voce nao e minha madona
Acabou-se a ilusao

Seja feliz em seu novo lugar
E veja se voce fique por la
E nao volte mais aqui
A esperanca ja esta morta
Trancada esta minha porta
A saudade nao tocou em mim

Descanse nos bracos de outro amor
E esqueca dos bracos meus
Amanheci cantando a dor
Que vi nos olhos seus
Mas me calei, me fazendo um favor
Pra voce nao prolongar o adeus
© 2010 Islo Nantes Music

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de Vágner Dias

Caderno Rabiscado

Procura-se um caderno.
Eu perdi um pequeno caderno, ele é muito importante pra mim.

É um caderno pequeno de capa dura, cor azul. De 96 folhas a marca é Jandaia e suas dimensões são 140 por 200 mm.

Não terá muito valor pra quem o encontrar, mas para mim tem valor inestimável.

Em sua pequena capa azul está escrito em letras grandes e pretas: dois mil e dez, seguido dos números 2010, indicando o ano. Quase todas as 96 folhas estão escritas, o caderno está quase todo rabiscado. Cada um daqueles rabiscos é importante pra mim.

O caderno todo mais parece um rascunho que foi descartado, eles também contem alguns números de telefone anotados, alguns desenhos. As maiorias das coisas que estão escritas são pensamento meus, mas ele também está cheio de citações. Como por exemplo, logo na primeira pagina tem um trecho de um poema de Vinicius de Morais, a parte transcrita é a seguinte:

Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.

O mais triste é que havia um conto, que eu não salvei em nenhum outro lugar, eu já estava passando a limpo, ele estava quase terminado. Era um bom conto de Amor que falava sobre meus versos simples.

Eu vou comprar outro caderno igual, tentar reescrever o conto, mas já não é mais a mesma coisa. Estou realmente triste, o sentimento de perda é muito grande. Eu nunca pensei que iria me ver triste por algo assim. Mas eu acabei enchendo os olhos de lágrimas pelo caderno quando minhas esperanças de encontrá-lo acabaram. Voltei a todos os lugares possíveis, refiz meus passos tentando encontrá-lo, mas foi complicado, porque eu o levava para todo lugar, tirava-o da mochila como num ritual e começava a escrever, às vezes passava horas. Quando não tenha nada para fazer no meu estagio. Eu nem sentia, meu caderno era tudo.

Eu estava me imaginando um dia, daqui algum tempo, folheando um livro qualquer e reconhecer o meu conto, ou alguma frase minha. Que agonia que sinto, principalmente pelo fato que alguém possa terminar o meu conto da maneira como eu não gostaria que ele terminasse. O conto que eu estava escrevendo, e quase terminando, falava sobre meu amor por uma pessoa atualmente. É narrado em primeira pessoa e trata de alguém que às vezes passar a noite inteira sentando na minha cama ou na sala com um papel e uma caneta na mão, entre lembranças e devaneios, decidindo que rumo tomar para sua vida a partir dali.

Então, peço que, se alguém encontrar meu caderno, trate-o com o mesmo carinho que eu o tratava e se resolver usar de má fé, se utilizando das coisas que já escrevi, por favor, não dê um final triste ao meu conto, pois não foi o que eu pensei pra ele.

Um final feliz é tudo o que peço.

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