Superiores

Foto de carlosmustang

PACATAMENTE

Vamos falar de liberdade
E pararmos de falsidade
Comprender sabedoria de vida
VAMOS EXORTAR MANDIBA

E planos de esperança amanhã
Vida futura,progresso, futuro
Paixão e ódio, obscuro
Vida, caminha, dês ORGULHO

Vamos falar de pessoas como sempre
E olhar por gente
Vamos ser insistente

E se arrastar por um mundo melhor
Vamos ser desenvolvidos
Superiores sobressaidos

"DOCTOR NELSON MANDELA WAY IN HIS SACRIFICE"

Foto de P.H.Rodrigues

Reinado

Ha! Sou Rei! Sorriu sozinho...
Sou Rei de um mundo onde não há superiores.
De um Palácio com vários Pilares,
todos diferentes, todos desproporcionais se comparados.

Sou Rei! Se sou!
Sou o Rei aquele, que renunciou
Sem sair do poder, e elevou

Seus Cavaleiros a posse da Coroa!
Sou Rei! Que não possui uma espada Ditadora!
No meu Reino todos governam.

Sou Cavaleiro antes de Rei.
Lutei por esse Reino que do Universo conquistei!
Dou ao meu povo o que os outros querem lhes vender...
Em troca, me retribuem com o prazer de viver.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 8

E o gueto seguia a sua sina. Agosto continuava. De um lado, haviam uns pobres-diabos, de sangue quente e ralo, fracos como sua carne. De outro, os de sangue frio, os nobres, os prostituídos. É impressionante como esse universo em que vivemos sempre apresenta dualidades. O bem e o mal, a ordem e o caos, o positivo e o negativo. A vida e a morte. O destino e a discórdia. Parece que a chave da nossa existência, consciente, até que prove o oposto, é o puro e estúpido conflito entre um lado e outro. Como o branco e o preto, o homem e a mulher, eu e você. O amor e o ódio. A indiferença... As aparências enganosas...
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Clarisse, puta e fresca, mandava e desmandava após a morte do déspota Justo. Ela o envenenara, diziam os mais ácidos. De todo jeito, exercia seu poder de forma objetiva, sem rodeios para punir ou matar. A fome crescia. As rixas entre uns e outros esquentavam a frieza da antítese coletiva do buraco onde estávamos. Os tons variavam, para Clarisse, cinza e vampiro, para o povo, vermelho e sombrio. As facções tomavam conta do que o poder não se importava. E a turba, tarada e convulsiva, cantava assim:

- Morte aos infiéis! Aos traidores da fé e radicais! Morte aos sujos, aos virais! Que Deus abençoe os puros de espírito e só eles!

Clarisse ouvia e fingia que não.

- Esse bando de idiotas... Pensam até que fazem alguma diferença no mundo...

Clarisse se enfeitara de todas as jóias, roupas, perucas e os mais escandalosos adornos. Maria Antonieta sentiria inveja dela, se hoje possuísse a cabeça no lugar. Ela fizera um acordo com os dominantes, que poderiam explorar o que e quem bem entendessem do gueto sem interferências, desde que mandassem o mínimo de dinheiro e suprimentos para baixo. Uma troca perfeita. Bugigangas por ouro. Espelhos, pentes, pelo Pau-Brasil. Água potável por celulares. Qualidade de vida pela favela, e por aí vai. Enfim, tudo ia calmo e sossegado, até que os seres superiores decidiram controlar o crescimento populacional do gueto. Seu plano era jogar cocaína nas fontes de beber aos babacas de sangue quente. Marginalizar, culpar, destruir. Mas o efeito que obtiveram foi muito diferente do esperado.
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Pois bem, um Belo dia os dominantes jogaram o pó na água:

- É o pagode!

E o povo continuava:

- É o pagode!

O mantra se espalhava como a sangria de um cordeiro indesejado. Barrabás sorria. O reino dos homem resplandecia em alegria e empolgação.

- É o pagode!

Os dominantes jogavam o pó, jorravam, Clarisse deixa o canibalismo rolar solto. A massa é burra. Mas por ser massa, é manipulável. Quero dizer, todos ali tinham vontade própria, mas podiam ser condicionados. Outra hora eu estava falando com o Skinner, e foi isso o que ele me disse. O Planck discordou, mas o Planck discorda até dele mesmo. Já o Zeca Pagodinho assinou embaixo. Eu gosto do Zeca. Ele é legal.

Não se sabe bem como, mas em determinado avanço do batuque, as macumbas se intensificaram e o fogo começou. Não sei se o fogo foi proposital, se foi um gaiato que tocou, ou se foi uma empreiteira. Eu só sei que a chama subiu pelas paredes, madeirites, celulares de tela plana. O fogo destruia os crediários, os baús da felicidade, as roupas de marca, toda a tristeza de barriga cheia que o gueto alimentava para continuar a receber esmolas. Uma pomba andava os telhados, indiferente à baderna, uma cabra vadia olhava a correria e nada entendia. Eu só sei que a favela pegava fogo e não queria ficar lá para pegar fogo também.
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Eu corria e a torta segurava a minha mão. Os colegas, apesar do amor que eu sentia por eles, tentavam me pisotear e jogar contra o fogo. A tragédia era mesmo anunciada. Clarisse tinha anunciado aos macumbeiros que não interrompessem seus rituais, ainda que fossem consumidos pelas labaredas. A torta me puxava e impedia que a tara de me matar se consumasse.

- Dimas, não deixa esses porcos te matarem!

Não sei bem porque, eu por uns três milésimos de segundo valorizei minha vida. Me imaginei bem e feliz, realizado, sem medo de porra nenhuma. Obedeci a mulher que me amava e segui em frente.
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O fogo carbonizava colegas que eu sabia o nome e que não sabia. a cena era muito feia. As pessoas não tinham onde ficar, crianças choravam, vigaristas encenavam uma tristeza de forçar um choro inexistente, catárticos e sadicos apreciavam a ruína. O lixão da novela parecia um cenário de ficção, se bem que o lixão da novela é um cenário de ficção mesmo. Uma voz de olhos laranjas paralizou a escapada que a torta havia pensado com tanto cuidado.

- Calma lá, seus condenados! Chegou a hora da queima de arquivo.

Dona Clarisse queria nos mandar para o micro-ondas.

Foto de von buchman

A INGRATIDÃO E MALTRATOS DE UM FILHO AO SEU PRÓPRIO PAI

UMA HISTORIA DE TERROR..

A maior dor de um pai, e ver o seu próprio filho que ele criou com tanto amor e carinho, em uma base familiar de educação cristã se tornar uma pessoa má...
O pai lhe deu universidades e vários cursos superiores entre eles o de Piloto privado, comissario de bordo, plataforma de poços de petroleio e infelizmente ele nunca chegou a terminar nada sempre abandonou tudo....
Aos filho aos 9 anos começou a roubar o próprio pai, e ão parou, vindo à rouba-lhe por varias vezes...
Depois na sua maior idade ver este filho se envolvendo com tudo que não presta, de amigos viciados a traficantes e roubos por onde andou, que vergonha para o pai, apesar de ele sempre avisar a sua esposa que o filho estava indo para lugares errados e obscuros, e avisava a ela que seria total culpa dela por ele esta indo por estes caminhos, sem falar que o filho usava a casa dos pai para fazer de motel, com as VACAS de rua...
O filho, preparou e armou contra o pai varias vezes montado papeis e dando a mãe dizendo que o pai era adultero, a sua sede de vingança era notório no filho ele fazia de tudo separar o pai de sua mãe e da família pois a mãe sempre dava cobertura a ele...
Por 2 vezes o filho saira de casa, em uma dela o mesmo quando o pai ficou a frente do carro para ele não fugir com o carro do pai, ele jogou o carro em cima do pai, correu e deixou o pai no chão após atropelá-lo...
O filho muito esperto e malandro aproveitou da bondade do pai quando o mesmo pois seus pertences no nome do filho para ajudar a ele ter credito e um visto consular e o mesmo melhorar de vida , deu o golpe e ficou com tudo do pai, da empresa aos carros etc..

Em uma noite de fúria espancou o pai montou e mentiu armado um sena quebrou a loja do pai, dizendo a sua mãe e a todos que chegavam que o pai se alto - flagelou e se machucando sozinho, destruindo seu próprio local de trabalho, quando na verdade ele fez tudo para destruir e o pai!
E no meio do espancamento no ápice suas maldades, disse ele ao pai: - Quem é que vai acreditar em você seu safado agora prove não foi você e fui eu... Assim disse o filho ao pai pois você sabe que a mãe vai acreditar em mim...
Tudo bem montado e armado pelo mesmo,.,
O velho pai em nenhum momento se quer levantou a mão nem para se defender ou atacar, cruzou os braços e sofreu de tudo calado e chorando e sempre suplicando que doía e estava sem poder respirar quando o filho o estrangulava,...
E o pai o indagou no seu sofrimento, por que você esta fazendo isto comigo? E respondeu o maldoso filho: - Você esta me pagando por ter me batido quando eu tinha 9 anos, e o pai falou; - Te bate pois você me roubava e eu precisava ti corrigir, e mesmo manterá o pai estrangulado agonizado...
E o pai o suplicava que doía muito e não o conseguia respirar chorando...
Quando o e o pai lhe pediu não faça assim comigo eu não gueto mais, por favor, por misericórdia e o filho ele dizia; - O problema é seu....

Em resumo:
O louco filho armou contar o pai, batendo-lhe , machucando-lhe, o humilhando, maltratando, fez cárcere privado com o mesmo e ainda tentou estrangular o próprio pai, até a hora que chegou pessoas e ele deu uma bobeira e o pai fui para a rua ! e o filho lhe avisará se você voltar chamo a policia que você quebrou minha loja e você vai sair daqui algemado e preso...

Depois do espancamento e tentativa de estrangulamento, o pai foi levado pela policia a hospital de emergência, onde ficou na UTI, o mesmo ficou com seqüelas na região glótica, com edemas e com deficiência de fechamento glótico, edemas das pregas vocais e edema e paquidérmia de região interaritenóidea, sua pressão não baixa, vive com ela de 19 por 15, com refluxo e perda de voz continua em profunda depressão cheio de edemas pelo corpo das maldades...

Cabe salientar que o velho pai tem 57 anos é obeso, com glaucoma, deficiência auditiva, hipertenso, cardíaco, com próstata crescida e volumosa, com deficiência hepática fígado no ultimo estagio de crescimento esteatose hepática , com hérnias abdominais e gastrite nervosa. Dependente de vários medicamentos, muitas vezes deixando de comprar os remédios para não faltar nada em seu lar..

O que você acha desta historia de terror?
Esta historia realmente aconteceu !
E o pai é um pastor evangélico, agora a família quer que o pai retire a queixa da policia para o mesmo filho fique impune...

Eu lhe pergunto isto é um filho?
Ou um anjo do mal?
Ou um demônio que se apropriou o filho?

Que merece um mostro deste?

Deve pai deixar o filho ficar impune do mal que ele fez ao pai e a família?

Livrá-lo da justiça e dos processos criminais?

Ou simplesmente esquecer tudo?

Que faria você no lugar deste pai?

Quero sua opinião:
É MUITO IMPORTANTE SEU COMENTÁRIO

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 5

Permitam-me uma pequena análise junguiana da situação: os superiores, proclamados em si próprios controladores da realidade, os superiores que alegam possuir um sangue frio, azul e nobre, os mesmos superiores que atestam sua condição de senhores da verdade, donos, mandatários da lei e da nossa ordem ordinária, tacam fogo na sua cidade, promovem a guerra, pelo motivo mais esdrúxulo possível. Se eu me atrevesse, os chamaria de hipócritas. Mas vou chamá-los de humanos mesmo.
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Uns me chamam de louco, dizem que ouço vozes. Mas tudo o que faço é dialogar comigo mesmo. Estou o dia todo comigo, desde que nasci. Vivo comigo desde os primeiros dias. Às vezes, eu acho que as pessoas deveriam prestar mais atenção nesse fato, de que fazem parte delas, sem egoísmo. Também acho engraçado que ninguém repara, mas respira o mesmo ar, indivisível para toda a realidade, sem disputas fronteiriças, brigas, ou equivalentes. Um espertinho agora me chama a atenção, me diz que os narigudos e os mal-cheirosos representam a subversão dessa regra. Não estou nem aí para ele, o ar é muito grande para que isso faça alguma diferença. Quando eu digo ar, amigos, ou meu raciocínio, posso também utilizar a palavra planeta.
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Meu líder discursa:

- Amigos, nós temos que tomar uma providência! É chegada a hora...

E continua:

- E enfim, se não fizermos algo rapidamente tudo aquilo que mais tememos vai nos ruir pela cabeça...

E continua:

- Irmãos! Uni-vos! Blá, blá, blá, blá!

E continua:

- Assim como Jesus enfrentou a cruz temos que encarar nosso destino!

Um ou outro aplaude com elogios:

- Nosso líder é bom de palanque! Nosso líder é bom de palanque! Estou com ele e não abro! Viva!

E outros tantos repetem, ao ouvir a quase heresia:

- Viva!
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Nosso refúgio é um alojamento subterrâneo. Sentiríamos-nos feito ratos, se esses não nos passassem sob as cabeças. Nosso refúgio é um bom lugar. Fora algumas brigas e mortes, a miséria dos nossos barracos, a solidão na imensidão do gueto, tudo é calmo, tranqüilo e belo. Chega até ser um lugar divertido. Não fossem as certas dificuldades para obter os recursos de fora e a má impressão que nos obrigam a provocar, seria o paraíso.

Só faltam os anjos.
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O líder nos disse para que jantássemos, muito embora não soubéssemos o horário real graças ao toque de recolher instaurado no nosso gueto. Eu comi como há tempos não me alimentava. Ingeri meu pão, os novatos no gueto comem apenas meio pão durante alguns dias, e meio copo d’água. Uma mulher torta me olhava, mas não parecia, ela olhava torto e era torta. Isso me incomodava e ainda incomoda. Decidi desviar minha atenção. Olhei para o líder. O meu amado e admirado líder. Meu maior desejo é ter uma ceia como a do líder, que devora a carne com seis mulheres e meia ao seu redor. Deve ser delicioso ser o líder, mesmo que no nosso apertado e humilde gueto.

- Gente, eu posso falar uma coisa...

Os bajuladores balançaram um sorriso com a cabeça.

- Gente, esse novato aí que vocês pescaram é um completo tonto! Poucas vezes eu vi vocês pescarem um tonto como fizeram desta vez. Ô, filho, você tem algum problema mental, é?

Até então eu não tinha feito nada de normal ou anormal.

- Não...

- Viram, é um retardado mesmo!

Todos riram, e eu ri também para não ficar isolado na mesmice.
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Uma pessoa é anunciada:

- Líder, chegou mais uma novata!

Eu não fiquei curioso sobre quem era a pessoa que surgiu no gueto, mas mesmo assim decidir ver quem estava a vir.

A pessoa tinha olhos da cor da laranja.

- Pois bem, dêem a melhor roupa a essa linda dama. Arrumem-na para que possa me servir nos meus aposentos. Uma jóia preciosa só tem o seu valor quando é devidamente lapidada.

Estava a ponto de explodir de ódio, se o sentisse.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 3

Ficção é ficção. Arte é arte. Coincidências são coincidências. Na nossa realidade, chegava enfim o mês de setembro, a primavera dos campos e das pessoas, o dia mais claro, a aura que sopra possibilidades inéditas. Os parvos, de sangue quente e mente fraca, suspiravam por uma chance de perverterem a ordem quase natural onde estavam brutamente inseridos e sufocados. Seu fracasso era óbvio e evidente.
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A troca de peles é um ritual intrínseco aos seres de sangue frio. A cada três meses, ou seja, a cada ano em nossa realidade, isso ocorria uma vez. Trocar de pele, como quem troca de nome ou identidade, é tão repulsivo, tão nojento que nem mesmo os que o fazem suportam a manutenção dessa necessidade. Cabem em tarefas, aos engolidores, os maiores submetidos da sociedade vigente instaurada, dar cabo de sumir com os restos dessa sujeira, cabe aos engolidores auxiliarem e obliterarem quaisquer problemas que aflijam seus patrões e superiores, e cabe aos engolidores viver na miséria para não morrer a míngua, cabe aos engolidores sustentar o lucro e o luxo ao custo da própria dignidade ofuscada pela rapidez das coisas, a cópia de novidades, os valores em bolsas. Cabe aos pobres sustentar aos ricos, por motivos desconhecidos talvez justificados apenas pela ganância e pela sede de poder daqueles que mais podem, numa hipocrisia em tom que de tão cômico chega a ser trágico, um retrato de tantas realidades, inclusive as mais familiares. Política? Filosofia? A resposta é negativa. Trato de humanidade mesmo, de sentimentos, de coisas concretas na sua energia que teimam que colocar como abstratas. Trato de paixão, de suor, de um grito que irrompe da alma e que se afirma acima das expectativas conformistas dos ditos vitoriosos. Trato de algo que não se explica com palavras, do viver com simplicidade, de modo leve e até ingênuo. Trato do amor pelo amor, pelo sentir bem, pelo querer, pelo conciliar. É uma pena não haver o triunfo da paz sobre a guerra, da tranqüilidade sobre o conflito. É uma pena que a evolução carregue essa destruição, dita como inevitável.

É uma pena não encontrarmos o que tanto procuramos, tanto os frágeis como privilegiados.
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- Somos seguros. Temos tudo o que queremos. Pois então qual a causa de achar-nos tristes?

- Olha dona Clarisse...

- Dona? Dona, não. Somos amigos.

- Pois bem, Clarisse... Isso não sou eu quem tem que saber. Não tenho que saber e pronto! Mas que vocês me parecem tristes, me parecem.

- Você está certo... Mas precisamos dessa infelicidade... A vida é assim, o Luís me falou... Ele tem razão...

- Isso é você quem está dizendo.

- Ah, mas é verdade...

Meu coração batia como nunca antes apesar de eu não estar apaixonado.
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Desabafar por vezes faz bem.

- Clarisse, eu te trato tão bem, te dou tudo... Eu te compreendo... Mas você tem que entender que os meus atos são apenas vendo o seu melhor... Não fique assim tão pra baixo, eu te amo...
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Desabafar por vezes faz bem.

- Escuta aqui seu miserável, se eu ficar sabendo que você falou uma só palavra com a minha mulher eu vou te quebrar no meio, mato você, e ela nem vai ficar sabendo, e se você ou ela der qualquer sinal de que estão me passando pra trás eu arranco suas tripas e piso em cima delas, eu taco fogo em você, está me escutando?

Achei justa e aceitável a forma como o patrão me advertiu.
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- Dimas, você é muito resignado. Dimas, não é assim que se vive! Tenha vontade! Eu me preocupo contigo. É verdade. Você é uma das poucas pessoas em que eu confio de verdade. Eu sei que você não tem o melhor, mas o que você tem é muito bom. Você é uma boa pessoa, Dimas! Eu acredito que você pode ser feliz!

Continue calado, e agora com raiva.

- Dimas... Que mal eu te fiz...?

Senti ódio. Continue firme.

- Dimas... Fala alguma coisa...!

Jurei por dentro que nunca iria abrir a boca.

- Dimas... Por favor...!

- Meu problema é que eu te amo e nunca vou ter você.

Agora não tem mais volta. Vou morrer.
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No escuro do silêncio, chorando em um canto, esperei até que meu patrão surgisse e enfim me matasse da forma que eu merecia ou ele pensava, eu tremia o medo dos impotentes, o medo mais humano possível que se sente em vida, que é o medo da morte, o medo de ter existido em vão, ou melhor, ou pior, o medo de não ter existido de fato, o pânico dos julgamentos divinos contrários e da falta de um paraíso, o medo da verdade, mostrada por seres falsos e oportunistas.

Mas quando se abriu a porta não era o Luís Maurício.

Uma mulher linda e negra se confundia com a quase escuridão do quarto.

Foto de Lorenzo

Nóis é pobre e nós somos "ricos"

Comu teim genti bura
Resorveno os póbrema
Enquanto, nós poetas
Enfrentamos nossos dilemas

Nossas criança se mata di estudá
Dimanhã iscola, di tardi trabalhá
Nós na faculdade nos instruindo
Para mais tarde a esses explorar

As pele tem manxa, os dente tem cári
U cabelo é cri-cri e o corti custa um vaule
Nossas mulheres com perfumes importados
E os seus filhos fazendo pegas de carro

Eles falu tudu errado
Iscrevi ainda pió
Você ri da ignorância deles
Por que você seria melhor?

As rôpa é di mal gostu, pele preta e o cabelo lôro
Os pescoço vive enfeitado, cheio de folhado de ôro
Nós temos montblanc, rolex e armani, tudo do mais caro
E gastamos numa noite o que lhes leva um mês de salário

Eles xama baiano, paraíba, cabeção
Xinga eles que eles num liga não
Nós somos superiores então?
Só porque tivemos mais "educação"

Eles são pobre, burro não sabe se arrumá
Mas eles aprende no barraco que se deve respeitá
Enquanto nossas crianças lá no play a brincar
De como se faz o filho de uma empregada chorar

Nóis é simples, não tem curtura e nem foi letrado
A gente quer oportunidadi di sê bem tratado
Nós queremos ser mais que eles, humilhá-los
Cultos tem de ser os bons. Pobres: jamais educa-los!

E nóis paga tanto imposto que nóis nem sabe de onde é
E bota a cupa nu guverno, o feijão tá caro púquê eles qué
Nós rimos fazendo riqueza com o suor de seus rostos
Sonegando do governo o que eles pagam em dobro

Meu filho pidiu um sapato de natal, mas tá caru dimaís
Num vô dá não, foi assim que meu pai mi tratô
O meu quer um novo computador, que droga!
Nem tem aqui, mas pelo e-bay vem do exterior

As palavra eu num sei como arruma pra ficarem bunita
Mas eu digo que amo minha nêga lá em casa
Meu vocabulário é perfeito, tenho perfeição na gramática
Mas só trato minha mulher na base da pancada

Ganho pôco, mas pago tudim o qui eu devo
Até devôvi a cartêra dum dotô que incontrei
Eu passo a perna em quem posso
Achado não é roubado e eu achei

No meu verório têvi muita gente choranu em vôta do caxão
Imagina como fico]ô meus filho qui amo di coração?
No meu enterro lápide de granito, letras em ouro na oração
Mas pra se despedir do corpo, só o coveiro, porque é sua profissão.

Lorenzo Petillo.

Foto de Evelline Andrade

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor por companheiro
e o escutarei cantando, e o beberei como vinho,
e o usarei como vestimenta.

Na aurora, o amor me acordará
e me conduzirá aos prados distantes.
Ao meio dia, conduzir-me-á à sombra das árvores
onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente,
onde ouvirei a melodia da natureza
despedindo-se da luz, e contemplarei
as sombras da quietude adejando no espaço.
À noite, o amor abraçar-me-á,
e sonharei com os mundos superiores
onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.

Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado,
e cantaremos juntos entre as colinas;
e seguiremos as pegadas da vida,
que são as violetas e as margaridas;
e beberemos a água da chuva,
acumulada nos poços,
em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor
sobre camas feitas com feixes de espigas,
tendo o firmamento por cobertor
e a lua e as estrelas por companheiras.

No Outono, irei com o amor aos vinhedos
e nos sentaremos no lagar,
e contemplaremos as árvores se despindo
das suas vestimentas douradas
e os bandos de aves migratórias
voando para as costas do mar.

No Inverno, sentar-me-ei com o amor
diante da lareira e conversaremos
sobre os acontecimentos dos séculos
e os anais das nações e povos.

O amor será meu tutor na juventude,
meu apoio na maturidade,
e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida,
até que a morte chegue,
e a mão de Deus nos reúna de novo.

Foto de P.H.Rodrigues

Comprimentos.

Um viva aos quadrados , que conseguem
viver lado a lado com os alucinados
que enxergam as coisas de mudo justo
que vivem nas normas dos quadrados

Um oi aos falsos corretos,
que se assustam com pessoas por perto
que se acham superiores aos loucos, que se acham melhores que os quadrados
que conseguem mentir e iludir sem se preocupar, que conseguem os quadrados superar

Um abraço a falsa milícia
que além de falsa é corrupta, é cega, é injusta
culpa inocentes, prende Skatistas, agride sem pensar
enquanto os que deveriam estar presos, se pegam a festejar,
pois o seu suborno deu certo

Um comprimento aos repugnantes
que nada tem, que nada são
mais que agem com se tudo fossem
que agem como se os outros nada fossem, ou fossem o que eles podem pisar

por ultimo mais não menos importante, vale observar
um aperto de mão aos governantes e presidentes
que roubem e escondam, que iludam e não se importem
mais que se toquem, que um dia foram gente como a gente

E que os Alucinados, não se deixam virar Quadrados
mas se virarem, que virem bons quadrados,
e que que os Quadrados, não se deixem transformar
em falsos corretos, que só existem para prejudicar

que se transformem em corretos, dispostos a lutar
que os corretos, não influenciem negativamente a milícia
e muito menos não dêem brecha para se transformar em repugnantes
ou simplesmente meros arrogantes

E que talvez, não se deixem virar maus governantes
que sejam governantes de verdade
que pensam e agem de acordo com a realidade, de seu pais
não visando implantar uma política que a nós não pertence
não deixando o povo de lado pra dar mais valor ao que enrrequece
que façam valer o nome de político, que honrem o que deveriam ser.

Foto de Wander Lucifer

Poeta Vadio

Arrogância de níveis superiores
Amizades que outrora foram grandes mas agora nada são
Pactos vitalícios que acabam em rancores
e todas as palavras que finalizam em discussão

Inveja permanente que me oscilam a mente
Comentários que são traduzidos como convicção de raiva irracional
Os sentimentos de dor e amor são algo dimensional
Não compreendidos, não esclarecidos, não inteiramente vividos

Sim sou um Hipócrita do pensamento
Ditei e citei que nunca te amei, mas não sei
perco minutos, provenientes de segundos a escrever
Por ti, que outrora me fizeste sofrer

Agora completa o puzzle que eu tanto quero completar
tenta encaixar todos os resultados nesta equação
se a resposta é clara e lógica como já discutimos ao luar
agora rasteja pelos escombros do que me tornaste e procura no meu coração

Poeta vadio que vagueia por caminhos sem sinalização
Cientista obscuro de formulas puníveis com morte
Descubro o elixir da vida através da alquimia centrado em destruição
Tudo cai em cinzas, tudo morre, tudo desvanece

Melancolia, mente vazia
psicofonia interior, diabolicamente adorador
Espero que me abraces através do fustigamento
Lembra-te, ainda moras no meu pensamento.

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