Tarde

Foto de Antonio Zau

Tarde demais

Duas vezes deveria ter pensado
Antes de assinar o contracto
O sorriso deixou-me engasgado
Quando mostraram-me o retrato

Tarde de mais o mal ter descoberto
O interesse na relação comanda
Sem respeitar o sentimento eleito
Pela poluição sonora que não abranda

Tarde demais desta viagem desistir
senão com as testemunhas do acto me comprometo
As lacunas existentes não sei como as cobrir
Quando alguém questionar-me do efeito

Tarde demais pronunciar a palavra basta
Senão por todos sou submetido à um julgamento
A amizade em ambas as famílias é vasta
Por isso espero apenas o verdadeiro momento

Foto de Antonio Zau

Não adianta

Não adianta + com esta flor murcha ficar
Acho que não há água nela poderes salpicar
Com passos de camaleão rebenta toda relva
e descreve nas raízes das outras contra curva
Vejo que o tempo passa e não há mudanças
A ferida se alarga enquanto ainda descansas

Não adianta mais embarcar em canoa furada
Antes que muito tarde seja e destróis a tua vida
Não é possível assobiar com água na boca
Então, oiça uma música que o coração toca

Não adianta amar e não houver reciprocidade
Esqueça o teu passado e vá a busca da felicidade
Não te exaspere com o mexerico da vizinhança
Senão jamais nesta vida marcas uma diferença

Foto de M_Costa

A DOR DA SAUDADE

Nascemos, crescemos,
vivemos, perdemos.

Tão queridas as pessoas que já partiram!
Tão saudosas ficaram marcadas
E quantas outras já sentiram
Suas lágrimas rolarem, desoladas.

E as lembranças então se afloram.
Em um segundo tristezas acenam.
Em um minuto alegrias confortam
Pela vida que tanto oram.

E tão firme se faz o pensamento
Que em algum dia irão se encontrar.
Seja cedo ou mais tarde,
Ainda é hora de esperar!

Nascemos, vivemos
E de repente, morremos!

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa XXI - Verdade

Após ouvir as palavras de seu novo amigo,
refletiu bastante sobre tudo isso.

Decidiu encontrá-la antes que fosse tarde.
Precisava saber de toda a verdade.

Ao chegar perto dela enfim,
observou-a em seu belo jardim.

Esperou para poder pronunciar:
Tigre: “- Não sei por onde começar !”

Disse à bela flor,
que sentia falta dela e do seu amor.

Perguntou o porquê de não lhe ter falado,
que para o Jardineiro tinha voltado.

Rosa: “- Tive medo de te falar a verdade,
não sabia como encararia a realidade !’

Rosa: “- Ia te contar, quando me disse que seu maior medo,
era que eu voltasse para as mãos do Jardineiro.”

O Tigre não entendia o que a teria levado,
para que ao maldito Jardineiro tivesse voltado.

Rosa: “- Todos os dias eu acordava
e via que ao meu lado não estava !”

Rosa: “- Quanto tempo isto duraria ?”
“- Teria que viver em eterna agonia ?”

Rosa: “- Você disse que se realmente me amasse,
teria se separado de sua Responsabilidade !”

Rosa: “- A partir desse momento percebi,
que deveria realmente pensar em mim !’

Rosa: “- Tinha o direito de escolher meu caminho !"
"- Ter minha família, o meu ninho !”

Rosa: “- Isso tudo quem me ensinava,
era você quando me amava !”

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de MALENA41

QUARENTA MINUTOS...

Era o tempo de subir o elevador. Abrir a porta do apartamento.
Era o tempo...
Os dois tão jovens, bonitos. Ficariam naquele hotel quarenta minutos.
Existia amor?
Existia tesão. Grande atração.
A porta mal fechou e ele a abraçou. Ardentemente a beijou.
Ali, naquele hotel teriam quarenta minutos.
E depois?
Para que pensar no depois?

Micaela o conhecera no shopping center. Marcelo era alto. Bem alto. Bonito, lindo mesmo.
Os olhos azuis, o corpo atraente.
Ele também notou-a de imediato.
De lilás ela ficava bem e usava naquele dia o uniforme de trabalho. Estava em seu horário de almoço. Os brincos também eram roxinhos.
Como caía bem para aquela loira a cor lilás!

Ele pediu um café expresso e não a perdia de vista. Ela também era alta. Um metro de setenta e cinco? Um pouco mais?
Como se aproximar dela?

Quando a viu entrando na loja de celulares resolveu fazer o mesmo.
Ficariam próximos e quem sabe pudesse puxar conversa com ela.

- É muito legal este que pegou antes.
- Você acha? – ela respondeu sorrindo.
Ainda mais bonita sorrindo, ele pensou.
- Acho.
Ele não resistiu.
- Você fica bem de lilás.
- Acha? É meu uniforme. Trabalho aqui no shopping.
- Eu não sou daqui. Estou de passagem nesta bela cidade.
- Gostou daqui?
- Gostei de você. - Nasceu aqui?
Esqueceram completamente a vendedora e o celular. Deixaram o balcão e a vendedora que os viu se afastando sem nada dizer.
- Meu nome é Marcelo.
- Micaela.
- Queria te ver de novo.
- Até quando fica aqui?
- Parto depois de amanhã.
Olhando-a nos olhos.
- Deve ter um namorado. É muito bonita.
- Estou sozinha no momento. Terminei um namoro de cinco anos.
- Cinco anos?
- Sim. Você também deve ter uma namorada. É muito bonito.
- Sou noivo. Vou casar daqui dois meses.
- Foi um prazer lhe conhecer, – disse Micaela estendendo a longa mão e fazendo menção de se afastar.
- Quero vê-la de novo.
- É melhor não.
- Onde trabalha?
- Esqueça. Tchau.
- Quero vê-la de novo. Gostei de você.

Ela sentia que não devia encompridar o papo. Ela sentia...
Mas num ímpeto falou o nome da loja onde trabalhava.
- Vou comprar uma camisa lá. Estou precisando.
- Ok. Agora preciso ir. Está na minha hora de entrar.
- Passo lá.

Ele passaria? Falou que passaria.
Olhava cada homem que entrava e Marcelo apareceu duas horas depois.
Escolheu a camisa e na despedida deixou um pequeno pedaço de papel em sua mão.
Ela disfarçou e ficou de rabo de olho olhando-o sair.
Noivo.
Pouco depois foi a toalete e viu o número do celular dele anotado ali.
Ligaria? Ainda não sabia se o faria.

Na manhã seguinte...
- Marcelo. É Micaela.
- Sabia que me ligaria. Quero vê-la hoje. Minha viagem foi antecipada. Preciso voltar esta tarde para casa.
- Tenho uma hora e meia de almoço.
- É tempo suficiente.

Era uma loucura estar ali nos braços daquele homem. Uma deliciosa loucura. Ele tinha uma noiva...
- Que gostosa é sua boca. Você toda é gostosa.
E depois?
Depois nada.
Ela se entregaria a ele e pronto.

O beijo já os deixava maluquinhos. Imagine o resto.
Ele beijava-a na boca, na face, descia para o pescoço.
Nunca fora bom assim com Augusto. Não havia este fogo.
Por que lembrar de Augusto nesta hora?
Ela estremecia.
- Está bem, querida?
- Sim. Quero mais beijos. Está bom.

Se alguém lhe dissesse que estaria fazendo isso em seu horário de almoço um mês antes ela diria que esta pessoa estava louca. Se lhe dissessem dois dias antes ela também diria.
Que loucura boa! Que beijo gostoso!
Uma noiva.
Que vontade de perguntar se amava a noiva. Mas não estava mais do que claro? Ia se casar com ela.
Deixava aos poucos que o uniforme escorregasse de seu corpo.
Linda e nua ela tremia de prazer.

- Como você é bonita!
Ele também era lindo nu. Lindo e gostoso. Tinha um pênis avantajado e ela nem imaginava que homens pudessem ter realmente tão grandão.
Como se livrara rápido das roupas!

(tinham quarenta minutos)

Na cama ele a beijava toda e Micaela gemia.
Se contorcia, tremia. Ele beijava, lambia...

- Tudo bem, amor?
- Tudo.
Ela puxava-o para sugar seus mamilos e a boca escorregava para a barriga. Que delícia!
Ele descia mais e penetrava o dedo enquanto chupava seu clitóris.
Estava adorando aquilo.
- Continua, continua...

...quando por fim gozaram juntinhos ela olhou no relógio e viu que
não haveria tempo para um banho
Ele beijou-a de leve nos lábios
- Como você é gostosa!

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XX - Reação

A Rosa se preparava para a chegada,
de sua linda semente que brotava.

Quando alguém se aproximou.
Chamou pelo seu nome e um recado entregou.

Rosa: “- Não sou a que está procurando !”
“- Desculpe, mas com certeza foi um engano !”

Joan: “- Peguei com o Tigre o local errado !”
“- Como devem ser amigos, posso ter me enganado !’

Rosa: “- Não somos amigos, não somos mais nada !”
“- O achará seguindo a estrada !”

Joan: “- Desculpe, meu nome é Joan e não quis incomodá-la.”
“- Você deve ser a flor de quem ele tanto falava ?”

Depois deste primeiro contato formal,
arquitetado pelo corpo celestial.

A Rosa e Joan criaram um laço de amizade,
permitindo que se dissesse certas verdades.

Joan: “- Por que você não o procura ?”
“- Para toda esta mágoa seria a cura !”

Rosa: “- Eu não queria que tivesse acabado assim,
mas o Tigre simplesmente não acreditou em mim !”

Joan: “- Se eu fosse você, aproveitaria esta oportunidade !”
“- Antes que se arrependa quando for realmente tarde !”

Joan: “- Eu por exemplo, estarei em breve de partida,
deixando para trás muitos amigos, uma vida !”

Joan: “- Não terei mais a oportunidade,
de mostrar o quanto gosto deles de verdade !”

Rosa: “- Eu sei disso, você tem toda a razão !”
“- Mas tenho medo de qual seria a sua reação !”

Joan: “- Cara Rosa, te digo com toda a certeza,
não há mais fúria e nem frieza !”

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa XX - Amigo

Já não via a Rosa há muito tempo,
mas não a esquecera em nenhum momento.

A raiva já tinha se dissipado,
mesmo tendo como mentiroso passado.

Sabia que em nenhum ponto,
seria possível o reencontro.

Caminhando encontrou um conhecido,
seu nome era Joan, colega de um amigo.

Sem ninguém com quem conversar,
resolveu com ele desabafar.

Tigre: “- Eu a amo...amava !”
“- Como encontrar alguém que me fez tanta desgraça !”

Joan: “- Esqueça seu orgulho, fale com ela !”
“- A vida é curta para quem espera !”

Joan: “- Você ainda a tem em seu coração !”
“- Não acha que a Rosa possa dar explicação ?”

Joan: “- Se soubesse que ela não está mais magoada,
sairia agora e pegaria a estrada ?”

Tigre: “- O coração diz que sim, a razão diz que não !”
“- Mas eu sempre fui mais coração do que razão !”

Conversaram por muitas horas,
que se passaram sem muita demora.

Pensou nas palavras do conhecido,
que se tornara um grande amigo.

Antes que o Tigre dissesse que era hora,
Joan disse uma coisa antes de ir embora.

Joan: “- Converse com ela antes que seja tarde !”
“- Não se perde algo com esta intensidade !”

Tigre: “- Inútil, ela nunca mais falará comigo !”
“- Não toque mais nesse assunto, se quiser ser meu amigo !”

Foto de Elder dos Anjos

Sonho em formação

“...Encantador encanto que nos encanta,
O sorriso doce, no doce sorriso sorridente
Da bela mulher do tão sonhado sonho do sonhador que ainda sobrevoa meu céu na infinita vontade de beijar-lhes os lábios e tocar-lhes os olhos sentindo seu entardecer lindo em seus braços com abraços azuis...

...azuis como azul são suas vestes, vestes de sonho e encanto no meu canto encantado de sonho em beijar-te, beijando-lhe o céu na infinita tarde ao entardecer de nossos sonhos...

...sonhos sonhados serenos,

...Cativos, cativantes, cativados...

...Poemas e sonhos...

Encantado encanto que encanta o canto cativo
Azul poema de olhos sonhados
perto, tão perto, quão perto
sentir seu gosto
é o transbordar do desejo gritante em mim...

...sonho em formação...”

Do poema: “Sonho em formação”

Foto de Amy Cris

Sua chance acabou

Agora eu direi e você terá que ouvir tudo o que fiz para te ter
Eu nunca cansei de insistir; sofrendo, chorando e morrendo por você
E depois de tudo, você me deixou
e agora quer voltar atrás
Tarde demais
Desista porque não cometo os mesmos erros jamais
A verdade é que você nunca me amou
Foi você quem não quis
disse que não se sentia feliz
Então vá embora porque não mudarei o que fiz
Eu cheguei ao fundo da escuridão
Quase morri e tudo que ouvi de você foi "não"
Eu queria mesmo mudar sua vida
mas você nunca soube valorizar o que tinha
Você sempre quis mais, então que corra atrás
Eu desisto dessas loucuras fatais
Por você nunca mais vou chorar
Sei que sou capaz
Se eu não te ver, será melhor para mim
Vou me recuperar e ninguém me verá infeliz novamente...

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